Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva com Fundamentação Jurídica e Solicitação de Medidas Cautelares Alternativas

Publicado em: 08/08/2024 Direito Penal
Petição apresentada pelo Requerente, por meio de seu advogado, perante a ___ª Vara Criminal, requerendo a revogação de sua prisão preventiva, com base no art. 316 do CPP. O documento destaca a ausência de fundamentação concreta para a manutenção da custódia cautelar, citando o princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII, da CF/88) e a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, conforme o art. 319 do CPP. A petição é fundamentada em jurisprudências relevantes e busca a expedição de alvará de soltura ou, subsidiariamente, a aplicação de medidas menos gravosas.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________

Processo nº __________________

REQUERENTE: [Nome do Requerente]

REQUERIDO: Ministério Público

PREÂMBULO

[Nome do Requerente], já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado, com endereço profissional situado em [endereço completo], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 316, requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, nos termos que seguem.

DOS FATOS

O Requerente encontra-se preso preventivamente, acusado da prática do crime de homicídio, previsto no CP, art. 121. A prisão foi decretada sob o fundamento de garantia da ordem pública, com base na gravidade abstrata do delito e no clamor social.

Contudo, a manutenção da prisão preventiva carece de fundamentação idônea e concreta, não havendo elementos suficientes para justificar a segregação cautelar, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

A prisão preventiva, conforme disposto no CPP, art. 312, é medida excepcional e somente pode ser decretada quando presentes os requisitos do fumus comissi delicti (prova da materialidade e indícios suficientes de autoria) e do periculum libertatis (necessidade de garantir a ordem pública, a ordem econômica, a conveniência da instrução criminal ou a aplicação da lei penal).

No caso em tela, embora o delito imputado ao Requerente seja grave, a gravidade abstrata do crime não é suficiente para justificar a prisão preventiva, conforme entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. A decisão que decretou a prisão preventiva não apresentou elementos concretos que demonstrem a real necessidade da medida, violando o princípio da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII).

Ademais, o CPP, art. 319, prevê a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, as quais são suficientes para garantir a ordem pública e o regular andamento do processo. O Requerente possui condições pessoais favorávei"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I - Relatório

Trata-se de pedido de revogação da prisão preventiva formulado por [Nome do Requerente], nos termos do art. 316 do Código de Processo Penal, alegando ausência de fundamentação idônea para a manutenção da medida cautelar.

O requerente encontra-se preso preventivamente pela suposta prática do crime previsto no art. 121 do Código Penal (homicídio). A prisão foi decretada sob o argumento de garantia da ordem pública, levando-se em conta a gravidade abstrata do delito.

Após a análise dos autos, passo ao voto.

II - Fundamentação

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 93, IX, exige que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas sob pena de nulidade. Assim, cabe ao magistrado demonstrar de forma clara e objetiva os fundamentos que justificam a manutenção ou revogação de uma medida cautelar como a prisão preventiva.

A prisão preventiva é medida excepcional, conforme disposto no art. 312 do Código de Processo Penal, sendo cabível apenas quando presentes os requisitos do fumus comissi delicti e do periculum libertatis.

No caso concreto, verifica-se que a decisão que decretou a prisão preventiva não apresentou elementos concretos que demonstrem a necessidade da segregação cautelar. A gravidade abstrata do delito e o chamado "clamor social" não são, por si sós, suficientes para justificar a prisão preventiva, conforme entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça.

Ademais, o art. 319 do Código de Processo Penal prevê a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, as quais devem ser consideradas antes da decretação ou manutenção da prisão preventiva.

Ressalte-se, ainda, que o requerente possui condições pessoais favoráveis, como residência fixa, ocupação lícita e ausência de antecedentes criminais, fatores que reforçam a desnecessidade da medida extrema.

Por fim, a manutenção da prisão preventiva sem fundamentação concreta configura constrangimento ilegal, nos termos do art. 316 do Código de Processo Penal, motivo pelo qual entendo ser cabível a revogação da medida.

III - Dispositivos e Jurisprudência Aplicável

Destaco que a jurisprudência dominante reforça a excepcionalidade da prisão preventiva. Nesse sentido:

  • STF - HC Acórdão/STJ: "A prisão preventiva exige fundamentação concreta, sendo insuficiente a invocação genérica de garantia da ordem pública ou da gravidade abstrata do delito."
  • STJ - HC Acórdão/STJ: "A substituição da prisão preventiva por medidas cautelares alternativas deve ser priorizada, a fim de respeitar o princípio da proporcionalidade."

IV - Conclusão

Ante o exposto, voto pela procedência do pedido para REVOGAR a prisão preventiva decretada em desfavor de [Nome do Requerente], determinando a sua imediata soltura mediante expedição de alvará de soltura, salvo se estiver preso por outro motivo.

Subsidiariamente, caso entenda-se pela manutenção da prisão preventiva, voto pela aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do art. 319 do Código de Processo Penal, a serem fixadas conforme o caso concreto.

É como voto.

Assinatura

[Local], [Data].

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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