Modelo de Pedido de Extinção de Processo com Base no CPC/2015, Art. 485, IV, e Revogação de Medidas Protetivas em Caso de Violência Doméstica
Publicado em: 03/02/2025 CivelProcesso Civil FamiliaEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
Requerente: E. B. L.
Requerida: R. de A. L.
PREÂMBULO
O Requerente, E. B. L., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na cidade de Coronel Fabriciano, estado de Minas Gerais, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional localizado em __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 485, IV, requerer a EXTINÇÃO DO FEITO, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
O Requerente foi intimado em 20/10/2023 em razão de medidas protetivas de urgência concedidas à sua ex-esposa, R. de A. L., em decorrência de uma discussão ocorrida entre as partes. Contudo, o Requerente atualmente reside e é domiciliado em Coronel Fabriciano, Minas Gerais, localidade que se encontra a uma distância considerável da residência da Requerida, o que inviabiliza qualquer risco iminente ou proximidade que justifique a manutenção das medidas protetivas.
Ademais, o Requerente não apresenta qualquer histórico de violência física ou psicológica contra a Requerida, sendo a presente demanda desprovida de elementos que comprovem a necessidade de continuidade do feito.
DO DIREITO
Conforme dispõe o CPC/2015, art. 485, IV, é cabível a extinção do processo sem resolução de mérito quando não houver interesse de agir ou quando se verificar a ausência de pressupostos processuais. No caso em tela, a distância entre as partes e a ausência de elementos concretos que justifiquem a manutenção das medidas protetivas configuram a inexistência de interesse processual.
Além disso, o CPC/2015, art. 139, III, estabelece que compete ao magistrado prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça, o que inclui a extinção de demandas que se mostrem desnecessárias ou protelatórias.
O Requerente, residente em localidade distante da Requerida, não apresenta qualquer risco à sua integridade física ou psicológica, o que torna a manutenção do feito desproporcional e contrária aos princípios da razoabilidade e da eficiência processual.
DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
O princípio da razoabilidade, consagrado no ordenamento jurídico brasileiro, exige que as decisões judiciais sejam pautadas em critérios lógicos e proporcionais. No presente caso, a manutenção de medidas protetivas contra o Requerente, que reside a uma distância significativa da Requerida e não apresenta histórico de violência, configura medida desarrazoada e desnecessária.