Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva com Fundamentação no CPP, Art. 316, e Solicitação de Aplicação de Medidas Cautelares Diversas

Publicado em: 02/09/2024 Processo Civil Direito Penal Processo Penal
Petição elaborada em favor de Marco Antonio da Silva, solicitando a revogação da prisão preventiva com base na inexistência de requisitos autorizadores previstos no CPP, art. 312. O documento destaca a quantidade ínfima de droga apreendida, a inexistência de antecedentes criminais e a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas, conforme o CPP, art. 319. Apresenta fundamentação jurídica, jurisprudências relevantes, e pedidos subsidiários para resguardar os direitos do Requerente em conformidade com os princípios constitucionais da presunção de inocência e dignidade da pessoa humana.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

MARCO ANTONIO DA SILVA, brasileiro, solteiro, portador do RG nº [INSERIR], inscrito no CPF sob o nº [INSERIR], residente e domiciliado na Rua [INSERIR ENDEREÇO COMPLETO], vem, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua [INSERIR ENDEREÇO COMPLETO], onde recebe intimações, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 316, requerer a:

REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

em razão dos fatos e fundamentos que passa a expor:

PREÂMBULO

O presente pedido fundamenta-se na ausência de requisitos autorizadores para a manutenção da prisão preventiva, conforme disposto no CPP, art. 312, bem como na possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do CPP, art. 319.

DOS FATOS

No dia 14 de setembro de 2023, policiais militares, após receberem denúncia anônima de suposta venda de drogas, dirigiram-se ao local indicado e realizaram abordagem ao Requerente. Durante a revista pessoal, foram encontradas três pedras de crack em sua posse.

O Requerente foi preso em flagrante e, posteriormente, teve sua prisão convertida em preventiva, sob o fundamento de garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal.

No entanto, a quantidade de droga apreendida é ínfima, não havendo elementos concretos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva, especialmente considerando que o Requerente não possui antecedentes criminais e não oferece risco à ordem pública.

DO DIREITO

A prisão preventiva é medida excepcional, devendo ser decretada apenas quando presentes os requisitos do CPP, art. 312, quais sejam: garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.

No caso em tela, não há elementos concretos que demonstrem a necessidade de manutenção da prisão preventiva. A quantidade de droga apreendida (três pedras de crack) é irrisória, não sendo suficiente para caracterizar risco à ordem pública.

Ademais, o princípio da homogeneidade deve ser observado, conforme entendimento consolidado nos tribunais superiores. A prisão preventiva não pode s"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de pedido de revogação de prisão preventiva formulado por Marco Antonio da Silva, com fundamento no art. 316 do Código de Processo Penal (CPP). O requerente foi preso em flagrante por suposta posse de três pedras de crack, tendo a prisão sido convertida em preventiva sob o fundamento de garantia da ordem pública e aplicação da lei penal.

Após análise dos autos, passo à apreciação.

Fundamentação

1. Dos fatos narrados

Conforme consta nos autos, o requerente foi abordado por policiais militares em razão de denúncia anônima de suposta venda de entorpecentes. Em sua posse, foram encontradas três pedras de crack. No entanto, a quantidade apreendida é ínfima e não há elementos concretos que indiquem risco à ordem pública ou à aplicação da lei penal.

Destaca-se que o requerente é primário, de bons antecedentes e não há evidências de que a liberdade do mesmo represente qualquer ameaça à instrução criminal ou à sociedade.

2. Da análise jurídica

Nos termos do art. 312 do CPP, a prisão preventiva é medida excepcional e deve ser aplicada somente quando demonstrada sua imprescindibilidade para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.

No caso em apreço, verifica-se que os elementos constantes nos autos não são suficientes para justificar a manutenção da custódia cautelar. A quantidade de droga apreendida é ínfima, sendo desproporcional manter o requerente preso preventivamente. A jurisprudência pátria, em casos similares, reforça o entendimento de que a prisão preventiva deve ser medida de extrema necessidade e não pode ser mais severa do que eventual pena a ser aplicada.

Ademais, o art. 319 do CPP prevê medidas cautelares diversas da prisão, plenamente aplicáveis ao caso concreto, como o comparecimento periódico em juízo, proibição de frequentar determinados locais e outras condições que garantam a aplicação da lei penal.

3. Do princípio da homogeneidade

O princípio da homogeneidade, amplamente reconhecido pela jurisprudência, estabelece que a prisão preventiva não pode ser mais gravosa que a eventual pena privativa de liberdade. No presente caso, considerando a pequena quantidade de substância apreendida e a primariedade do acusado, é possível que a reprimenda final seja substituída por penas alternativas, reforçando a desnecessidade da manutenção da prisão preventiva.

4. Jurisprudências aplicáveis

Ressalto precedentes jurisprudenciais que corroboram este entendimento:

  • STJ, AgRg no RHC Acórdão/STJ: "Decisão de origem que fundamentou corretamente quanto à necessidade da prisão preventiva, notadamente pela quantidade de drogas apreendidas, circunstâncias do crime, e pela reincidência do paciente. [...] Constrangimento ilegal não caracterizado."
  • TJRJ, Habeas Corpus Acórdão/TJRJ: "Concedida a ordem de habeas corpus para revogar a prisão preventiva do paciente, consolidando-se a liminar deferida, considerando a ausência de contemporaneidade e a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas."
  • TJRJ, Habeas Corpus Acórdão/TJRJ: "A custódia cautelar deve restringir-se à extrema necessidade, devendo observar o princípio da homogeneidade, não podendo configurar medida mais severa que a eventual reprimenda condenatória."

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, julgo procedente o pedido para:

  1. Revogar a prisão preventiva de Marco Antonio da Silva, determinando a expedição de alvará de soltura, caso o requerente não esteja preso por outro motivo;
  2. Aplicar, nos termos do art. 319 do CPP, as seguintes medidas cautelares:
    1. Comparecimento periódico em juízo para informar e justificar suas atividades;
    2. Proibição de ausentar-se da comarca sem prévia autorização judicial;
    3. Proibição de frequentar locais associados a práticas ilícitas.

Intime-se o Ministério Público para ciência desta decisão.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[LOCALIDADE], [DATA]

__________________________________________

[NOME DO MAGISTRADO]

Juiz de Direito


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