Modelo de Ação de Exoneração de Alimentos com Pedido de Tutela de Urgência para Suspensão Imediata da Obrigação Alimentar em Favor de Filho Maior de Idade com Curso Superior Concluído e Inserção no Mercado de Trabalho

Publicado em: 24/04/2025 Processo Civil Familia
Modelo de petição inicial para Ação de Exoneração de Alimentos, proposta por advogado em causa própria, requerendo tutela de urgência para suspensão imediata da pensão alimentícia em razão da maioridade do filho, conclusão de curso superior e capacidade laboral do alimentando, fundamentada no binômio necessidade-possibilidade, Súmula 358/STJ, CPC/2015 e princípios constitucionais, com pedido de justiça gratuita e produção de provas.

AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de [Cidade][Estado]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, divorciado, advogado, inscrito na OAB/[Estado] sob o nº [número], portador do CPF nº [número], RG nº [número], endereço eletrônico: [email], residente e domiciliado na [endereço completo], vem, em causa própria, propor a presente AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de R. F. dos S., brasileiro, solteiro, estudante/trabalhador, portador do CPF nº [número], RG nº [número], endereço eletrônico: [email], residente e domiciliado na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O requerente, A. J. dos S., é genitor de R. F. dos S., em favor de quem foi fixada obrigação alimentar por decisão judicial. O alimentando, atualmente, é maior de idade, tendo completado [idade] anos, conforme certidão de nascimento anexa.

Além de atingir a maioridade civil, R. F. dos S. concluiu o curso superior em [nome do curso] na instituição [nome da instituição], conforme diploma anexo, e atualmente encontra-se inserido no mercado de trabalho, exercendo atividade remunerada, conforme comprovante de vínculo empregatício e contracheque anexos.

O requerente, advogado em causa própria, enfrenta grave dificuldade financeira, agravada pelo acúmulo de débitos alimentares, não conseguindo arcar com o pagamento da pensão sem comprometer sua própria subsistência, razão pela qual encontra-se inadimplente e exposto a possíveis medidas coercitivas.

Diante da ausência de necessidade do alimentando e da impossibilidade do alimentante, faz-se imprescindível a exoneração da obrigação alimentar, inclusive em caráter liminar, para evitar danos irreparáveis ao requerente.

Ressalta-se que a obrigação alimentar, nos termos da legislação vigente, pode ser revista ou exonerada diante da alteração do binômio necessidade-possibilidade, especialmente quando o alimentando atinge a maioridade, conclui curso superior e passa a exercer atividade laborativa.

4. DOS PEDIDOS DE JUSTIÇA GRATUITA

O requerente, advogado em causa própria, não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento e de sua família, motivo pelo qual requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do CPC/2015, art. 98 e CF/88, art. 5º, LXXIV.

A assistência judiciária gratuita é direito fundamental, assegurando o amplo acesso à justiça àqueles que comprovem insuficiência de recursos, princípio este que visa garantir a efetividade da tutela jurisdicional e a dignidade da pessoa humana.

Declara, sob as penas da lei, ser verdadeira a alegação de hipossuficiência financeira, conforme declaração anexa.

5. DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

O requerente pleiteia a concessão de tutela de urgência para suspender imediatamente a obrigação alimentar até decisão final, haja vista a presença dos requisitos do CPC/2015, art. 300: a probabilidade do direito, consubstanciada na maioridade do alimentando, conclusão de curso superior e inserção no mercado de trabalho; e o perigo de dano, consistente no risco de prisão civil e agravamento da situação financeira do alimentante.

A manutenção da obrigação alimentar, diante da ausência de necessidade do alimentando e da impossibilidade do alimentante, configura situação de flagrante injustiça, sendo imprescindível a concessão da medida liminar para evitar danos de difícil reparação.

Ressalta-se que a tutela de urgência pode ser concedida inaudita altera parte, conforme CPC/2015, art. 300, § 2º, diante da urgência e da verossimilhança dos fatos apresentados.

6. DO DIREITO

6.1. DA EXONERAÇÃO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR

A obrigação alimentar, prevista no CCB/2002, art. 1.694 e seguintes, decorre do dever de solidariedade familiar, sendo fundada no binômio necessidade-possibilidade. Contudo, tal obrigação não é perpétua, podendo ser revista ou exonerada diante da alteração das circunstâncias que a ensejaram.

Nos termos do CCB/2002, art. 1.699, “se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo”.

A maioridade civil, por si só, não extingue automaticamente a obrigação alimentar, mas a jurisprudência consolidou entendimento de que, atingida a maioridade, cabe ao alimentando demonstrar a necessidade de manutenção dos alimentos, especialmente se estiver cursando ensino superior ou técnico, até, em regra, 24 anos.

No caso em tela, R. F. dos S. já concluiu o curso superior e exerce atividade remunerada, não havendo mais necessidade de percepção de alimentos, o que autoriza a exoneração da obrigação, conforme entendimento do STJ (Súmula 358/STJ).

