Modelo de Reclamação Trabalhista: Retificação de Classificação Funcional e Reparação por Desvio de Função

Publicado em: 18/03/2025 Trabalhista Processo do Trabalho
Petição inicial de Reclamação Trabalhista apresentada por empregado que pleiteia a retificação da classificação funcional no e-Social de \"Porteiro de Edifícios\" para \"Agente Predial\", com base na verdadeira natureza das atividades desempenhadas. O documento fundamenta os pedidos de pagamento de diferenças salariais, indenização por danos morais, justiça gratuita e honorários advocatícios, com amparo em dispositivos da CLT, CPC/2015 e Constituição Federal, além de jurisprudências do TST.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Qualificação do advogado, número da OAB e endereço]

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de:

Reclamante: [Nome completo do Reclamante], brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].

Reclamada: [Nome completo da Reclamada], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].

PREÂMBULO

O Reclamante, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, com fulcro nos artigos 840, §1º, da CLT e 319 do CPC/2015, em face da Reclamada, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.

DOS FATOS

O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 01/04/2008 para exercer a função de Agente Predial, desempenhando atividades que incluíam, entre outras, a monitoração de CFTV (Circuito Fechado de Televisão). Desde o início da relação empregatícia, foi exigido do Reclamante o curso de formação de vigilantes, o que demonstra a qualificação necessária para o desempenho de suas funções.

Contudo, a Reclamada, de forma arbitrária e sem justificativa plausível, classificou o Reclamante no e-Social como "Porteiro de Edifícios", desconsiderando a verdadeira natureza de suas atividades e a qualificação profissional exigida para o cargo. Tal conduta causou prejuízos à vida profissional do Reclamante, desrespeitando-o como profissional e comprometendo sua valorização no mercado de trabalho.

Além disso, a classificação incorreta no e-Social gera impactos negativos em sua trajetória profissional, uma vez que o registro inadequado não reflete as reais atribuições desempenhadas pelo Reclamante, prejudicando-o em eventuais oportunidades futuras.

DO DIREITO

A conduta da Reclamada viola os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da valorização do trabalho (CF/88, art. 170), além de desrespeitar o dever de boa-fé objetiva que deve nortear as relações de trabalho (CCB/2002, art. 422).

De acordo com o CLT, art. 2º, o empregador tem o dever de zelar pela correta classificação de seus empregados, de modo a refletir a realidade das funções desempenhadas. A classificação incorreta no e-Social configura desvio de função, ensejando o direito do Reclamante à reparação pelos danos causados.

Além disso, a jurisprudência consolidada do TST reconhece o dir"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de reclamação trabalhista proposta por [Nome do Reclamante] em face de [Nome da Reclamada], na qual o reclamante pleiteia a retificação de sua classificação funcional no e-Social, além de diferenças salariais decorrentes de desvio de função, indenização por danos morais, entre outros pedidos. Alegou que exerceu a função de Agente Predial, mas foi classificado pela reclamada como \"Porteiro de Edifícios\", o que lhe causou prejuízos profissionais e pessoais.

A reclamada, em sua defesa, sustentou que a classificação funcional do reclamante está adequada e condizente com as atividades desempenhadas, requerendo a improcedência dos pedidos.

Voto

1. Da Fundamentação Fática e Jurídica

Após análise detalhada dos autos, concluo que os fatos narrados pelo reclamante encontram respaldo nas provas apresentadas. A documentação e os depoimentos colhidos demonstram que o reclamante desempenhou funções de Agente Predial, incluindo atividades que exigem qualificação específica, como a monitoração de CFTV e a formação de vigilante. Contudo, a reclamada o classificou erroneamente como \"Porteiro de Edifícios\", em desacordo com as atribuições efetivamente desempenhadas.

Tal conduta viola os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da valorização do trabalho (CF/88, art. 170), além de configurar desvio de função, nos termos do art. 2º da CLT. A classificação incorreta não só prejudicou o reclamante financeiramente, mas também comprometeu sua trajetória profissional, ensejando a reparação pelos danos causados.

Ademais, a jurisprudência consolidada do TST reconhece o direito à retificação funcional e às diferenças salariais devidas em casos de desvio de função, conforme demonstrado nos precedentes apresentados.

2. Dos Fundamentos Constitucionais e Legais

Com base nos princípios constitucionais acima citados, bem como na interpretação sistemática das normas trabalhistas, entendo que a conduta da reclamada desrespeitou os direitos do reclamante. A classificação funcional inadequada configura afronta à boa-fé objetiva (art. 422 do CC/2002) e contraria o disposto no art. 461 da CLT, que assegura a equiparação salarial para funções de igual valor.

Além disso, entendo que o dano moral está configurado, haja vista que o erro na classificação funcional comprometeu a imagem profissional do reclamante, causando-lhe constrangimentos e prejuízos.

3. Decisão

Com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, voto no sentido de dar procedência parcial aos pedidos do reclamante, nos seguintes termos:

  1. Determino à reclamada a retificação da classificação funcional do reclamante no e-Social, para constar a função de \"Agente Predial\".
  2. Condeno a reclamada ao pagamento de diferenças salariais decorrentes do desvio de função, com os devidos reflexos em férias, 13º salário, FGTS e demais verbas trabalhistas.
  3. Condeno a reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, que fixo em R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
  4. Defiro os benefícios da justiça gratuita ao reclamante, nos termos do art. 98 do CPC/2015.
  5. Condeno a reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, nos termos do art. 791-A da CLT, no percentual de 10% sobre o valor da condenação.

Por fim, determino a expedição de alvarás para levantamento dos valores devidos ao reclamante, após o trânsito em julgado desta decisão.

4. Conclusão

Ante o exposto, julgo procedente em parte a reclamação trabalhista para condenar a reclamada nos termos acima descritos. Intimem-se as partes, observando-se os prazos legais.

É como voto.

[Localidade], [data].

__________________________________

[Nome do Magistrado]

Juiz(a) do Trabalho


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