Modelo de Petição Inicial de Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Indenização por Danos Morais e Pedido de Tutela de Urgência contra Banco por Inscrição Indevida em Cadastro de Inadimplentes

Publicado em: 30/10/2024 Consumidor
Modelo completo de petição inicial para propositura de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com pedido de indenização por danos morais e tutela de urgência. O documento é direcionado ao Juízo Cível e fundamenta-se em situação na qual o autor, mesmo tendo quitado integralmente débito junto a instituição bancária, tem seu nome indevidamente incluído em cadastros de inadimplentes (SPC, SERASA, cartórios de protesto), sofrendo constrangimento, danos à honra e restrição de crédito. O modelo detalha os fatos, fundamentos jurídicos (Código de Defesa do Consumidor, Código Civil, Constituição Federal, CPC), requisitos para concessão de tutela de urgência, jurisprudência, pedidos processuais (retirada do nome, declaração de inexistência do débito, indenização, inversão do ônus da prova) e produção de provas. Ideal para advogados atuantes em Direito Civil e do Consumidor.

PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, comerciante, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000-0, endereço eletrônico ajdoss@email.com, residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, Cidade/UF, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de Banco X S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 00.000.000/0001-00, com sede na Avenida das Empresas, nº 2000, Bairro Industrial, CEP 00000-000, Cidade/UF, endereço eletrônico atendimento@bancox.com, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor celebrou com o Réu acordo para quitação de débito referente ao mês de [mês/ano], tendo efetuado o pagamento integral do valor acordado na data de [data do pagamento], conforme comprovante anexo.

Não obstante o adimplemento da obrigação, o Réu procedeu à cobrança indevida do mesmo débito, alegando inadimplência referente ao mês já quitado. O Autor, ao tomar conhecimento da cobrança, buscou administrativamente a solução do impasse junto aos canais de atendimento do Réu e órgãos de defesa do consumidor, sem obter êxito.

Em decorrência da suposta inadimplência, o nome do Autor foi indevidamente protestado e inscrito em cadastros de inadimplentes, fato que lhe causou severos transtornos, constrangimentos e prejuízos à sua honra e reputação, além de dificultar o acesso a crédito e gerar danos de ordem moral.

Ressalta-se que o débito cobrado é manifestamente inexistente, pois já foi integralmente quitado, não havendo justificativa para a manutenção do nome do Autor nos cadastros restritivos de crédito.

Diante da urgência e da gravidade da situação, faz-se necessário o deferimento de tutela de urgência para imediata exclusão do nome do Autor dos cadastros de inadimplentes, a fim de evitar a perpetuação dos danos.

Resumo lógico: O Autor pagou integralmente o débito, mas foi indevidamente cobrado e protestado, sofrendo danos morais e necessitando de tutela urgente para cessar a restrição injusta.

4. DOS PEDIDOS DE TUTELA DE URGÊNCIA

Nos termos do CPC/2015, art. 300, requer o Autor a concessão de tutela de urgência para determinar, liminarmente, que o Réu proceda à imediata exclusão do nome do Autor dos cadastros de inadimplentes (SPC, SERASA, cartórios de protesto e outros), sob pena de multa diária a ser fixada por Vossa Excelência.

Fundamentos: Estão presentes a probabilidade do direito (pagamento comprovado do débito) e o perigo de dano (restrição indevida de crédito, com prejuízos de difícil reparação). O deferimento da medida é necessário para evitar a continuidade do dano moral e material ao Autor.

Princípios aplicáveis: Dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), proteção ao consumidor (CF/88, art. 5º, XXXII e CDC).

Resumo lógico: A tutela de urgência é imprescindível para cessar imediatamente a restrição injusta e evitar agravamento dos danos.

5. DO DIREITO

5.1. DA INEXISTÊNCIA DO DÉBITO

O Autor quitou integralmente o débito objeto da cobrança, inexistindo obrigação remanescente. A cobrança e a negativação são, portanto, indevidas, violando o CCB/2002, art. 42 (proibição de cobrança vexatória) e o CDC, art. 6º, VI (direito à efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais).

O CPC/2015, art. 373, I estabelece que o ônus da prova incumbe ao autor quanto ao fato constitutivo de seu direito, sendo que o comprovante de pagamento anexado demonstra a inexistência do débito.

