Modelo de Petição Inicial de Medida Cautelar Inominada com Pedido de Tutela de Urgência contra Plano de Saúde para Fornecimento de Medicamento Essencial
Publicado em: 09/10/2024 Processo CivilConsumidorPETIÇÃO INICIAL DE MEDIDA CAUTELAR INOMINADA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________ – Tribunal de Justiça do Estado
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, auxiliar administrativo, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 294, 300 e 305 do CPC/2015, propor a presente: MEDIDA CAUTELAR INOMINADA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de PLANO DE SAÚDE XYZ LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/0001-XX, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, endereço eletrônico: [email protected], pelos fundamentos fáticos e jurídicos que passa a expor.
3. DOS FATOS
O Autor é beneficiário do plano de saúde administrado pela Ré, conforme contrato nº XXXXXXX, em plena vigência e adimplente. Recentemente, foi diagnosticado com grave enfermidade que exige tratamento contínuo com o medicamento [nome do medicamento], prescrito por seu médico assistente como essencial para a preservação de sua saúde e qualidade de vida. Ocorre que, ao solicitar a continuidade do tratamento medicamentoso, o Autor foi surpreendido com a negativa da Ré em custear o medicamento, sob a alegação de que o mesmo não está previsto no rol da ANS ou que não se enquadra nas diretrizes de utilização do plano. Tal negativa coloca em risco iminente a saúde e a vida do Autor, que depende do tratamento para evitar agravamento de seu quadro clínico, sendo, portanto, necessária a presente medida cautelar para compelir a Ré a autorizar e custear imediatamente o fornecimento do medicamento prescrito.
4. DO DIREITO
A negativa da Ré em custear tratamento prescrito por profissional habilitado configura prática abusiva, violando os princípios da boa-fé objetiva e da dignidade da pessoa humana, além de contrariar dispositivos do Código de Defesa do Consumidor e da legislação específica sobre planos de saúde.
Nos termos do CPC/2015, art. 300, a concessão de tutela de urgência exige a presença de dois requisitos: a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Ambos estão presentes no caso em tela.
A probabilidade do direito decorre da existência de contrato válido com a Ré, da prescrição médica do tratamento e da abusividade da negativa de cobertura. Já o periculum in mora é evidente, pois a interrupção do tratamento pode causar danos irreparáveis à saúde do Autor.
Ademais, o CDC, art. 51, §1º, II, considera nulas as cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, como ocorre na presente hipótese.
A Lei 9.656/1998, art. 35-F, assegura ao consumidor a liberdade de escolha do profissional e do tratamento adequado, desde que prescrito por médico habilitado, o que também foi desrespeitado pela Ré.
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