Modelo de Réplica à Contestação com Pedido de Tutela de Urgência de Alimentos e Impugnação à Reconvenção em Ação de Alimentos

Publicado em: 18/10/2024 Civel Familia
Documento jurídico apresenta réplica à contestação apresentada pelo réu em ação de alimentos, com pedido de tutela de urgência para fixação de alimentos provisórios em favor do menor. A peça impugna as alegações do réu quanto à incapacidade financeira, contesta a reconvenção que pleiteia a guarda compartilhada e a redução do valor dos alimentos e fundamenta os pedidos com base no Código Civil, CPC/2015, e jurisprudências aplicáveis. Requer a improcedência da reconvenção e condenação do réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ____________ – ESTADO DO ____________


1. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

M. F. de S. L., já qualificada nos autos da Ação de Alimentos em trâmite sob o nº ____________, que move em face de A. J. dos S., por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar a presente:

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE ALIMENTOS C/C RECONVENÇÃO

com fundamento no CPC/2015, art. 350, bem como nos demais dispositivos legais aplicáveis, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.


2. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO

O Réu, ora Reconvindo, apresentou contestação alegando, em síntese, que não possui condições financeiras de arcar com os alimentos nos moldes requeridos pela Autora, sob o argumento de que possui outras obrigações e que sua renda é insuficiente. Aduz ainda que a Autora possui condições de prover o sustento do menor e que os valores pleiteados são excessivos.

Na mesma oportunidade, apresentou reconvenção, requerendo a guarda compartilhada do menor e a fixação de alimentos em valor inferior ao requerido pela Autora, além de pleitear a exclusão de sua obrigação quanto a despesas extraordinárias.


3. DA IMPUGNAÇÃO AOS ARGUMENTOS DA CONTESTAÇÃO

Inicialmente, impugna-se, de forma veemente, a alegação de que o Réu não possui condições financeiras para arcar com os alimentos nos moldes pleiteados. O Réu exerce atividade remunerada estável, conforme demonstrado nos documentos anexos à inicial, e não comprovou qualquer alteração substancial em sua capacidade financeira (CCB/2002, art. 1.699).

Ademais, a Autora não possui renda suficiente para suprir, sozinha, as necessidades do menor, que se encontra em idade escolar e demanda cuidados especiais, inclusive com gastos médicos e educacionais. A necessidade do alimentando é presumida, conforme entendimento pacífico da jurisprudência, especialmente tratando-se de menor de idade (CCB/2002, art. 1.694, §1º).

O Réu não apresentou qualquer prova robusta de que sua situação financeira tenha se deteriorado a ponto de justificar a redução do valor pleiteado. A simples alegação de novas obrigações não é suficiente para afastar o dever de sustento do filho menor, especialmente porque a constituição de nova família é ato voluntário, que não exime o dever alimentar (CF/88, art. 227).


4. DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE ALIMENTOS

Requer-se, nos termos do CPC/2015, art. 300 e da Lei 5.478/68, art. 4º, a concessão de tutela de urgência para fixar alimentos provisórios em favor do menor no valor correspondente a 30% dos rendimentos líquidos do Réu, ou, na ausência de vínculo empregatício formal, em valor equivalente a 40% do salário mínimo nacional.

Tal pedido se justifica diante da urgência da necessidade alimentar do menor, que depende dos recursos para sua subsistência, saúde e educação. O perigo de dano é evidente, e o direito invocado é verossímil, diante da presunção legal da necessidade do alimentando.


5. DA RECONVENÇÃO

Impugna-se integralmente a reconvenção apresentada pelo Réu. A pretensão de guarda compartilhada não encontra respaldo nos autos, pois não há demonstração de convivência harmônica entre os genitores, tampouco de que tal medida atenderia ao melhor interesse do menor (CCB/2002, art. 1.584, §2º).

O pedido de redução dos alimentos é descabido, pois o Réu não comprovou alteração na sua capacidade financeira. A jurisprudência é clara ao afirmar que a constituição de nova família não exime o alimentante de suas obrigações anteriores.

