Modelo de Pedido Judicial de Anuência para Transferência de Imóvel por Viúva Meeira e Herdeiros com Base em Contrato de Promessa de Compra e Venda

Publicado em: 14/01/2025 CivelProcesso Civil Familia Direito Imobiliário
Ação judicial proposta por viúva meeira e herdeiros contra empresa vendedora de imóvel, com o objetivo de obter a anuência necessária para a transferência de propriedade do bem imóvel, em conformidade com as cláusulas contratuais e a quitação integral do contrato de promessa de compra e venda. O pedido fundamenta-se nos direitos hereditários previstos no Código Civil, na autonomia privada das partes e na boa-fé objetiva, destacando a necessidade de regularização da matrícula do imóvel e do IPTU. Inclui ainda jurisprudências e doutrina que embasam a cessão de direitos e a validade do pedido.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR – BA

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

REQUERENTES: M. F. de S. (viúva meeira), C. E. da S. e A. J. dos S. (herdeiros), todos devidamente qualificados, residentes e domiciliados na cidade de Salvador – BA, endereço eletrônico: [inserir e-mail].

REQUERIDA: GRAÇA PRIME EMPREENDIMENTOS SPE LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [inserir número], com sede na cidade de Salvador – BA, endereço eletrônico: [inserir e-mail].

DOS FATOS

Os Requerentes são viúva meeira e herdeiros do falecido Sr. [nome do falecido abreviado], que em vida firmou contrato particular de promessa de compra e venda do imóvel residencial, localizado no apartamento nº 1104, tipo D, situado no 14º pavimento, com matrícula nº 41362, registrado no Cartório do 1º Ofício do Registro de Imóveis de Salvador – BA.

O contrato em questão possui cláusula específica (Trigésima) que permite a cessão ou transferência do imóvel após a quitação total do preço avençado e do cumprimento dos encargos e obrigações pelo promitente comprador. Tal condição já foi devidamente cumprida, conforme comprova a Declaração de Quitação emitida pela Requerida.

Contudo, o IPTU do imóvel ainda está registrado em nome da vendedora, o que impede a regularização definitiva da propriedade pelos Requerentes. Diante disso, a viúva meeira e os herdeiros pretendem transferir o imóvel a um dos herdeiros, conforme permitido pela cláusula contratual mencionada, e necessitam da anuência da Requerida para efetivar a transferência.

DO DIREITO

A cessão de direitos sobre o imóvel encontra respaldo no contrato firmado entre as partes, especialmente na cláusula trigésima, que permite a transferência após a quitação total do preço e cumprimento das obrigações contratuais. Tal condição já foi atendida, conforme a Declaração de Quitação apresentada.

O Código Civil Brasileiro, em seu art. 1.793, regula a cessão de direitos hereditários, exigindo a anuência de todos os herdeiros e, em alguns casos, a autorização judicial, quando o inventário ainda não foi concluído. No presente caso, não há qualquer impedimento legal ou contratual para a transferência, uma vez que todos os herdeiros estão de acordo e o contrato permite expressamente a cessão.

Além disso, o princípio da autonomia privada, consagrado no CCB/2002, art. 421, assegura às partes a liberdade de contratar, respeitados os limites da função social do contrato. A anuência da Requerida é um ato necessário para garantir a segurança jurídica e a regularização da propriedade pelos Requerentes.

Doutrina

Segundo Carlos Roberto Gonçalves, "a cessão de direitos é um negó"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação movida pelos Requerentes, M. F. de S. (viúva meeira), C. E. da S., e A. J. dos S. (herdeiros), em face da Requerida, GRAÇA PRIME EMPREENDIMENTOS SPE LTDA., objetivando a transferência do imóvel situado no apartamento nº 1104, tipo D, localizado no 14º pavimento, com matrícula nº 41362, registrado no Cartório do 1º Ofício do Registro de Imóveis de Salvador – BA.

