Modelo de Recurso Especial ao STJ com Pedido de Absolvição ou Prisão Domiciliar em Caso de Doença Grave e Incompatibilidade com Regime Fechado

Publicado em: 04/02/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
O documento trata da interposição de um Recurso Especial ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) com base no art. 105, III, \"a\" e \"c\", da Constituição Federal, visando reformar acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de X que condenou o recorrente pelo crime de estupro de vulnerável (art. 217-A, caput, do Código Penal). O pedido fundamenta-se na ausência de provas robustas, alegando violação ao princípio da presunção de inocência, e, subsidiariamente, solicita a concessão de prisão domiciliar devido a graves problemas de saúde, conforme previsto no art. 117, II, da Lei de Execução Penal (LEP). Traz jurisprudências do STJ que reforçam a necessidade de comprovação da impossibilidade de tratamento médico no sistema prisional e requer efeito suspensivo para que o recorrente aguarde o julgamento em prisão domiciliar.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Recurso Especial

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade W, Estado V, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua Y, nº Z, Bairro X, Cidade W, Estado V, endereço eletrônico advogado@exemplo.com, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência interpor RECURSO ESPECIAL, com fundamento no art. 105, III, "a" e "c", da Constituição Federal, em face do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de X, que reduziu a pena do Recorrente para 10 (dez) anos de reclusão, mas manteve a condenação pelo crime previsto no art. 217-A, caput, por duas vezes, na forma do art. 71, ambos do Código Penal.

Requer-se o processamento do presente recurso, com a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça, para apreciação e julgamento.

DOS FATOS

O Recorrente foi condenado em primeira instância à pena de 17 (dezessete) anos e 20 (vinte) dias de reclusão, pela prática do crime de estupro de vulnerável, descrito no art. 217-A, caput, do Código Penal, por duas vezes, na forma do art. 71 do Código Penal. Em sede de apelação, o Tribunal de Justiça do Estado de X reduziu a pena para 10 (dez) anos de reclusão, mantendo, contudo, a condenação.

O Recorrente, no entanto, é portador de graves problemas de saúde, que tornam incompatível o cumprimento da pena em regime fechado, além de alegar sua inocência quanto aos fatos que lhe foram imputados.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o art. 117, II, da Lei de Execução Penal (LEP) prevê a possibilidade de concessão de prisão domiciliar para condenados que apresentem doença grave, desde que demonstrada a impossibilidade de tratamento adequado no estabelecimento prisional.

No caso em tela, o Recorrente apresenta condições de saúde debilitadas, que demandam cuidados médicos contínuos e especializados, os quais não podem ser adequadamente prestados no ambiente prisional. Tal situação compromete não apenas a saúde física do Recorrente, mas também sua dignidade, princípio fundamental consagrado no art. 1º, III, da Constituição Federal.

Ademais, a c"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Introdução

Trata-se de recurso especial interposto por A. J. dos S., com fundamento no art. 105, III, \"a\" e \"c\", da Constituição Federal, em face do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de X, que reduziu a pena do Recorrente para 10 (dez) anos de reclusão, mantendo a condenação pelo crime previsto no art. 217-A, caput, por duas vezes, na forma do art. 71, ambos do Código Penal.

Dos Fatos e do Direito

O Recorrente foi condenado em primeira instância à pena de 17 (dezessete) anos e 20 (vinte) dias de reclusão pela prática do crime de estupro de vulnerável, descrito no art. 217-A, caput, do Código Penal, por duas vezes, na forma do art. 71 do Código Penal. Em apelação, o Tribunal de Justiça reduziu a pena, mas manteve a condenação.

No entanto, o Recorrente apresenta graves problemas de saúde, que tornam inviável o cumprimento da pena em regime fechado, além de alegar ausência de provas robustas que corroborem sua culpabilidade, em violação ao princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, da Constituição Federal).

Em análise aos fatos, verifica-se também que o art. 117, II, da Lei de Execução Penal (LEP) prevê a possibilidade de concessão de prisão domiciliar para condenados com doenças graves, desde que comprovada a impossibilidade de tratamento adequado no sistema prisional. Ademais, a dignidade da pessoa humana, consagrada no art. 1º, III, da Constituição Federal, deve ser resguardada, sobretudo em situações de saúde debilitada.

Da Hermenêutica Jurídica

A análise das provas coligidas nos autos revela inconsistências que fragilizam a confirmação da culpa do Recorrente, devendo-se aplicar o princípio do in dubio pro reo. Ademais, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça reforça que a concessão de prisão domiciliar é medida excepcional, cabível somente quando comprovada a inviabilidade de tratamento médico no estabelecimento prisional.

  • STJ, AgRg no HC Acórdão/STJ: \"A concessão de prisão domiciliar exige a comprovação de que o tratamento necessário não pode ser realizado no estabelecimento prisional.\"
  • STJ, REsp Acórdão/STJ: \"A prisão domiciliar para condenados por crimes hediondos só é admissível em situações excepcionais.\"
  • STJ, AREsp Acórdão/STJ: \"A prisão domiciliar humanitária requer a demonstração de que o tratamento médico não pode ser prestado no sistema prisional.\"

Fundamentação Constitucional e Legal

Com base no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, verifica-se que a manutenção da condenação sem provas robustas afronta o princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII, da CF/88). Além disso, a dignidade da pessoa humana, prevista no art. 1º, III, da CF/88, reforça a necessidade de um tratamento adequado e humanitário ao Recorrente.

A aplicação do art. 117, II, da LEP, que autoriza a prisão domiciliar em casos de doença grave, deve ser analisada em consonância com os princípios constitucionais, priorizando a saúde e a dignidade do apenado.

Dispositivo

Ante o exposto, voto no sentido de conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento para:

  1. Conceder ao Recorrente o direito de aguardar o julgamento em prisão domiciliar, com base no art. 117, II, da LEP, em razão de seus graves problemas de saúde;
  2. Determinar a revisão das provas para reanálise das inconsistências apontadas, em observância ao princípio do in dubio pro reo;
  3. Manter a redução da pena para 10 (dez) anos de reclusão, condicionada à revisão das provas no juízo de origem.

Considerando a gravidade do caso e o impacto na saúde física e dignidade do Recorrente, determino a intimação imediata do Ministério Público para manifestação, nos termos do art. 1.036 do CPC/2015.

Conclusão

Assim, voto pelo parcial provimento do recurso, com concessão de prisão domiciliar ao Recorrente, condicionada à reavaliação das provas e manutenção do cumprimento da pena em conformidade com os direitos fundamentais.

Brasília, data.

___________________________
Magistrado Relator


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