Modelo de Recurso Extraordinário em face de decisão da 3ª Turma Recursal da Fazenda Pública do TJRS por prisão indevida e apreensão de veículo

Publicado em: 07/04/2025 AdministrativoCivelProcesso CivilConstitucional
Recurso Extraordinário interposto por taxista contra decisão da 3ª Turma Recursal da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que manteve a improcedência de ação de indenização por danos morais e materiais. O caso envolve prisão indevida e apreensão prolongada de veículo essencial para o exercício da profissão, contrariando disposições constitucionais, como a dignidade da pessoa humana, o devido processo legal e a responsabilidade objetiva do Estado. O recurso busca a reforma do acórdão, a condenação do Estado ao pagamento de indenizações e a garantia de direitos fundamentais.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DA 3ª TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

O. F. A., brasileiro, divorciado, taxista, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliado na Rua X, nº XX, Bairro X, Porto Alegre/RS, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado, com escritório profissional na Rua Y, nº YY, Bairro Y, Porto Alegre/RS, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento na CF/88, art. 102, III, “a”, interpor o presente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

com vistas à reforma do acórdão proferido pela 3ª Turma Recursal da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, nos autos do Recurso Inominado Cível nº 5266350-33.2023.8.21.0001/RS, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.

PREÂMBULO

O presente recurso extraordinário é interposto contra o acórdão da 3ª Turma Recursal da Fazenda Pública do TJRS que manteve a sentença de improcedência da ação de indenização por danos morais e materiais ajuizada por O. F. A. em face do ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, sob o fundamento de ausência de nexo causal entre a conduta estatal e os danos alegados, contrariando frontalmente dispositivos constitucionais, especialmente os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), da legalidade (CF/88, art. 5º, II), do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LIV e LV), bem como o princípio da responsabilidade objetiva do Estado (CF/88, art. 37, §6º).

DOS FATOS

No dia 27 de julho de 2021, o recorrente O. F. A., taxista profissional, exercia regularmente sua atividade laboral quando foi abordado por policiais civis em razão de denúncia anônima. Durante a revista ao veículo GM/Monza SL/E EFI, placas XXX-XXXX, foi encontrada substância entorpecente com o passageiro, o que resultou na prisão em flagrante do recorrente e na apreensão do veículo.

O recorrente foi liberado no dia seguinte, 28 de julho de 2021, não tendo sido denunciado ou processado criminalmente, o que evidencia a ausência de justa causa para a prisão. Ainda assim, o seu veículo permaneceu apreendido até 28 de janeiro de 2022, sendo liberado apenas após o pagamento de R$ 7.312,86 em taxas de depósito e estadia.

O veículo era essencial para o exercício da profissão de taxista, sendo sua apreensão prolongada causa direta de prejuízos materiais e morais. A ação de indenização proposta foi julgada improcedente em primeiro grau, decisão mantida pelo acórdão recorrido, sob o argumento de que a prisão foi legal e não houve comprovação de prejuízo material.

DO DIREITO

O acórdão recorrido viola frontalmente diversos dispositivos constitucionais, em especial a CF/88, art. 5º, caput e incisos II, LIV e LV, ao desconsiderar que a prisão do recorrente foi indevida, pois não havia qualquer elemento que o vinculasse à posse da droga encontrada com o passageiro. A prisão e a apreensão do veículo ocorreram sem a devida individualização da conduta e sem observância ao devido processo legal.

Além disso, o acórdão contraria a CF/88, art. 37, § 6º, que estabelece a responsabilidade objetiva do Estado pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. No caso, o dano moral é in re ipsa, decorrente da própria situação de prisão indevida e da exposição pública do recorrente como suposto criminoso, além do dano material resultante da impossibilidade de exercer sua atividade profissional e do pagamento de taxas "'>...

