Modelo de Petição Inicial de Ação de Guarda Unilateral com Regulamentação de Visitas Assistidas
Publicado em: 15/10/2024 Civel FamiliaPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE GUARDA UNILATERAL COM REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS ASSISTIDAS
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ______________________.
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
M. F. de S. L., brasileira, solteira, auxiliar administrativa, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliada na Rua ______________________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua ______________________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE GUARDA UNILATERAL COM REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS ASSISTIDAS
em face de C. E. da S., brasileiro, solteiro, profissão ignorada, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliado na Rua ______________________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
3. DOS FATOS
A Requerente é genitora do menor J. L. de S. L., nascido em ___/___/____, fruto de breve relacionamento com o Requerido. Desde o nascimento da criança, a Requerente tem exercido, de fato, a guarda exclusiva do menor, sendo responsável por todos os cuidados afetivos, educacionais, médicos e financeiros.
O Requerido, por sua vez, é notoriamente usuário de substâncias entorpecentes, situação que compromete gravemente sua capacidade de exercer o poder familiar de forma plena e responsável. Em razão de episódios de violência doméstica, inclusive, foi deferida medida protetiva em favor da Requerente, nos termos da Lei 11.340/2006, impedindo o contato direto entre as partes.
Diante da situação de risco à integridade física e emocional da Requerente e do menor, a convivência entre pai e filho foi suspensa de forma espontânea pela genitora, em atenção ao princípio do melhor interesse da criança. Contudo, a Requerente reconhece a importância da manutenção dos vínculos afetivos com o genitor, desde que em ambiente seguro e supervisionado.
O Requerido atualmente reside com seus pais, os avós paternos do menor, os quais demonstram interesse e responsabilidade em colaborar com o processo de convivência familiar. Por essa razão, a Requerente propõe que as visitas do genitor sejam assistidas e realizadas exclusivamente na residência dos avós paternos, sob a supervisão destes.
4. DO DIREITO
A guarda unilateral encontra amparo no CCB/2002, art. 1.584, §2º, que dispõe que a guarda unilateral será atribuída a um dos genitores quando o outro demonstrar desinteresse ou incapacidade para o exercício do poder familiar. No presente caso, o Requerido não possui condições emocionais e comportamentais para exercer a guarda compartilhada, em razão de seu vício em substâncias ilícitas e histórico de violência doméstica.
O CF/88, art. 227 estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar, sempre com foco no melhor interesse do menor.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), art. 19, também reforça que toda criança tem direito a ser criada e educada no seio de sua família, em ambiente livre de negligência, discriminação, violência, crueldade e opressão.
A regulamentação de visitas assistidas é medida que visa garantir o direito à convivência familiar do m"'>...