Modelo de Pedido de Adoção Plena por Tia Materna com Extinção do Poder Familiar e Novo Registro de Nascimento

Publicado em: 01/10/2024 Familia
Ação de adoção plena proposta por T.M. de S., tia materna do menor, com base no art. 227 da Constituição Federal, artigos 39 a 52 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e artigos 1.618 a 1.625 do Código Civil. A requerente busca formalizar judicialmente a adoção, consolidando o vínculo socioafetivo existente, com a extinção do poder familiar do genitor, que consente com o pedido, e a expedição de novo registro de nascimento. O processo segue os princípios do melhor interesse da criança e da convivência familiar, conforme jurisprudência destacada.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

REQUERENTE: T. M. de S.
Estado Civil: [informar]
Profissão: [informar]
CPF: [informar]
Endereço eletrônico: [informar]
Domicílio e residência: [informar]

REQUERIDO: Ministério Público do Estado de [Estado]
Endereço eletrônico: [informar]

PREÂMBULO

T. M. de S., já qualificada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com fundamento no art. 227 da CF/88, nos arts. 39 a 52 do ECA e nos arts. 1.618 a 1.625 do CCB/2002, propor a presente:

AÇÃO DE ADOÇÃO PLENA

em face do Ministério Público, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Requerente, T. M. de S., é tia materna do menor [nome completo do menor], nascido em [data de nascimento], atualmente com [idade] anos. Após o falecimento da genitora do menor, ocorrido em [data], a guarda foi compartilhada entre a Requerente e o genitor, Sr. [nome do genitor].

Desde então, a Requerente tem desempenhado o papel de mãe, oferecendo ao menor um ambiente familiar estável, amoroso e seguro, suprindo todas as suas necessidades físicas, emocionais e educacionais. O genitor, de comum acordo com a Requerente, reconhece que o melhor interesse do menor será atendido com a adoção plena pela tia materna, consolidando o vínculo socioafetivo já existente.

Diante dessa realidade, busca-se a formalização judicial da adoção plena, com a consequente extinção do poder familiar do genitor e a constituição de novo vínculo jurídico de filiação entre a Requerente e o menor.

DO DIREITO

A adoção plena encontra fundamento jurídico no art. 227 da CF/88, que estabelece como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seus arts. 39 a 52, regula o instituto da adoção, sempre orientado pelo princípio do melhor interesse da criança.

O art. 43 do ECA dispõe que a adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos. No caso em tela, a adoção plena pela tia materna é medida que atende ao melhor interesse do menor, garantindo-lhe estabilidade emocional e jurídica, além de preservar o vínculo socioafetivo consolidado.

O Código Civil de 2002, em seus arts. 1.618 a 1.625, também disciplina a adoção, exigindo o consentimento dos pais biológicos ou do representante legal, salvo nos casos de destituição do poder"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação de Adoção Plena proposta por T. M. de S., devidamente qualificada nos autos, em face do Ministério Público do Estado de [Estado], com fundamento no art. 227 da Constituição Federal de 1988, nos arts. 39 a 52 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e nos arts. 1.618 a 1.625 do Código Civil de 2002.

Dos Fatos e Fundamentação Jurídica

Conforme narrado nos autos, a requerente T. M. de S., tia materna do menor [nome completo do menor], passou a desempenhar o papel de mãe após o falecimento da genitora e, em comum acordo com o genitor, busca formalizar a adoção plena para consolidar o vínculo socioafetivo já existente.

O art. 227 da Constituição Federal de 1988 estabelece o dever da família, da sociedade e do Estado em assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar e ao pleno desenvolvimento. Este comando constitucional é complementado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que orienta o instituto da adoção pelo princípio do melhor interesse do menor.

O art. 43 do ECA dispõe que a adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e se fundar em motivos legítimos. No caso dos autos, verifica-se que a adoção plena pela requerente atende ao melhor interesse do menor, garantindo-lhe estabilidade emocional e jurídica, além de preservar o vínculo socioafetivo consolidado.

Ademais, o Código Civil (arts. 1.618 a 1.625) exige o consentimento dos pais biológicos ou representantes legais para a adoção, salvo nos casos de destituição do poder familiar. No presente caso, há concordância expressa do genitor, conforme documento anexado aos autos.

Análise Hermenêutica

A análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados permite concluir que o pedido de adoção plena pela requerente está em consonância com o princípio constitucional do melhor interesse da criança. A requerente demonstrou, por meio de provas documentais e testemunhais, que oferece ao menor um ambiente familiar seguro, estável e amoroso, sendo evidente o vínculo socioafetivo já consolidado.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforça a prevalência do vínculo socioafetivo sobre o vínculo biológico no atendimento ao melhor interesse da criança, como demonstrado no Recurso Especial Acórdão/STJ, relatado pela Ministra Nancy Andrighi, em que se deferiu a adoção para proteção da criança, ainda que os pais biológicos não tivessem manifestado interesse em reassumir a guarda.

Destarte, entendo que a formalização da adoção plena, nos moldes pleiteados, atende à legislação vigente e à proteção integral da criança, conforme preceituado no art. 227 da Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Decisão

Ante o exposto, com fulcro no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por T. M. de S. para:

  1. Deferir a adoção plena em favor da requerente, consolidando o vínculo jurídico de filiação entre a requerente e o menor [nome completo do menor];
  2. Extinguir o poder familiar do genitor, Sr. [nome do genitor], conforme expressa manifestação de concordância nos autos;
  3. Determinar a expedição de novo registro de nascimento, com a inclusão do nome da requerente como mãe do menor;
  4. Intimar o Ministério Público para ciência e manifestação, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente;
  5. Declarar a gratuidade de justiça, caso aplicável.

Ciência às partes e ao Ministério Público. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, observadas as formalidades legais.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Termos Finais

[Local], [data].

_____________________________
Magistrado(a)
Juiz(a) de Direito


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