Modelo de Reclamação Constitucional no STJ para Garantia da Impenhorabilidade de Bem de Família e Suspensão de Atos de Execução
Publicado em: 15/02/2024 CivelEXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Reclamação Constitucional
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, casado, empresário, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade W, Estado V, CEP XXXXX-XXX, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CF/88, art. 105, I, «f», e no CPC/2015, art. 988, propor a presente:
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL
Em face de decisão proferida pelo Juízo da Vara Cível da Comarca de Y, Estado X, que, de forma gravosa e em afronta a preceitos de ordem pública, prosseguiu com execução sobre bem de família, ignorando sua impenhorabilidade, conforme será demonstrado a seguir.
DOS FATOS
O Reclamante é proprietário de um imóvel residencial que serve como moradia de sua família, caracterizando-se, portanto, como bem de família, nos termos do CCB/2002, art. 1.711. Contudo, o Juízo de primeiro grau determinou a penhora e arrematação do referido imóvel em execução de dívida, ignorando sua natureza impenhorável.
Além disso, a arrematação foi realizada por valor vil, inferior ao preço de mercado, configurando enriquecimento ilícito do arrematante e prejuízo irreparável ao Reclamante. Tal decisão afronta os princípios da dignidade da pessoa humana e da proteção à moradia, previstos no CF/88, art. 1º, III, e no CF/88, art. 6º.
Diante disso, o Reclamante busca a intervenção deste Egrégio Tribunal Superior para garantir a autoridade das decisões judiciais e a observância dos preceitos constitucionais e legais aplicáveis ao caso.
DO DIREITO
A presente Reclamação Constitucional encontra fundamento no CF/88, art. 105, I, «f», que atribui ao Superior Tribunal de Justiça competência para julgar reclamações destinadas a preservar sua competência e garantir a autoridade de suas decisões.
O imóvel objeto da execução é protegido pela impenhorabilidade prevista no CCB/2002, art. 1.711, que estabelece que o bem de família é insuscetível de penhora, salvo nas hipóteses expressamente previstas em lei. A decisão reclamada, ao desconsiderar tal proteção, afronta diretamente a ordem pública e os direitos fundamentais do Reclamante.
Ademais, a arrematação por valor vil viola o princípio da justiça e da p"'>...