Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais Proposta por Menor Impúbere em Face de Indústria Química por Vazamento Tóxico
Publicado em: 18/09/2024 CivelProcesso Civil Meio AmbienteEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
[Nome completo do autor], menor impúbere, representado por seu responsável legal, [Nome completo do responsável], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com fundamento nos arts. 186 e 927 do Código Civil (CCB/2002), bem como no art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal (CF/88), propor a presente:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Em face de [Nome da indústria química responsável], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
PREÂMBULO
Nos termos do CPC/2015, art. 319, o autor informa que:
- Valor da causa: R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
- Provas pretendidas: Documental, testemunhal e pericial, conforme necessário.
- Opção por audiência de conciliação/mediação: Não há interesse, considerando a gravidade dos fatos.
DOS FATOS
No dia [data do ocorrido], ocorreu um vazamento de produto tóxico ainda não identificado, proveniente das instalações da indústria química ré, localizada nas proximidades da escola onde o autor estuda. O vazamento resultou na intoxicação de diversas crianças, incluindo o autor, que desmaiou em decorrência da inalação do gás tóxico.
O autor foi socorrido e levado à unidade de saúde pública, onde permaneceu internado por cerca de 24 horas em uma cadeira, devido à falta de macas. Durante esse período, seu responsável legal teve que acompanhá-lo, também em condições precárias, dormindo em uma cadeira.
O atestado médico emitido na alta hospitalar indicou a necessidade de afastamento das atividades escolares por 5 dias, prejudicando o desempenho acadêmico do autor. O diagnóstico foi registrado sob o Código CID T509, referente à intoxicação por outras drogas, medicamentos e substâncias biológicas e as não especificadas.
Apesar da gravidade do ocorrido, a ré não prestou socorro imediato às vítimas, limitando-se a procurar os responsáveis pelos alunos somente após o incidente. O caso ganhou ampla repercussão na imprensa, evidenciando a negligência da ré e os danos causados às vítimas.
DO DIREITO
A responsabilidade civil da ré é inequívoca, configurando-se nos termos do CCB/2002, art. 186, que dispõe: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."
Ademais, o art. 927 do CCB/2002 estabelece que: "Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará"'>...