Resumo lógico: A inexistência do débito é comprovada documentalmente, tornando ilegítima a inscrição do nome do Autor nos cadastros de inadimplentes.

5.2. DA INSCRIÇÃO INDEVIDA E DO DANO MORAL

A inscrição indevida do nome do Autor em órgãos de proteção ao crédito, por débito inexistente, configura ato ilícito e enseja reparação p"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com Indenização por Danos Morais e Pedido de Tutela de Urgência proposta por A. J. dos S. em face de Banco X S.A..

Alega o Autor que, apesar de ter quitado integralmente o débito objeto de cobrança (referente ao mês de [mês/ano]), o Réu efetuou nova cobrança e procedeu à inscrição de seu nome em cadastros de inadimplentes, além de protesto, gerando-lhe danos de ordem moral e material.

Pleiteia, liminarmente, a exclusão de seu nome dos cadastros restritivos e, ao final, a declaração de inexistência do débito, indenização por danos morais e demais pedidos especificados na inicial.

II. Fundamentação

1. Da Fundamentação Constitucional e Legal

O art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988 exige que todas as decisões do Poder Judiciário sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. Cabe ao magistrado, portanto, harmonizar os fatos narrados às normas legais e constitucionais incidentes, extraindo delas a solução justa ao caso concreto.

No presente caso, restou comprovado nos autos, por meio de prova documental, o pagamento integral do débito pelo Autor. Não obstante, o Réu procedeu à cobrança e posterior inscrição do nome do Autor em cadastros de inadimplentes, sem respaldo fático ou jurídico, afrontando os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422).

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seu art. 6º, VI e VIII, assegura ao consumidor a efetiva prevenção e reparação dos danos, bem como a inversão do ônus da prova em seu favor, quando verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente.

2. Da Inexistência do Débito

A prova coligida aos autos demonstra o pagamento da dívida antes da inscrição negativa. Assim, inexiste fundamento para a manutenção do nome do Autor nos cadastros restritivos, sendo ilegítima a conduta do Réu, em violação ao art. 42 do CDC e ao art. 373, I, do CPC.

A jurisprudência é pacífica no sentido de que a inscrição indevida enseja, por si só, o dever de indenizar, independentemente de comprovação do efetivo prejuízo, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (Súmula 385/STJ).

3. Do Dano Moral

A inscrição indevida em órgãos de proteção ao crédito, por débito inexistente, configura dano moral presumido (in re ipsa), atingindo a honra e reputação do consumidor, conforme reiteradas decisões do STJ e dos Tribunais locais (v. jurisprudências colacionadas à inicial).

Considerando a gravidade do ilícito e os parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade, o valor de R$ 5.000,00 a título de indenização revela-se adequado e suficiente à reparação do dano moral sofrido.

4. Da Tutela de Urgência

Presentes os requisitos do art. 300 do CPC/2015, quais sejam, a probabilidade do direito (comprovante de pagamento) e o perigo de dano (manutenção indevida da restrição de crédito), defiro a tutela de urgência para determinar a imediata exclusão do nome do Autor dos cadastros de inadimplentes e protesto, sob pena de multa diária de R$ 200,00.

5. Da Inversão do Ônus da Prova

Verificada a relação de consumo e a hipossuficiência do consumidor, é cabível a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC.

III. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, nos termos do art. 487, I, do CPC, para:

  1. Confirmar a tutela de urgência e determinar a exclusão imediata do nome do Autor dos cadastros de inadimplentes e protesto, sob pena de multa diária de R$ 200,00.
  2. Declarar a inexistência do débito objeto da presente demanda.
  3. Condenar o Réu ao pagamento de indenização por danos morais ao Autor, no valor de R$ 5.000,00, corrigidos monetariamente e acrescidos de juros legais a partir do evento danoso.
  4. Invertido o ônus da prova em favor do consumidor, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC (sem prejuízo da análise já feita no mérito).
  5. Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 15% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade/UF], [data].

Juiz de Direito

IV. Observação sobre Fundamentação (CF/88, art. 93, IX)

A presente decisão observa o dever constitucional de motivação, expondo, de modo claro e preciso, os fundamentos de fato e de direito que sustentam o julgamento, em estrita obediência ao art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988.


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