Quanto à exclusão de despesas extraordinárias, trata-se de obrigação solidária dos pais, conforme entendimento pacífico nos tribunais. Tais despesas, como medicamentos, material escolar e uniformes, são essenciais e devem ser partilh"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação de Alimentos proposta por M. F. de S. L., em favor de seu filho menor, em face de A. J. dos S., visando à fixação de pensão alimentícia proporcional à necessidade do alimentando e à capacidade contributiva do alimentante, com pedido de tutela de urgência. O réu apresentou contestação, alegando não possuir condições financeiras para arcar com os alimentos nos moldes requeridos, além de ter apresentado reconvenção, pretendendo a guarda compartilhada e a redução do valor dos alimentos.

1. Do Conhecimento da Demanda

Verifico que estão presentes os pressupostos processuais e as condições da ação, razão pela qual conheço da presente ação e da reconvenção apresentada pelo Réu, nos termos do art. 485, VI, do CPC/2015.

2. Da Tutela de Urgência

O pedido de tutela de urgência merece acolhimento. Restaram demonstrados o perigo de dano e a verossimilhança das alegações, conforme exigido pelo art. 300 do CPC/2015. O menor, conforme comprovado nos autos, se encontra em idade escolar, necessitando de recursos para sua subsistência, saúde e educação.

Assim, concedo a tutela de urgência, para fixar alimentos provisórios no valor correspondente a 30% (trinta por cento) dos rendimentos líquidos do Réu, ou, na ausência de vínculo empregatício formal, em valor equivalente a 40% (quarenta por cento) do salário mínimo nacional, a serem pagos até o dia 10 de cada mês.

3. Do Mérito

Passando à análise do mérito, entendo que assiste razão à Autora. O dever de prestar alimentos decorre do poder familiar, nos termos do art. 1.566, IV, do Código Civil, sendo obrigação de ambos os genitores prover o sustento dos filhos menores.

O Réu não logrou êxito em demonstrar alteração substancial de sua capacidade financeira, tampouco comprovou que os valores requeridos são excessivos. A constituição de nova família, como bem consolidado na jurisprudência, não exime o alimentante de suas obrigações anteriores, sendo ato voluntário que não pode prejudicar os direitos do menor (CF/88, art. 227).

Assim, restando evidenciada a necessidade do menor e a possibilidade do Réu, julgo procedente o pedido inicial, fixando os alimentos definitivos no patamar de 30% dos rendimentos líquidos do Réu, ou, na ausência de vínculo empregatício, em 40% do salário mínimo nacional, conforme requerido na inicial.

4. Da Reconvenção

No tocante à reconvenção apresentada pelo Réu, não vislumbro elementos suficientes que justifiquem a modificação da guarda para o regime de compartilhamento. A guarda compartilhada pressupõe, além do interesse do menor, a existência de diálogo e harmonia entre os genitores, o que não restou demonstrado nos autos.

Igualmente, não restou comprovada qualquer alteração na situação econômica do Réu que justifique a redução do encargo alimentar. A jurisprudência é pacífica ao afirmar que a constituição de nova família não é, por si só, causa para modificação da obrigação alimentar.

Quanto ao pedido de exclusão das despesas extraordinárias, entendo que estas devem ser partilhadas proporcionalmente entre os genitores, conforme entendimento jurisprudencial consolidado.

Diante disso, julgo improcedente a reconvenção.

5. Dispositivo

Ante o exposto, com fulcro no art. 93, IX, da Constituição Federal, que impõe ao magistrado o dever de fundamentar todas as suas decisões, julgo procedente o pedido inicial para:

  • Confirmar a tutela de urgência concedida, fixando os alimentos definitivos em 30% dos rendimentos líquidos do Réu, ou, na ausência de vínculo empregatício formal, em 40% do salário mínimo nacional;
  • Determinar que as despesas extraordinárias (como medicamentos, material escolar e uniformes) sejam partilhadas igualmente entre os genitores;
  • Julgar improcedente a reconvenção apresentada pelo Réu;
  • Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015;
  • Determinar a intimação do Ministério Público para manifestação, por se tratar de causa que envolve interesse de menor, conforme art. 178, II, do CPC/2015.

6. Considerações Finais

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Comarca de ____________, ___ de ____________ de 2024.

Juiz de Direito
____________________________


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