Modelo de Petição Inicial de Ação de Interdição para Nomeação de Curatela em Razão de Mal de Alzheimer do Interditando
Publicado em: 15/10/2024 Civel FamiliaPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE INTERDIÇÃO
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ____________ – Tribunal de Justiça do Estado de ____________.
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, servidor público, portador do CPF nº 000.000.000-00 e do RG nº 0.000.000 SSP/XX, residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 123, Bairro Jardim, CEP 00000-000, na cidade de ____________, Estado de ____________, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua dos Advogados, nº 456, Bairro Centro, CEP 00000-000, nesta cidade, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 747 a 758 do CPC/2015 e nos arts. 1.767 a 1.783 do CCB/2002, propor a presente AÇÃO DE INTERDIÇÃO em face de J. M. dos S., brasileiro, viúvo, aposentado, portador do CPF nº 111.111.111-11 e do RG nº 1.111.111 SSP/XX, atualmente residente na mesma residência do autor, na Rua das Flores, nº 123, Bairro Jardim, CEP 00000-000, nesta cidade, endereço eletrônico: indisponível, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
3. DOS FATOS
O requerido, J. M. dos S., genitor do autor, é pessoa de idade avançada (82 anos) e, há aproximadamente três anos, vem apresentando severo comprometimento cognitivo, com diagnóstico confirmado de Mal de Alzheimer, conforme laudos médicos anexos. A doença tem se agravado progressivamente, comprometendo sua memória, orientação espacial e temporal, capacidade de comunicação e, sobretudo, sua habilidade de compreender e tomar decisões sobre sua vida pessoal e patrimonial. Atualmente, o requerido necessita de cuidados constantes para alimentação, higiene, administração de medicamentos e demais atividades da vida diária. Diante da situação de vulnerabilidade e da total ausência de discernimento para os atos da vida civil, o autor, na qualidade de filho e cuidador direto, busca a presente medida judicial para proteger o interditando, bem como para regularizar a administração de seus bens e garantir a continuidade dos cuidados médicos e pessoais necessários.
4. DO DIREITO
A presente ação encontra amparo no CPC/2015, art. 747, que dispõe:
“A interdição pode ser promovida: I – pelo cônjuge ou companheiro; II – pelos parentes ou tutores; III – pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando; IV – pelo Ministério Público.”
O autor, na qualidade de filho do interditando, é parte legítima para propor a presente ação.
Nos termos do CCB/2002, art. 1.767, I, estão sujeitos à curatela aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil. O interditando, conforme demonstrado nos documentos médicos anexos, encontra-se em estado de demência avançada, com incapacidade total de reger sua vida civil.
Ainda, o CPC/2015, art. 753 prevê que, na petição inicial, o autor deverá indicar os fatos que demonstram a incapacidade do interditando, bem como requerer a produção de prova pericial e a designação de entrevista pessoal com o juiz, o que se requer desde já.
O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) impõe ao Estado o dever de proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, como é o caso do interditando, cuja condição psíquica o impede de exercer plenamente seus direitos.
A curatela, por sua vez, é medida de proteção, e não de restrição, devendo ser aplicada com base no melhor interesse do curatelado, conforme preceitua o CPC/2015, a"'>...