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Informações complementares

Aqui está o HTML solicitado, simulando um voto do magistrado com base em interpretação hermenêutica dos fatos e dos fundamentos constitucionais e legais:

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Recurso Extraordinário interposto por O. F. A., taxista, em face do Estado do Rio Grande do Sul, visando à reforma do acórdão proferido pela 3ª Turma Recursal da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que manteve a sentença de improcedência da ação de indenização por danos morais e materiais. O recorrente alega violação a dispositivos constitucionais, em especial a CF/88, art. 1º, III; CF/88, art. 5º, II, LIV, LV; e CF/88, art. 37, § 6º.

O recorrente sustenta que sua prisão foi indevida e que a apreensão prolongada do veículo, essencial ao exercício de sua profissão, resultou em danos materiais e morais. Alega ainda que o acórdão recorrido contrariou o princípio da responsabilidade objetiva do Estado, previsto na CF/88, art. 37, § 6º, bem como os princípios da dignidade da pessoa humana e do devido processo legal.

II. Fundamentação

Análise dos Fatos

Os autos demonstram que o recorrente foi preso em flagrante no dia 27 de julho de 2021, após substância entorpecente ser encontrada com o passageiro de seu veículo. No entanto, o recorrente foi liberado no dia seguinte, sem que houvesse denúncia ou processo criminal, evidenciando a ausência de justa causa para a prisão.

Além disso, o veículo do recorrente permaneceu apreendido por mais de seis meses, sendo liberado somente após o pagamento de taxas de depósito e estadia no valor de R$ 7.312,86. Tal situação acarretou prejuízo material, uma vez que o veículo era indispensável ao exercício da profissão de taxista, bem como danos morais, decorrentes do constrangimento e da exposição pública do recorrente como suposto criminoso.

Análise Jurídica

O acórdão recorrido desconsiderou os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), do devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV), do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV), ao validar uma prisão indevida e a apreensão prolongada do veículo do recorrente.

Ademais, o princípio da responsabilidade objetiva do Estado, previsto na CF/88, art. 37, § 6º, estabelece que o Estado deve responder pelos danos causados por seus agentes, independentemente de dolo ou culpa. No caso em tela, é evidente o nexo causal entre a conduta estatal e os danos sofridos pelo recorrente, sendo o dano moral presumido (in re ipsa), decorrente da própria prisão indevida e da exposição pública.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça corrobora a aplicação da responsabilidade objetiva do Estado em situações como a presente, conforme demonstrado nos precedentes apresentados.

III. Conclusão

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, voto no sentido de dar provimento ao recurso extraordinário, reformando o acórdão recorrido e julgando procedente a ação de indenização ajuizada por O. F. A., nos seguintes termos:

  • Condenar o Estado do Rio Grande do Sul ao pagamento de R$ 7.312,86, a título de danos materiais, correspondentes às taxas de depósito e estadia do veículo;
  • Condenar o Estado ao pagamento de indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado pelo juízo, considerando a gravidade da violação à dignidade do recorrente;
  • Condenar o recorrido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

Por fim, determino a remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal, nos termos da CF/88, art. 102, III, \"a\", para análise da violação aos dispositivos constitucionais apontados.

IV. Dispositivo

Diante do exposto, conheço do recurso extraordinário e voto por sua procedência, para reformar o acórdão recorrido e julgar procedente a ação de indenização proposta por O. F. A..

É como voto.

Porto Alegre, ___ de ____________ de 2024.

MAGISTRADO
Desembargador Relator

### Estrutura do Voto: 1. Relatório**: Breve resumo dos fatos e fundamentos do recurso. 2. Fundamentação**: Análise hermenêutica dos fatos em relação aos dispositivos constitucionais e legais. 3. Conclusão**: Posicionamento do magistrado, indicando a decisão. 4. Dispositivo**: Conclusão formal do voto. Essa estrutura está em conformidade com os princípios constitucionais e atende aos requisitos de clareza e organização de um voto judicial.


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