Modelo de Réplica à Contestação em Ação Declaratória de Inexigibilidade de Cobrança com Alegação de Prática Abusiva e Defesa do Direito do Consumidor

Publicado em: 02/07/2024 Consumidor
Documento jurídico que apresenta uma réplica à contestação no âmbito de uma ação declaratória de inexigibilidade de cobrança. O Requerente refuta as alegações do Requerido, defendendo sua legitimidade ad causam e argumentando sobre a prática de venda casada, a inaplicabilidade do direito de arrependimento fora do prazo correto e a inexistência de uso do serviço contratado. A réplica fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor, no Código Civil e em jurisprudências relevantes, requerendo a rejeição das preliminares, a declaração de inexigibilidade da cobrança, e a condenação do Requerido ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Processo nº: [número do processo]

Requerente: [Nome do Autor]

Requerido: [Nome do Réu]

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

O Requerente, [Nome do Autor], já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, apresentar a presente RÉPLICA À CONTESTAÇÃO, nos termos do CPC/2015, art. 350, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

PREÂMBULO

Inicialmente, cumpre destacar que a contestação apresentada pelo Requerido carece de fundamentos jurídicos sólidos, sendo necessário refutar as alegações apresentadas, especialmente no que tange à ilegitimidade ad causam e à suposta ausência de utilização do direito de arrependimento pelo Requerente.

DOS FATOS

O Requerente, aluno matriculado em uma escola privada, foi induzido a adquirir o acesso a uma plataforma digital, conforme solicitado pela própria instituição de ensino. A compra foi realizada em janeiro de 2023, diretamente no site da plataforma, com pagamento parcelado em três vezes no cartão de crédito.

Apesar de a aquisição ter sido feita em janeiro, o acesso à plataforma foi liberado pela escola apenas no início de abril de 2023. Contudo, poucos dias após a liberação, o Requerente trocou de instituição de ensino e não fez uso do material disponibilizado pela plataforma.

O Requerido, em sua contestação, alega que o serviço foi disponibilizado durante todo o ano e que o Requerente deveria ter exercido o direito de arrependimento no prazo de 7 dias, conforme previsto no CCB/2002, art. 49. Além disso, a escola sustenta a ilegitimidade ad causam, argumentando que não possui responsabilidade sobre a relação de consumo.

DO DIREITO

I. DA LEGITIMIDADE AD CAUSAM

Conforme dispõe o CDC, art. 7º, § único, todos os fornecedores que participam da cadeia de consumo respondem solidariamente pelos danos causados ao consumidor. No caso em tela, a escola foi responsável por induzir o Requerente à aquisição do acesso à plataforma digital, configurando-se como parte legítima para figurar no polo passivo da presente demanda.

Ademais, a prática de venda casada, vedada pelo CDC, art. 39, I, é evidente, uma vez que a aquisição do acesso à plataforma foi imposta como condição para a continuidade das atividades escolares do Requerente. Tal prática é abusiva e fere os princípios da boa-fé e da transparência nas relações de consumo.

II. DA INAPLICABILIDADE DO DIREITO DE ARREPENDIMENTO

O direito de arrependimento, previsto no CCB/2002, art. 49, não se aplica ao caso em questão, pois o Requerente não teve acesso imediato ao serviço adquirido. O praz"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação de um voto em formato HTML, com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito,

Trata-se de análise dos autos do processo nº [número do processo], no qual figura como Requerente [Nome do Autor] e, como Requerido, [Nome do Réu]. Após detida análise dos fatos narrados e das provas constantes no processo, passo a proferir meu voto, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que determina que as decisões judiciais devem ser fundamentadas de forma clara e objetiva.

Da Análise dos Fatos

Conforme relatado, o Requerente adquiriu acesso a uma plataforma digital em razão de imposição da instituição de ensino, sendo que o acesso foi liberado apenas meses após a contratação. Posteriormente, o Requerente transferiu-se para outra instituição de ensino, sem usufruir do serviço disponibilizado. Por sua vez, o Requerido argumenta que o Requerente deveria ter exercido o direito de arrependimento no prazo de 7 dias, nos termos do Código Civil, art. 49, e alega ilegitimidade ad causam.

Diante disso, cabe ao Judiciário apreciar se estão presentes os requisitos legais para acolher ou rejeitar o pedido formulado pelo Requerente.

Da Fundamentação Jurídica

I. Da Legitimidade Ad Causam

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), art. 7º, § único, todos os integrantes da cadeia de fornecimento de um produto ou serviço respondem solidariamente pelos danos ao consumidor. No caso em análise, a instituição de ensino desempenhou papel ativo ao induzir o Requerente à aquisição do serviço, evidenciando sua legitimidade para figurar no polo passivo da demanda. Ademais, a prática de venda casada, vedada pelo CDC, art. 39, I, configura-se como abusiva e contrária aos princípios da boa-fé e da transparência.

II. Do Direito de Arrependimento

O direito de arrependimento, previsto no Código Civil, art. 49, deve ser exercido no prazo de 7 dias, contados do início da prestação do serviço ou do recebimento do produto. No presente caso, o serviço foi disponibilizado apenas em abril de 2023, ou seja, meses após a contratação. Assim, o prazo para arrependimento não poderia ter início antes desta data, sendo improcedente a alegação do Requerido.

III. Da Inexistência de Uso

Restou comprovado nos autos que o Requerente não utilizou o serviço disponibilizado pela plataforma digital, não auferindo qualquer benefício da contratação. Assim, a cobrança realizada pelo Requerido caracteriza-se como indevida, nos termos do CDC, art. 42, parágrafo único, cabendo a restituição dos valores pagos de forma simples ou em dobro, conforme o caso.

Da Jurisprudência Aplicável

Para embasar o entendimento apresentado, destaco os seguintes precedentes:

"A prolação de sentença antes do transcurso do prazo concedido para a réplica configura cerceamento de defesa, em violação ao contraditório e à ampla defesa, ensejando a nulidade do julgamento." (TJSP, ApCiv 1000700-90.2023.8.26.0312, Rel. Des. Flávia Beatriz Goncalez da Silva, 35ª Câmara de Direito Privado, j. 29.01.2025)
"Ação declaratória de inexigibilidade de cobrança cumulada com indenização por danos morais. [...] Procedência do pedido. [...] Sentença reformada. Recurso parcialmente provido." (TJSP, ApCiv Acórdão/TJSP, Rel. Des. Caio Marcelo Mendes de Oliveira, 32ª Câmara de Direito Privado, j. 13.08.2024)

Conclusão

Diante do exposto, voto no sentido de julgar procedente o pedido do Requerente, declarando a inexigibilidade da cobrança realizada pelo Requerido, bem como reconhecendo a prática abusiva de venda casada. Determino ainda a restituição dos valores pagos pelo Requerente, conforme previsto no CDC, art. 42, parágrafo único, além da condenação do Requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

É como voto.

[Localidade], [Data]

Magistrado: [Nome do Magistrado]

Esse código HTML simula um voto de magistrado, fundamentado nos fatos e no direito, com base nas disposições legais e constitucionais aplicáveis, de maneira clara e organizada.

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