Modelo de Petição para Partilha Extrajudicial de Bens Após Divórcio Judicial com Base no CPC/2015 e Código Civil

Publicado em: 15/08/2024 CivelProcesso Civil Familia
Este documento apresenta um modelo completo de petição para partilha extrajudicial de bens, elaborado para ser encaminhado a um tabelião de cartório de notas. Baseado nos artigos 733 do CPC/2015 e 1.571, IV, do Código Civil, o modelo detalha os fatos, fundamentos jurídicos, e incluiu jurisprudências relacionadas. É indicado para casos em que o divórcio judicial já foi homologado, e as partes desejam resolver consensualmente a divisão de bens, sem a intervenção judicial.

MODELO DE PETIÇÃO PARA PARTILHA EXTRAJUDICIAL APÓS DIVÓRCIO JUDICIAL

ILUSTRÍSSIMO SENHOR TABELIÃO DO CARTÓRIO DE NOTAS DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

REQUERENTES: [Nome completo do ex-cônjuge 1], [estado civil], [profissão], portador(a) do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo], e [Nome completo do ex-cônjuge 2], [estado civil], [profissão], portador(a) do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo].

PREÂMBULO

Os Requerentes, acima qualificados, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria, com fundamento no art. 733 do CPC/2015 e no art. 1.571, IV, do Código Civil, requerer a lavratura de Escritura Pública de Partilha de Bens, em razão de divórcio judicial já homologado, conforme os fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Os Requerentes contraíram matrimônio em [data], sob o regime de [regime de bens]. O divórcio foi homologado judicialmente em [data], conforme sentença proferida nos autos do processo nº [número do processo], tramitado perante a [Vara de Família da Comarca de localidade].

Na ocasião do divórcio, não houve partilha dos bens comuns, ficando acordado que tal questão seria resolvida em momento posterior. Assim, os Requerentes, de comum acordo, decidiram realizar a partilha extrajudicial dos bens, conforme disposto no art. 733 do CPC/2015.

DO DIREITO

Nos termos do art. 733 do CPC/2015, é possível a realização de partilha extrajudicial, desde que haja consenso entre as partes e inexistam interesses de incapazes envolvidos. Ademais, o art. 1.571, IV, do Código Civil, prevê que o divórcio põe fim ao vínculo conjugal, sendo necessária a partilha dos bens para a regularização patrimonial das partes.

Os bens a serem partilhados foram adquiridos na constância do casamento e, portanto, integram o patrimônio comum do casal, conforme dispõe o art. 1.658 e art. 1.660, I, do Código Civil. A partilha será realizada de forma igualitária, respeitando os direitos de cada um dos Requerentes.

Ressalta-se que a partilha extrajudicial é um meio célere e eficaz para a resolução de questões patrimoniais, promovendo a pacificação social e respeitando a autonomia da vontade das partes.

...


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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de pedido de lavratura de Escritura Pública de Partilha de Bens, formulado pelos Requerentes [Nome completo do ex-cônjuge 1] e [Nome completo do ex-cônjuge 2], com fundamento no art. 733 do Código de Processo Civil de 2015 e art. 1.571, IV, do Código Civil, em razão de divórcio judicial já homologado. Os autos trazem os seguintes fatos e fundamentos constitucionais e legais que passo a analisar.

Dos Fatos

Os Requerentes contraíram matrimônio em [data], sob o regime de [regime de bens], com divórcio judicial homologado em [data] nos autos do processo nº [número do processo]. Na ocasião, a partilha dos bens comuns foi postergada para momento posterior, sendo este o objeto do presente pedido.

Os bens envolvidos, adquiridos na constância do casamento, integram o patrimônio comum do casal, conforme art. 1.658 e art. 1.660, I, do Código Civil.

Do Direito

Nos termos do art. 733 do CPC, é plenamente possível a realização de partilha extrajudicial, desde que haja consenso entre as partes e inexistam interesses de incapazes. Ademais, o art. 1.571, IV, do Código Civil, determina que o divórcio põe fim ao vínculo conjugal, exigindo-se a partilha para regularização patrimonial.

Os princípios da autonomia da vontade e da celeridade processual são plenamente atendidos por via extrajudicial, promovendo a pacificação social e a segurança jurídica.

Da Jurisprudência

A análise de jurisprudências reforça a possibilidade e legalidade do procedimento por via extrajudicial:

1. Ação de Partilha de Bens. Divórcio decretado anteriormente:

"Na constância do casamento, pelo regime de separação parcial de bens, há presunção legal acerca da existência de esforço comum para a aquisição do patrimônio comum do casal [...] (TJRJ - Sexta Câmara de Direito Privado - Apelação Acórdão/TJRJ).

2. Partilha. Escritura Pública de Divórcio e Partilha de Bens:

"Princípios da segurança jurídica e da autonomia privada. Sentença de improcedência mantida. Recurso improvido." (TJSP - 6ª Câmara de Direito Privado - Apelação Cível Acórdão/TJSP).

3. Ação de divórcio litigioso com pedido cumulado de partilha de bens:

"Diante da inexistência de consenso das partes quanto ao patrimônio do casal, correta a sentença ao determinar que a partilha seja objeto de discussão em processo autônomo." (TJRJ - Décima Sétima Câmara de Direito Privado - Apelação Acórdão/TJRJ).

Conclusão

Em análise aos fatos narrados, fundamentos legais apresentados e jurisprudências mencionadas, concluo que o pedido de lavratura de Escritura Pública de Partilha de Bens está em conformidade com a legislação vigente, especialmente o art. 733 do CPC/2015 e os arts. 1.658 e 1.660, I, do Código Civil. Não há qualquer elemento nos autos que desabone a pretensão dos Requerentes, sendo evidente o consenso entre as partes e a inexistência de interesses de incapazes.

Decisão

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, julgo procedente o pedido, autorizando a lavratura da Escritura Pública de Partilha de Bens, conforme termos apresentados pelos Requerentes. Determino, ainda, que sejam observadas as formalidades legais para o registro competente, produzindo os efeitos legais cabíveis.

É como voto.

[Localidade], [data atual].

_________________________________________
Magistrado(a)


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