Modelo de Recurso em Sentido Estrito contra Decisão que Manteve Absolvição por Insuficiência de Provas no Caso de Estupro de Vulnerável

Publicado em: 17/03/2025 Direito Penal Processo Penal
Recurso em Sentido Estrito interposto por J.F.A.L. contra decisão que negou provimento ao apelo do Ministério Público, mantendo sua absolvição com base no art. 386, VII, do Código de Processo Penal (CPP), por insuficiência de provas. O documento fundamenta a manutenção da decisão recorrida com base no princípio do in dubio pro reo e na presunção de inocência, abordando a ausência de provas robustas que pudessem embasar uma condenação. Contém análise jurídica, exposição de fatos, jurisprudências relevantes e pedidos de manutenção da absolvição.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _____________

Processo nº: ____________

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

J.F.A.L., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado constituído (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fundamento no art. 581 do Código de Processo Penal (CPP), contra a decisão que conheceu o apelo interposto pelo Ministério Público e negou-lhe provimento, mantendo a decisão de absolvição do Recorrente, com base no art. 386, VII, do CPP.

Requer, assim, que o presente recurso seja recebido e remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, para apreciação e julgamento.

Termos em que,

Pede deferimento.

Local e data.

Advogado: ____________________________

OAB/UF nº ____________


RAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

RECORRENTE: J.F.A.L.

RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO

COLENDA CÂMARA,

PREÂMBULO

O presente recurso em sentido estrito é interposto contra a decisão que conheceu o apelo interposto pelo Ministério Público e negou-lhe provimento, mantendo a absolvição do Recorrente, com fundamento no art. 386, VII, do CPP. A decisão recorrida, ao manter a absolvição, reconheceu a insuficiência de provas para a condenação, mas o Recorrente entende que a análise dos elementos probatórios e a aplicação do princípio do in dubio pro reo foram adequadamente observadas.

DOS FATOS

O Recorrente foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do Código Penal, sob a alegação de que teria praticado atos libidinosos contra uma criança de 9 anos, neta de sua companheira. A denúncia baseou-se em relatos da vítima, corroborados por laudo psicológico.

Em primeira instância, o Recorrente foi absolvido com fundamento no art. 386, VII, do CPP, por insuficiência de provas. O Ministério Público interpôs apelação, pleiteando a condenação do Recorrente, mas o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul conheceu o apelo e negou-lhe provimento, mantendo a absolvição.

DO DIREITO

A decisão recorrida está em consonância com os princípios constitucionais e processuais penais, especialmente o princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da Constituição Federal, que estabelece que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".

O art. 386, VII, do CPP dispõe que o juiz absolverá o réu quando não houver provas suficientes para a condenação. No caso em tela, a de"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto

Trata-se de recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público contra a decisão que manteve a absolvição do Recorrente, J.F.A.L., acusado da prática do crime de estupro de vulnerável, tipificado no art. 217-A do Código Penal.

Após análise detida dos autos, dos elementos probatórios e das razões recursais, passo a decidir.

Dos Fatos

O Recorrente foi acusado de ter praticado atos libidinosos contra uma criança de 9 anos, neta de sua companheira. A denúncia foi baseada em relatos da vítima e em laudo psicológico que, segundo o Ministério Público, corroboraria a narrativa acusatória. Todavia, em primeira instância, o Recorrente foi absolvido com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal, por insuficiência de provas. O Ministério Público recorreu, buscando a reforma da decisão.

Do Direito

Conforme estabelece o art. 5º, LVII, da Constituição Federal de 1988, \"ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória\". Este princípio, conhecido como presunção de inocência, é um pilar do ordenamento jurídico brasileiro, devendo ser observado em todas as decisões judiciais.

O art. 386, VII, do Código de Processo Penal, por sua vez, consigna que o juiz absolverá o réu quando as provas forem insuficientes para fundamentar uma condenação. No caso em análise, a decisão de primeiro grau foi proferida em consonância com este dispositivo legal, tendo em vista que o conjunto probatório apresentado pelo Ministério Público não foi suficiente para afastar a dúvida razoável sobre a culpabilidade do Recorrente.

Ademais, o princípio do in dubio pro reo, também decorrente da presunção de inocência, determina que, na ausência de provas robustas e inequívocas, deve-se decidir em favor do acusado. Tal princípio é essencial para garantir a imparcialidade e a justiça no julgamento penal, evitando condenações injustas.

Da Fundamentação

Como destaca a jurisprudência consolidada, a manutenção de uma condenação penal exige elementos probatórios claros e consistentes. No caso em tela, embora o laudo psicológico seja um elemento relevante, ele não é suficiente para, isoladamente, comprovar a materialidade e a autoria do delito, especialmente diante da ausência de outras provas corroborativas.

Os precedentes apresentados, inclusive, reforçam a necessidade de respeito às garantias constitucionais e ao devido processo legal. Destaca-se, por exemplo:

[TJRJ (QUINTA CÂMARA CRIMINAL) - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Acórdão/TJRJ]

\"O Tribunal manteve a decisão de primeiro grau, que aplicou medidas cautelares diversas da prisão, considerando que a gravidade do crime, por si só, não justifica a custódia cautelar.\"

Tal jurisprudência reforça que a gravidade do crime não pode, por si só, justificar uma condenação ou medida mais gravosa sem evidências concretas.

Conclusão

Diante do exposto, voto por negar provimento ao recurso interposto pelo Ministério Público, mantendo a decisão que absolveu o Recorrente com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal. Tal posicionamento está em perfeita consonância com os princípios constitucionais e processuais penais aplicáveis, especialmente os princípios da presunção de inocência e do in dubio pro reo.

Dispositivo

Em face do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, voto pela manutenção da absolvição do Recorrente, ratificando a decisão de primeiro grau.

É como voto.


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