Os Requerentes alegam que o imóvel já foi quitado, conforme Declaração de Quitação emitida pela Requerida, mas que a transferência encontra-se obstada pela ausência de anuência da Requerida. Requerem, assim, a autorização para a transferência do bem, além da condenação em custas processuais e honorários advocatícios.

Voto

Compulsando os autos, verifica-se que os Requerentes comprovaram o cumprimento de todas as obrigações contratuais relativas ao imóvel em questão, nos termos da cláusula trigésima do contrato particular de promessa de compra e venda. A Declaração de Quitação emitida pela Requerida corrobora a quitação integral do preço, atendendo à condição contratual para a transferência do bem.

A cessão de direitos sobre o imóvel encontra respaldo no artigo 1.793 do Código Civil, que regula a cessão de direitos hereditários, permitindo a transferência desde que atendidas as formalidades legais e contratuais, como ocorre no caso em análise. Ademais, o princípio da autonomia privada, consagrado no artigo 421 do Código Civil, assegura às partes a liberdade de contratar, respeitados os limites da função social do contrato.

A jurisprudência pátria também é clara no sentido de que, uma vez cumpridas as condições contratuais e legais, não há impedimento para a transferência do bem. A conduta da Requerida, ao resistir injustificadamente à anuência, viola o princípio da boa-fé objetiva e prejudica o direito dos Requerentes à regularização da propriedade.

Fundamentação Constitucional e Legal

Nos termos do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos e fundamentados. Assim, passo a fundamentar minha decisão:

  • Constituição Federal de 1988: Princípio da segurança jurídica e da proteção à propriedade privada.
  • Código Civil, artigo 1.793: Regula a cessão de direitos hereditários, autorizando-a desde que cumpridas as condições legais e contratuais.
  • Código Civil, artigo 421: Consagra o princípio da autonomia privada e a função social do contrato.

Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência apresentada reforça o entendimento de que, uma vez cumpridas as condições contratuais e legais, a anuência da parte contrária é um ato necessário para garantir a segurança jurídica e a regularização do bem:

TJSP (3ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Declaratória de nulidade de negócio jurídico. Cessão de direitos por instrumento particular. [...] Caracteriza-se como ineficaz a cessão, sem a prévia autorização do Juízo da sucessão, enquanto pende a indivisibilidade (inventário sequer ajuizado). [...] Recurso não provido."

TJSP (6ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Cessão de direitos que não foi realizada por escritura pública, devendo ser analisada como promessa de cessão. [...] Autores/cessionários que devem se habilitar nos autos do inventário, para obter a autorização posterior e para pleitear a outorga da escritura definitiva. [...] Recurso desprovido."

Decisão

Diante do exposto, voto por acolher o pedido, determinando que a Requerida GRAÇA PRIME EMPREENDIMENTOS SPE LTDA. autorize a transferência do imóvel situado no apartamento nº 1104, tipo D, localizado no 14º pavimento, com matrícula nº 41362, registrado no Cartório do 1º Ofício do Registro de Imóveis de Salvador – BA, aos herdeiros indicados pelos Requerentes.

Condeno ainda a Requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, conforme artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil.

Salvador – BA, ___ de __________ de 20__.

__________________________
Magistrado


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Petição inicial apresentada pelo promitente comprador em face do promitente vendedor, pleiteando a imissão na posse de imóvel adquirido por meio de contrato de promessa de compra e venda. O autor alega ter cumprido todas as obrigações contratuais, incluindo o financiamento e pagamento integral do saldo devedor, enquanto o réu se recusa a entregar a posse do imóvel, configurando descumprimento contratual. Fundamentação jurídica baseada nos artigos 421, 422, 475 e 1.228 do Código Civil, destacando os princípios da boa-fé objetiva e da função social dos contratos. São pleiteados, ainda, indenização por perdas e danos, custas processuais e honorários advocatícios, além da designação de audiência de conciliação.

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