Modelo de Pedido de Alvará Judicial para Continuidade de Atividade Empresarial por Curador de Pessoa Interditada
Publicado em: 10/01/2025 CivelProcesso Civil ComercialEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Distribuição por dependência
Processo nº ___
PREÂMBULO
A. F. da S., brasileira, empresária, portadora do CPF nº ___, residente e domiciliada na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, representada por seu curador, M. F. da S., brasileiro, portador do CPF nº ___, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com endereço eletrônico ___, propor a presente
AÇÃO DE PEDIDO DE ALVARÁ JUDICIAL
com fulcro no art. 974, §1º do Código Civil, e demais disposições legais aplicáveis, em face dos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
A Requerente, empresária individual registrada sob o CNPJ nº ___, atua no comércio varejista de combustíveis para veículos automotores desde o ano de 2001. Após mais de duas décadas de atuação sólida no mercado, com clientela fidelizada e contratos firmados com órgãos públicos mediante processos licitatórios, a Requerente foi interditada judicialmente há menos de um ano, em virtude de problemas de saúde que comprometeram sua capacidade cognitiva, tornando-a relativamente incapaz, conforme decisão judicial transitada em julgado.
Diante da interdição, seu curador, M. F. da S., busca autorização judicial para continuar a empresa anteriormente exercida pela incapaz, conforme previsão do art. 974 do Código Civil, de modo a preservar a continuidade das atividades empresariais e os contratos em vigor, bem como garantir a subsistência da Requerente e a manutenção dos empregos gerados pela empresa.
DO DIREITO
O art. 974 do Código Civil estabelece que o incapaz, por meio de representante, poderá continuar a empresa que exercia enquanto capaz, desde que haja autorização judicial. O §1º do referido artigo dispõe que tal autorização deve ser precedida de análise das circunstâncias e riscos da empresa, bem como da conveniência de sua continuidade, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
No caso em tela, a empresa da Requerente apresenta sólida atuação no mercado, com contratos relevantes e clientela fidelizada, além de desempenhar papel econômico e social significativo, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento local. A continuidade das atividades empresariais é, portanto, não apenas conveniente, mas essencial para evitar prejuízos à Requerente, aos empregados e aos terceiros envolvidos.
Doutrinariamente, a continuidade da empresa em casos como o presente encontra respaldo nos princípios da função social da empresa e da preservação da atividade econômica, que visam garantir a manutenção de atividades empresariais viáveis e a proteção dos interesses de to"'>...