Modelo de Petição Inicial de Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais contra Clínica Odontológica por Interrupção de Tratamento de Implante Dentário
Publicado em: 31/10/2024 CivelConsumidorPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Cível da Comarca de [cidade/UF]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
M. F. de S. L., brasileira, solteira, aposentada, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-X, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada na Rua X, nº Y, Bairro Z, CEP XXXXX-XXX, [cidade/UF], por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
em face de CLÍNICA ODONTOLÓGICA SORRISO PERFEITO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/0001-XX, endereço eletrônico: [email protected], com sede na Avenida Y, nº Z, Bairro W, CEP XXXXX-XXX, [cidade/UF], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
A autora, M. F. de S. L., contratou junto à ré, Clínica Odontológica Sorriso Perfeito Ltda., tratamento odontológico para realização de implantes dentários na arcada superior, tendo quitado integralmente o valor do procedimento, conforme comprovantes anexos.
O tratamento foi iniciado, sendo realizados exames preliminares e a colocação de pinos para os implantes. Contudo, após o início do procedimento, a autora foi surpreendida com a informação, por parte da clínica ré, de que não seria possível dar continuidade ao tratamento, sob a alegação de “falta de osso” na região superior da boca.
Em decorrência da interrupção abrupta do tratamento, a autora perdeu todos os pinos já instalados, não obteve a restituição dos valores pagos e, atualmente, utiliza dentadura, o que lhe causa profundo constrangimento, vergonha e abalo psicológico, limitando sua vida social e afetando sua autoestima.
Ressalte-se que, além do prejuízo financeiro, a autora enfrenta diariamente o sofrimento decorrente da ausência dos dentes, sentindo-se envergonhada de sua aparência, evitando conversas e interações sociais, o que caracteriza evidente dano moral.
A clínica ré, apesar de ter reconhecido a impossibilidade de concluir o tratamento, não apresentou alternativa viável, tampouco devolveu à autora qualquer valor, demonstrando total descaso e desrespeito à consumidora.
Diante da inércia da ré e da gravidade dos prejuízos sofridos, não restou alternativa à autora senão buscar a tutela jurisdicional para ver reparados os danos materiais e morais sofridos.
Resumo: A autora pagou integralmente por tratamento de implantes dentários, que foi interrompido pela clínica ré, resultando em perda dos pinos instalados, uso de dentadura e sofrimento moral, sem devolução dos valores pagos.
4. DO DIREITO
4.1. DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO FORNECEDOR DE SERVIÇOS
A relação entre as partes é de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e 3º, sendo a autora consumidora e a ré fornecedora de serviços odontológicos. O serviço prestado mostrou-se defeituoso, pois não atingiu o resultado prometido, frustrando a legítima expectativa da consumidora.
Nos termos do CDC, art. 14, o fornecedor responde, independentemente de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas.
A clínica ré, ao interromper o tratamento após receber integralmente o pagamento, sem apresentar solução ou devolver os valores, incorreu em evidente falha na prestação do serviço, violando o dever de boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e o direito à informação (CDC, art. 6º, III).
4.2. DOS DANOS MATERIAIS
Os danos materiais consistem nos valores pagos pela autora à ré pelo tratamento odontológico não concluído, além dos prejuízos decorrentes da necessidade de buscar alternativas para suprir a ausência dos dentes. O ressarcimento é medida que se impõe para restabelecer o status quo ante (CCB/2002, art. 927).
4.3. DOS DANOS MORAIS
O sofrimento, vergonha, abalo psicológico e restrição à vida social experimentados pela autora ultrapassam o mero dissabor, caracterizando dano moral indenizável, conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça. O direito à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e à saúde (CF/88, art. 6º) foram violados, impondo-se a reparação.
4.4. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
O caso concreto evidencia a violação dos princípios da dignidade da pessoa humana, boa-fé objetiva, proteção do consumidor e reparação integral do dano. A conduta da ré afronta o dever de respeito e consideração ao consumidor, devendo ser responsabilizada pelos preju�"'>...
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