Modelo de Pedido de Emenda à Petição Inicial para Exoneração ou Redução de Pensão Alimentícia por Alteração na Capacidade Financeira do Alimentante

Publicado em: 25/05/2024 Familia
Trata-se de uma emenda à petição inicial apresentada pelo autor, com base no art. 329, §2º do CPC/2015, pleiteando a exoneração ou redução da obrigação alimentar previamente fixada em favor de um filho maior de idade. A ação fundamenta-se na comprovação de alteração significativa na situação financeira do alimentante, que é aposentado e sustenta três filhos menores com renda limitada a um salário mínimo. Além disso, o alimentado não demonstrou necessidade de continuidade do benefício, conforme requisitos legais. O pedido enfatiza os princípios de proporcionalidade e razoabilidade, bem como precedentes jurisprudenciais que corroboram a demanda.

EMENDA À PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ____________

Processo nº: [inserir número do processo]

Autor: A. J. dos S.

Réu: [Nome do alimentado]

PREÂMBULO

O Autor, A. J. dos S., já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 329, §2º, apresentar a presente EMENDA À PETIÇÃO INICIAL, nos termos que seguem:

DOS FATOS

Na petição inicial, o Autor pleiteou a exoneração da obrigação alimentar fixada em 2009, no percentual de 34% do salário mínimo, em favor de seu filho, que atualmente é maior de idade e não está matriculado em curso superior. Contudo, faz-se necessário complementar as razões expostas, trazendo fatos novos que reforçam a necessidade de revisão ou exoneração da obrigação alimentar.

O Autor é aposentado pelo INSS e recebe apenas um salário mínimo mensal como fonte de renda. Além disso, possui três filhos menores de idade, os quais dependem integralmente de seu sustento. O valor da pensão alimentícia, fixado em 2009, tornou-se desproporcional à sua atual capacidade financeira, considerando que o salário mínimo teve significativo aumento desde então, comprometendo gravemente sua renda e dificultando a manutenção de suas obrigações básicas.

Dessa forma, a continuidade do pagamento da pensão alimentícia no percentual de 34% do salário mínimo é insustentável, sendo imperiosa a exoneração ou, ao menos, a redução do valor, em observância ao princípio da proporcionalidade e da razoabilidade.

DO DIREITO

O Código Civil, em seu art. 1.699, dispõe que "se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo".

No presente caso, o Autor comprovou alteração significativa em sua situação financeira, uma vez que sua única fonte de renda é o benefício previdenciário de um salário mínimo, o qual é insuficiente para atender às suas necessidades básicas e às de seus três filhos menores. Além disso, o alimentado, maior de idade, não demonstrou necessidade de continuidade da obrigação alimentar, pois não está matriculado em curso superior, conforme entendimento consolidado pela jurisprudência.

Ademais, o princípio da proporcionalidade deve ser observado, considerando que a obrigação alimentar não pode comprometer a subsistência do alimentante. Nesse sentido, a manutenção da pensão no percentual de 34% do salário mínimo é excessiva e desproporcional à atual realidade financeira do Autor.

...


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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

VOTO DO MAGISTRADO

Passo à análise do caso em questão, observando os fatos apresentados e os fundamentos legais e constitucionais que regem a matéria, em conformidade com o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, que estabelece a necessidade de motivação de todas as decisões judiciais.

DOS FATOS

O autor, aposentado pelo INSS, recebe um salário mínimo como única fonte de renda e possui três filhos menores de idade que dependem integralmente de seu sustento. Ele pleiteia a exoneração ou redução da pensão alimentícia fixada em 2009 no percentual de 34% do salário mínimo, destinada a seu filho maior de idade, que não está matriculado em curso superior.

Comprovou-se nos autos que a atual obrigação alimentar compromete gravemente a subsistência do autor e de seus filhos menores, tornando o encargo desproporcional à sua capacidade financeira.

DO DIREITO

O artigo 1.699 do Código Civil permite a exoneração ou redução da obrigação alimentar quando há alteração na situação financeira do alimentante ou do alimentado. No presente caso, o autor demonstrou alteração significativa em sua realidade financeira, sendo insuficiente sua renda atual para suportar o encargo alimentar sem comprometer suas necessidades básicas.

Além disso, o alimentado, maior de idade, não comprovou a necessidade de continuidade da pensão, visto que não está matriculado em instituição de ensino superior. Tal circunstância é consolidada pela jurisprudência como suficiente para justificar a exoneração da obrigação alimentar.

Ademais, o princípio da proporcionalidade deve prevalecer, de forma que a obrigação alimentar seja compatível com a realidade financeira do alimentante, sem comprometer sua subsistência.

JURISPRUDÊNCIA

A análise do caso em tela encontra respaldo em precedentes jurisprudenciais:

  • TJSP (8ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível / Exoneração Acórdão/TJSP:

    Sentença de procedência parcial para exonerar o autor da obrigação em relação ao filho maior de idade, reafirmando o princípio da proporcionalidade.

  • TJSP (3ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível / Exoneração Acórdão/TJSP:

    Reconheceu-se que a constituição de nova família e o aumento de despesas do alimentante são elementos relevantes para análise da redução ou exoneração do encargo alimentar.

  • TJSP (8ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP:

    Decidiu-se que a exoneração ou redução da pensão depende da comprovação de alteração significativa na situação financeira do alimentante.

CONCLUSÃO E DECISÃO

Ante o exposto, com fundamento nos artigos 1.699 do Código Civil e 93, IX, da Constituição Federal de 1988, bem como à luz dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, VOTO pela procedência parcial do pedido para:

  1. Exonerar o autor da obrigação alimentar em relação ao filho maior de idade, considerando sua ausência de comprovação de necessidade;
  2. Manter as obrigações do autor em relação aos seus filhos menores de idade, resguardando o princípio da dignidade da pessoa humana.

Determino, ainda, a intimação das partes para ciência desta decisão e para que sejam tomadas as providências cabíveis.

É como voto.

[Local], [Data]

__________________________________________

Magistrado: [Nome do Juiz]


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