Modelo de Pedido de Revisão Criminal com Prova Nova de Inocência em Condenação por Roubo Majorado

Publicado em: 09/04/2025 Direito Penal Processo Penal
Modelo de petição apresentada ao Tribunal de Justiça visando a revisão criminal de sentença condenatória por roubo majorado. O requerente alega inocência com base em prova nova — declaração de internação em clínica terapêutica no período do crime — e pleiteia a absolvição com fundamento no CPP, art. 621, III. O documento contesta parecer do Ministério Público, sustenta a plausibilidade jurídica da nova prova e invoca princípios constitucionais como o devido processo legal e a dignidade da pessoa humana. Inclui jurisprudência favorável à tese e requer, alternativamente, a reabertura da fase probatória.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE [UF]

1. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DO PROCESSO

Processo nº: 0000000-00.2024.8.26.0000

Requerente: M. P. G. S. – brasileiro, solteiro, auxiliar de serviços gerais, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, nº Y, Bairro Z, Município de W, Estado de SP, endereço eletrônico: matheus@email.com.

Advogado: Dr. Fulano de Tal – OAB/SP 000000, com escritório profissional na Rua dos Advogados, nº 100, Centro, São Paulo/SP, CEP 00000-000, endereço eletrônico: fulano@advocacia.com.br.

2. SÍNTESE DO CASO

Trata-se de ação de revisão criminal proposta por M. P. G. S., condenado definitivamente pela prática do crime de roubo majorado, tipificado no CP, art. 157, § 2º, II, e § 2º-A, I, à pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, além de 21 dias-multa.

O fato ocorreu em 18/12/2018, quando dois indivíduos armados, em uma motocicleta, subtraíram da vítima sua carteira contendo documentos e R$ 80,00 em espécie. A condenação foi confirmada em segunda instância, com agravamento da pena.

Na presente revisão criminal, o requerente apresentou declaração de internação em clínica terapêutica entre os dias 01/12/2018 e 20/12/2018, o que, segundo a defesa, comprovaria sua inocência, pois estaria impossibilitado de praticar o crime na data dos fatos.

O Ministério Público apresentou parecer desfavorável à procedência da revisão, sob o argumento de que a prova apresentada não é nova nem contundente, nos termos do CPP, art. 621, e que a ação revisional não pode ser utilizada como nova instância recursal.

3. DA MANIFESTAÇÃO SOBRE O PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Com o devido respeito, o parecer ministerial não merece prosperar, pois parte de premissas equivocadas quanto à natureza da prova apresentada e à finalidade da revisão criminal.

A declaração de internação em clínica terapêutica entre 01/12/2018 e 20/12/2018, apresentada com a inicial da revisão, constitui prova nova, nos termos do CPP, art. 621, III, pois não foi apreciada no processo originário e tem o potencial de alterar o resultado da condenação, demonstrando que o requerente não poderia estar no local do crime na data dos fatos.

O Ministério Público desconsidera o caráter excepcional e garantista da revisão criminal, cujo objetivo é justamente corrigir erro judiciário e evitar a perpetuação de condenações injustas, em consonância com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e do devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV).

Ademais, a prova apresentada não visa simplesmente reavaliar provas já analisadas, mas sim introduzir elemento novo e relevante, que não foi submetido ao contraditório anteriormente, o que afasta a alegação de tentativa de rediscussão da coisa julgada.

4. DO DIREITO

A revisão criminal é regulada pelo CPP, art. 621, que prevê a possibilidade de revisão da sentença condenatória quando:

  • I – a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
  • II – a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
  • III – após a sentença, se descobrirem novas pr"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

1. Contextualização

Trata-se de ação de revisão criminal que envolve o requerente M. P. G. S., condenado pelo crime de roubo majorado, conforme o CP, art. 157, § 2º, II, e § 2º-A, I. A pena aplicada foi de 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, além de 21 dias-multa. O requerente apresentou como novo elemento uma declaração de internação em clínica terapêutica no período em que o crime ocorreu, alegando a impossibilidade de estar presente no local do ocorrido.

2. Análise Hermenêutica entre os Fatos e o Direito

Conforme o CPP, art. 621, inciso III, a revisão criminal pode ser admitida quando surgirem novas provas de inocência do condenado. No caso em análise, a declaração apresentada pelo requerente, que comprova a sua internação durante o período do crime, configura-se como prova nova, capaz de alterar o julgamento originário.

Além disso, a CF/88, art. 93, inciso IX, exige que toda decisão judicial seja fundamentada, garantindo o devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV) e a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III). Ao analisar os fatos, é evidente que a condenação do requerente, sem a consideração da nova prova apresentada, pode representar um erro judiciário que precisa ser corrigido.

3. Manifestação sobre o Parecer do Ministério Público

O Ministério Público defende a improcedência do pedido sob o argumento de que a declaração apresentada não constitui prova contundente e que a revisão criminal não pode ser utilizada como um novo recurso. Todavia, tal posicionamento desconsidera a função excepcional da revisão criminal, que é corrigir injustiças e garantir a prevalência da justiça em situações de erro judiciário.

O caráter garantista do instituto da revisão criminal exige que toda prova nova seja analisada à luz do contraditório e da ampla defesa, especialmente quando tal prova pode impactar diretamente na autoria do delito imputado ao condenado.

4. Fundamentação Legal e Constitucional

A admissibilidade da revisão criminal está assegurada pelo CPP, art. 621, inciso III, que prevê a possibilidade de revisão quando surgirem provas novas de inocência do condenado. Além disso, a jurisprudência pátria reconhece a revisão criminal como instrumento para evitar a perpetuação de erros judiciários, alinhando-se aos princípios constitucionais do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana.

Como consta na decisão do TJSP (Revisão Criminal Acórdão/TJSP), a presunção de inocência deve ser respeitada, e a revisão criminal é o meio adequado para corrigir condenações injustas quando surgem elementos novos que coloquem em dúvida a autoria ou materialidade do crime.

5. Decisão

Diante do exposto, conheço do pedido de revisão criminal, pois preenchidos os requisitos legais de admissibilidade, conforme o CPP, art. 621, III.

Julgo procedente o pedido, absolvendo o requerente com fundamento no CPP, art. 386, inciso VII, por ausência de provas suficientes para a condenação, considerando o novo elemento apresentado.

Subsidiariamente, caso não se entenda pela absolvição imediata, determino a reabertura da instrução probatória, com a realização de audiência para análise da prova nova e produção de outros elementos necessários, nos termos do CPP, art. 625, § 1º.

6. Conclusão

Por tudo que foi exposto, voto por dar procedência ao pedido de revisão criminal e absolver o requerente, com fulcro no CPP, art. 386, VII. Caso não seja este o entendimento, determino a reabertura da instrução probatória.

É como voto.

São Paulo, [data fictícia].

[Assinatura do Magistrado]
Magistrado Relator
Tribunal de Justiça do Estado de [UF]


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