Modelo de Manifestação em Processo Cível para Revisão de Cláusulas Contratuais Abusivas com Base no Código de Defesa do Consumidor
Publicado em: 03/03/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº __________
PREÂMBULO
E. E. dos S., brasileira, estado civil __________, profissão __________, portadora do CPF nº __________, residente e domiciliada na __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, em atenção ao despacho de fls. ___, apresentar a presente MANIFESTAÇÃO, nos termos do art. 330, § 2º, do CPC/2015, em face de ITAÚ UNIBANCO S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº __________, com sede na __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A autora celebrou contrato de parcelamento de dívida com o réu, Banco Itaú, visando a quitação de valores anteriormente devidos. Contudo, ao longo da execução do contrato, verificou-se uma cobrança abusiva de juros, que resultou na triplicação do valor originalmente devido. A autora já realizou pagamentos que superam o montante inicial da dívida, mas o saldo remanescente continua exorbitante e desproporcional.
Em razão disso, busca-se a revisão das cláusulas contratuais abusivas, especialmente no que tange à taxa de juros aplicada, para que seja preservado o equilíbrio contratual e respeitados os direitos do consumidor.
DO DIREITO
A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), uma vez que a autora, na condição de consumidora, contratou os serviços financeiros do réu, fornecedor de crédito. O art. 6º, IV, do CDC assegura ao consumidor a proteção contra práticas abusivas e cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada.
A cobrança de juros abusivos viola o princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, e o equilíbrio contratual, essencial para a validade dos contratos. Além disso, a taxa de juros aplicada pelo réu extrapola os limites da razoabilidade e proporcionalidade, princípios basilares do ordenamento jurídico brasileiro.
O CPC/2015, art. 330, § 2º, exige que a parte autora discrimine as obrigações controvertidas e quantifique o valor incontroverso do débito, o que será atendido por meio da planilha anexa, que demonstra os valores efetivamente pagos e o saldo devido, considerando uma taxa de juros justa e compatível com a média de mercado.