Modelo de Resposta à Acusação com Pedido de Revogação de Prisão Preventiva Relativa ao Crime de Posse Irregular de Arma de Fogo

Publicado em: 02/09/2024 Processo Civil Direito Penal Processo Penal
Defesa apresentada por Rafael Rodrigo da Silva no âmbito de processo criminal, com fundamento no art. 396-A do CPP, em resposta à acusação de posse irregular de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/2003). A peça alega ausência de elementos suficientes para a configuração do delito e requer a revogação da prisão preventiva, apresentando fundamentos jurídicos baseados na desnecessidade da medida cautelar e em precedentes jurisprudenciais. Inclui pedidos de absolvição sumária, desclassificação do delito, e aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

RAFAEL RODRIGO DA SILVA, brasileiro, solteiro, profissão [inserir], portador do RG nº [inserir] e CPF nº [inserir], atualmente recolhido no [indicar local da prisão], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [endereço completo], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 396-A do Código de Processo Penal (CPP), apresentar:

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

Em face da denúncia que lhe imputa a prática do crime previsto no art. 12 da Lei nº 10.826/2003, bem como requerer a:

REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

Pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

O acusado foi denunciado pela suposta prática do crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, previsto no art. 12 da Lei nº 10.826/2003, por ter sido encontrado em uma residência onde se localizou um revólver Taurus, calibre 38, municiado com cinco projéteis intactos.

A defesa, contudo, entende que a denúncia não merece prosperar, seja pela ausência de elementos suficientes para a configuração do delito, seja pela desnecessidade da manutenção da prisão preventiva, conforme se demonstrará.

DOS FATOS

O acusado foi abordado em uma residência de um amigo, onde, após averiguação, foi encontrado um revólver Taurus, calibre 38, municiado com cinco projéteis intactos. A denúncia imputa-lhe a prática do crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, previsto no art. 12 da Lei nº 10.826/2003.

Contudo, a defesa sustenta que o acusado não tinha ciência da existência da arma no local, tampouco exercia qualquer posse ou controle sobre o objeto. Ademais, a prisão preventiva decretada carece de fundamentação idônea, sendo medida desproporcional e desnecessária.

DO DIREITO

I - DA AUSÊNCIA DE ELEMENTOS SUFICIENTES PARA A CONFIGURAÇÃO DO DELITO

O art. 12 da Lei nº 10.826/2003 prevê como crime a posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Contudo, para a configuração do delito, é necessário que o agente tenha a posse ou guarda da arma de forma consciente e voluntária, o que não se verifica no caso em tela.

A jurisprudência é pacífica no sentido de que a simples presença do acusado no local onde a arma foi encontrada não é suficiente para caracterizar a posse ou guarda do artefato. Nesse sentido, é imprescindível a comprovação de que o acusado tinha ciência da existência da arma e exercia controle sobre ela, o que não foi demonstrado nos autos.

II - DA REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

A prisão preventiva, nos termos do art. 312 do CPP, é medida excepci"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de denúncia oferecida contra o réu Rafael Rodrigo da Silva pela prática do crime previsto no art. 12 da Lei nº 10.826/2003, devido à posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Após análise dos autos e manifestação da defesa, passo a proferir meu voto.

Dos Fatos

Consta nos autos que, durante diligência policial, o acusado foi encontrado em uma residência onde foi localizado um revólver Taurus, calibre 38, municiado com cinco projéteis intactos. O Ministério Público sustenta que tais fatos configuram o crime de posse irregular de arma de fogo.

A defesa, por sua vez, argumenta que o réu não tinha ciência da existência do armamento na residência e que a prisão preventiva carece de fundamentação idônea, sendo medida desnecessária e desproporcional.

Fundamentação

I - Da Posse Irregular de Arma de Fogo

O art. 12 da Lei nº 10.826/2003 exige, para a configuração do crime, a posse ou guarda consciente e voluntária de arma de fogo. No caso em análise, não há elementos suficientes nos autos que comprovem que o acusado tinha conhecimento da existência da arma no local ou que exercia qualquer controle sobre ela.

A jurisprudência pátria é uníssona ao exigir a demonstração inequívoca de posse consciente para que se configure o delito em questão. A ausência de tais elementos probatórios inviabiliza o prosseguimento da ação penal nos moldes em que foi proposta.

II - Da Prisão Preventiva

A prisão preventiva, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal, é medida cautelar de caráter excepcional, sendo exigida a demonstração concreta de seus requisitos, como garantia da ordem pública ou conveniência da instrução criminal.

No caso em tela, não há elementos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva. O réu é primário, possui residência fixa e não apresenta risco à ordem pública ou à aplicação da lei penal. Ademais, o Supremo Tribunal Federal já consolidou o entendimento de que a gravidade abstrata do delito não é suficiente para justificar a prisão preventiva.

Dispositivo

Em face de todo o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto por:

  1. Conhecer da resposta à acusação apresentada pela defesa;
  2. Julgar improcedente a denúncia, com fundamento no art. 397, III, do Código de Processo Penal, pela ausência de prova suficiente para a configuração do delito;
  3. Determinar a revogação da prisão preventiva do réu, com a consequente expedição de alvará de soltura, salvo se por outro motivo estiver preso;
  4. Encerrar o presente processo, com baixa nos registros judiciais e arquivamento dos autos.

É como voto.

Termos Finais

A decisão acima reflete a interpretação hermenêutica entre os fatos e o direito, em observância aos princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e da presunção de inocência, assegurados pela Constituição Federal de 1988.

[Local], [Data].

________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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