Modelo de Recurso Especial para Redução ou Exclusão de Multa Cominatória em Ação para Fornecimento de Certidão Negativa de Débitos (CND)
Publicado em: 28/08/2024 Processo CivilRECURSO ESPECIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE [INSERIR ESTADO]
Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
Recorrente: [INSERIR NOME DO RECORRENTE]
Recorrido: [INSERIR NOME DO RECORRIDO]
Origem: [INSERIR VARA E COMARCA]
O Recorrente, [INSERIR QUALIFICAÇÃO COMPLETA], por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 105, III, "a" e "c", da Constituição Federal de 1988, interpor o presente
RECURSO ESPECIAL
em face do acórdão proferido pela [INSERIR TRIBUNAL DE ORIGEM], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
PREÂMBULO
O presente recurso tem como objetivo a reforma do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de [INSERIR ESTADO], que, ao julgar a apelação interposta, manteve a decisão que fixou multa cominatória no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) por dia, limitada a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), em ação cominatória para entrega de Certidão Negativa de Débitos (CND) do INSS, mesmo após a entrega do documento, em razão de erro do cartório que não admitiu a juntada da CND.
DOS FATOS
O Recorrente ajuizou ação cominatória para compelir o INSS a fornecer Certidão Negativa de Débitos (CND), necessária para a averbação de obra realizada pela Caixa Escolar. O juízo de primeiro grau fixou multa cominatória no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) por dia, limitada a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), caso a obrigação não fosse cumprida no prazo estipulado.
Após a entrega da CND pelo INSS, o cartório judicial, por erro, não admitiu a juntada do documento aos autos, o que gerou a aplicação da multa cominatória. O Recorrente, então, interpôs recurso de apelação, requerendo a redução da multa ou sua exclusão, tendo em vista o cumprimento da obrigação principal.
O Tribunal de Justiça, entretanto, negou provimento à apelação, mantendo a multa cominatória no valor integral, sob o argumento de que a obrigação não teria sido cumprida tempestivamente.
DO DIREITO
O acórdão recorrido violou dispositivos legais e princípios fundamentais, conforme se demonstra a seguir:
1. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
A manutenção da multa cominatória no valor integral, mesmo após o cumprimento da obrigação principal, configura afronta ao princípio da razoabilidade e proporcionalidade, consagrados no art. 8º do CPC/2015. A multa tem caráter coercitivo e não pode ser utilizada como instrumento de enriquecimento sem causa, conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça.