Modelo de Pedido de Declaração de Nulidade de Ato Processual por Violação ao Contraditório e à Ampla Defesa em Processo Penal
Publicado em: 12/12/2024 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________
Processo nº __________
REQUERENTE: __________
REQUERIDO: __________
PREÂMBULO
__________, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 212 e demais dispositivos legais aplicáveis, requerer a DECLARAÇÃO DE NULIDADE do ato processual que permitiu a tréplica do querelante após a apresentação da resposta à acusação, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
No presente caso, após a apresentação da resposta à acusação pela defesa, foi concedida oportunidade ao querelante para manifestação sobre as teses defensivas. Tal procedimento não encontra amparo legal, uma vez que a Lei nº 11.719/2008 não prevê a abertura de vista ao Ministério Público ou ao querelante para se manifestar sobre a resposta da defesa.
A manifestação indevida do querelante analisou detalhadamente todas as teses defensivas apresentadas, influenciando diretamente na decisão interlocutória que rejeitou os argumentos da defesa. Tal prática violou os princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, causando prejuízo irreparável à parte requerida.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, incisos LIV e LV, assegura a todos o direito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa. No âmbito processual penal, a Lei nº 11.719/2008, que alterou dispositivos do Código de Processo Penal, não prevê a possibilidade de manifestação do querelante após a resposta à acusação.
A prática de permitir a manifestação do querelante após a resposta da defesa viola o princípio da paridade de armas, além de interferir no direito da defesa de falar por último, conforme previsto no CPP, art. 409, aplicado subsidiariamente ao procedimento ordinário. Tal prática, ainda que orientada pelo CNJ, não possui respaldo legal e afronta os direitos fundamentais do acusado.
A doutrina processual penal é uníssona ao afirmar que a ausência de previsão legal para a prática de determinado ato processual resulta em sua nulidade, especialmente quando há demonstração de prejuízo à parte. Nesse sentido, a man"'>...