Modelo de Reclamação Trabalhista com Pedido de Reintegração ao Emprego por Nulidade de Pedido de Demissão em Razão de Incapacidade Mental
Publicado em: 03/02/2025 Civel Trabalhista Processo do TrabalhoEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]
Processo nº: [número do processo]
PREÂMBULO
MARIA DA G., brasileira, estado civil [especificar], profissão [especificar], portadora do CPF nº [informar], residente e domiciliada na [endereço completo], por seus filhos, representados por seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico [e-mail do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO AO TRABALHO
em face de [nome da empresa], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [informar], com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
A Reclamante, Sra. Maria da G., trabalhou para a Reclamada por 25 anos, desempenhando suas funções com dedicação e zelo. Contudo, ao longo do vínculo empregatício, a Reclamante desenvolveu transtornos mentais, situação que era de pleno conhecimento da Reclamada.
Em [data], a Reclamante, em evidente estado de incapacidade de discernimento, apresentou pedido de demissão, o qual foi aceito pela Reclamada, mesmo ciente de sua condição de saúde mental. Tal ato foi realizado sem qualquer acompanhamento médico ou psicológico que pudesse garantir a plena capacidade da Reclamante para tomar tal decisão.
Os filhos da Reclamante, ao tomarem ciência do ocorrido, buscaram auxílio jurídico para pleitear a reintegração de sua mãe ao emprego, considerando que esta não possuía condições mentais para decidir sobre sua demissão. Ressalte-se que a Reclamante está próxima de se aposentar, com previsão para o ano de 2025, o que torna ainda mais relevante a manutenção de seu vínculo empregatício.
DO DIREITO
A aceitação do pedido de demissão de um trabalhador em evidente estado de incapacidade mental configura violação aos princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção ao trabalhador (CF/88, art. 7º). A Reclamada, ao aceitar o pedido de demissão da Reclamante, agiu de forma negligente, desconsiderando sua condição de saúde e a necessidade de proteção especial.
O Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 104, II) estabelece que a validade de um negócio jurídico depende da capacidade das partes. No caso em tela, a Reclamante não possuía discernimento necessário para manifestar sua vontade, o que torna o ato de demissão nulo de pleno direito (CCB/2002, art. 166, I).
Além disso, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, art. 9º) determina que serão nulos os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos "'>...