6.2. DA IMPOSSIBILIDADE DO ALIMENTANTE

O requerente encontra-se em situação de inadimplência, sem condições de manter o pagamento da pensão sem prejuízo de sua própria subsistência, o que reforça a necessidade de revisão da "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação de Exoneração de Alimentos com Pedido de Tutela de Urgência ajuizada por A. J. dos S. em face de R. F. dos S.. O autor, genitor do requerido, postula a exoneração da obrigação alimentar anteriormente fixada em favor do filho, alegando que este alcançou a maioridade civil, concluiu o curso superior e encontra-se atualmente inserido no mercado de trabalho, exercendo atividade remunerada. O autor afirma ainda enfrentar dificuldades financeiras que comprometem sua própria subsistência, requerendo, em caráter liminar, a suspensão da obrigação alimentar.

Requer, também, a concessão dos benefícios da justiça gratuita, bem como a produção de provas documentais, testemunhais e periciais.

II. Fundamentação

1. Da Admissibilidade

O feito encontra-se regularmente instruído, estando presentes os pressupostos processuais de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo. Não há preliminares ou questões processuais impeditivas ao conhecimento da demanda.

2. Da Gratuidade de Justiça

Nos termos da CF/88, art. 5º, inciso LXXIV, bem como do CPC/2015, art. 98, a gratuidade de justiça deve ser deferida à parte que comprova insuficiência de recursos para arcar com custas e despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento. O requerente apresentou declaração de hipossuficiência, não havendo nos autos elementos que infirmem tal afirmação. Defiro, portanto, o benefício da justiça gratuita.

3. Do Mérito

a) Da Exoneração da Obrigação Alimentar

A obrigação alimentar entre pais e filhos decorre do dever de solidariedade familiar, com fundamento no CCB/2002, art. 1.694 e seguintes. Tal obrigação, no entanto, não é perpétua, podendo ser revista ou exonerada diante da alteração do binômio necessidade-possibilidade (CC/2002, art. 1.699).

A maioridade civil, por si só, não extingue automaticamente o dever alimentar, mas, conforme consolidado na Súmula 358/STJ, “o cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito a decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos”. Após a maioridade, cabe ao alimentando comprovar a necessidade da continuidade da prestação alimentar, especialmente se estiver cursando ensino superior ou técnico, até, em regra, 24 anos.

Na hipótese dos autos, o requerido já atingiu a maioridade, concluiu curso superior e atualmente exerce atividade remunerada, conforme comprovado nos documentos anexados à inicial. Não restou demonstrada, pelo alimentando, a existência de necessidade superveniente à conclusão do curso e à inserção no mercado de trabalho, tampouco qualquer situação de vulnerabilidade que justifique a manutenção dos alimentos.

b) Da Possibilidade do Alimentante

O alimentante, por sua vez, demonstrou estar em situação financeira delicada, encontrando-se inadimplente e sob o risco de sofrer medidas coercitivas que podem comprometer sua dignidade e subsistência, em violação ao princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

c) Da Tutela de Urgência

Os requisitos para concessão da tutela de urgência, previstos no CPC/2015, art. 300, estão presentes: probabilidade do direito (maioridade, conclusão de curso superior e vínculo empregatício do alimentando) e perigo de dano (risco de prisão civil e agravamento da situação financeira do alimentante). Assim, revela-se cabível o deferimento da medida para suspender, de imediato, a obrigação alimentar até o julgamento final da presente ação.

d) Da Jurisprudência e Precedentes

A jurisprudência dos tribunais superiores tem reiteradamente reconhecido que, findas as razões que justificaram a prestação alimentícia — notadamente, maioridade, formação superior e inserção laboral —, é legítima a exoneração do encargo, mediante decisão judicial e, após, contraditório (Súmula 358/STJ; TJRJ, AI Acórdão/TJRJ; TJSP, AC Acórdão/TJSP).

e) Da Constitucionalidade e Fundamentação Legal

Fundamenta-se este voto na CF/88, art. 93, IX, que exige a motivação das decisões judiciais, bem como na CF/88, art. 5º, caput e LXXIV, e CF/88, art. 1º, III, além dos dispositivos mencionados do Código Civil e do Código de Processo Civil.

III. Dispositivo

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido para:

  • a) Exonerar, de forma definitiva, o autor da obrigação alimentar em relação ao requerido, R. F. dos S., com fundamento na ausência de necessidade do alimentando e na comprovada possibilidade do alimentante;
  • b) Conceder a tutela de urgência, já deferida, para suspender imediatamente a obrigação alimentar, com efeitos desde a decisão liminar deferida nestes autos;
  • c) Homologar a concessão dos benefícios da justiça gratuita ao requerente, nos termos do CPC/2015, art. 98;
  • d) Julgo extinto o processo com resolução do mérito, nos termos do CPC/2015, art. 487, I.

Sem custas ou honorários, diante da gratuidade de justiça.

IV. Recurso

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Em não havendo recurso, certifique-se o trânsito em julgado e arquivem-se os autos.

(Caso haja recurso, conheço do recurso, por preencher os requisitos de admissibilidade, e, no mérito, NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo integralmente a r. sentença pelos seus próprios e jurídicos fundamentos).

V. Fundamentação Constitucional

Em estrito cumprimento a CF/88, art. 93, IX, a presente decisão encontra-se devidamente fundamentada, com análise dos fatos e do direito aplicável, garantindo o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal.

[Local], [data].

Juiz de Direito


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