Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva com Fundamentação no CPP e CF/88 em Caso de Estupro de Vulnerável
Publicado em: 16/12/2024 Direito Penal Processo PenalPEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ____________.
Nome do Requerente: [Nome do Requerente, qualificado nos autos].
Nome do Advogado: [Nome do Advogado, OAB nº ___, endereço eletrônico ___].
Processo nº: [Número do Processo].
O Requerente, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, LXVI, da CF/88, art. 312 do CPP e demais dispositivos legais aplicáveis, requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
O Requerente encontra-se preso preventivamente sob a acusação de prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do CP. A vítima, uma criança de 3 (três) anos de idade, é portadora de prolapso retal desde os 7 (sete) meses de vida, condição que, segundo laudo médico, pode causar sangramentos e outras alterações físicas semelhantes às descritas no exame pericial.
O Requerente, no entanto, nega veementemente a prática do crime e alega que a acusação é fruto de um mal-entendido decorrente da condição médica da vítima. Ademais, não há elementos concretos que demonstrem o periculum libertatis, ou seja, que a liberdade do Requerente represente risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.
DO DIREITO
A prisão preventiva é medida excepcional, devendo ser decretada apenas quando presentes os requisitos do CPP, art. 312, quais sejam: prova da existência do crime, indícios suficientes de autoria e a necessidade de garantir a ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal.
No caso em tela, embora haja indícios de materialidade, não há elementos concretos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva do Requerente. A condição médica da vítima, devidamente comprovada por laudos médicos, levanta dúvidas razoáveis sobre a ocorrência do delito, o que afasta o fumus comissi delicti.
Além disso, o Requerente possui residência fixa, é primário e possui bons antecedentes, o que demonstra que não representa risco à ordem pública ou à instrução criminal. Medidas cautelares diversas da prisão, previstas no CPP, art. 319, seriam suficientes para garantir o regular andamento do processo.
DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
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