Modelo de Resposta à Acusação em Processo Penal com Pedido de Rejeição de Denúncia por Ausência de Justa Causa

Publicado em: 10/06/2024 Direito Penal
Apresentação de resposta à acusação em processo penal, nos termos do art. 396-A do Código de Processo Penal, visando à rejeição da denúncia com fundamento na ausência de justa causa (art. 395, III, CPP). O documento destaca a inexistência de elementos mínimos para caracterizar o crime imputado, a ausência de prova de dolo específico e a falta de perícia técnica das mensagens de WhatsApp apresentadas como prova. Inclui fundamentação jurídica com base nas disposições do CPP, Código Penal e jurisprudências recentes do TJSP e STJ. Requer-se, subsidiariamente, a absolvição sumária do acusado (art. 397, IV, CPP) ou, em caso de prosseguimento, a realização de perícia técnica das provas.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE [INSERIR COMARCA]

Processo nº [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

FULANO DE TAL, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do art. 396-A do Código de Processo Penal (CPP), apresentar sua:

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

em face da denúncia oferecida pelo Ministério Público, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

PREÂMBULO

O acusado foi denunciado pela suposta prática do crime de [INSERIR CRIME], com base em mensagens trocadas via aplicativo WhatsApp, sob a alegação de que tais mensagens configurariam ofensa à honra da vítima. Contudo, a denúncia carece de elementos mínimos para justificar o prosseguimento da ação penal, motivo pelo qual se apresenta esta resposta à acusação, visando à rejeição da denúncia ou, subsidiariamente, à absolvição sumária do acusado.

DOS FATOS

Segundo a denúncia, o acusado teria enviado mensagens via WhatsApp que, supostamente, configurariam o crime de [INSERIR CRIME]. As mensagens, no entanto, não possuem conteúdo que demonstre dolo específico de ofender a honra da vítima, tratando-se, na verdade, de uma desavença pessoal sem relevância penal.

Ademais, as mensagens apresentadas não foram submetidas a perícia técnica que comprove sua autenticidade e integridade, o que compromete a validade da prova. Não há, portanto, justa causa para o prosseguimento da ação penal.

DO DIREITO

Conforme dispõe o CPP, art. 395, III, a denúncia deve ser rejeitada quando faltar justa causa para a ação penal. No presente caso, as mensagens apresentadas não configuram, com a certeza exigida pelo Direito Penal, o elemento subjetivo necessário para a tipificação do crime imputado.

O Código Penal, em seus arts. 138 e 140, exige a demonstração de dolo específico para a configuração dos crimes de calúnia e injúria. No entanto, as mensagens apresentadas não indicam a intenção deliberada de macular a honra da vítima, tratando-se de mera desavença pessoal. A ausência de dolo específico é corroborada pela jurisprudência do TJSP, que reconhece a inexistência de justa causa para a ação penal em situações análogas.

Além disso, a ausência de perícia técnica nas mensagens apresentadas compromete "'>...

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Relatório

O presente caso trata do Processo nº [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO], em que se discute a acusação de [INSERIR CRIME]. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público, com base em mensagens trocadas via aplicativo WhatsApp, que supostamente configurariam ofensa à honra da vítima.

O réu, por meio de seu advogado, apresentou resposta à acusação, postulando, em síntese, a rejeição da denúncia por ausência de justa causa ou, subsidiariamente, sua absolvição sumária com fundamento na inexistência de prova suficiente de autoria e materialidade.

Fundamentação

Dos Fatos

Conforme narrado nos autos, o réu teria, supostamente, enviado mensagens via WhatsApp com o intento de ofender a honra da vítima. Todavia, as mensagens juntadas não demonstram, de forma inequívoca, a presença de dolo específico para configurar os crimes de calúnia ou injúria, nos termos dos artigos 138 e 140 do Código Penal.

Ainda, as mensagens apresentadas carecem de comprovação técnica quanto à sua autenticidade e integridade, essencial para a validade da prova segundo o disposto no artigo 158 do Código de Processo Penal.

Do Direito

Nos termos do artigo 395, inciso III, do Código de Processo Penal, a denúncia deve ser rejeitada quando faltar justa causa para a ação penal. O presente caso apresenta elementos que indicam a ausência de justa causa, eis que:

  • Não há comprovação do dolo específico necessário para a tipificação do crime de [INSERIR CRIME];
  • A ausência de perícia técnica compromete a cadeia de custódia da prova, em violação ao artigo 158 do CPP;
  • Trata-se de desavença pessoal de natureza essencialmente privada, sem relevância penal, conforme jurisprudência consolidada.

A análise hermenêutica dos fatos, à luz do direito constitucional e infraconstitucional, revela que a continuidade da ação penal seria incompatível com os princípios do devido processo legal, da ampla defesa e da dignidade da pessoa humana, garantidos pelo artigo 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal de 1988.

Jurisprudência Aplicável

Destaco os seguintes precedentes que corroboram a tese da defesa:

  • TJSP (7ª Câmara de Direito Criminal) - Recurso em Sentido Estrito Acórdão/TJSP: Rejeição da queixa-crime por falta de justa causa, considerando que as mensagens apresentadas não configuravam o ânimo de caluniar.
  • STJ (5ª Turma) - AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2.318.334 - MG: Exigência de comprovação da autenticidade e integridade de mensagens obtidas por aplicativos de comunicação.

Conclusão

A análise aprofundada dos fatos e do direito conduz à conclusão de que não há justa causa para o prosseguimento da ação penal. O princípio da proporcionalidade, aliado à necessidade de observância de provas lícitas e robustas, impede que se imponha ao réu o ônus de responder a uma ação penal desprovida de elementos mínimos de materialidade e autoria.

Voto

Por todo o exposto, conheço do recurso interposto e DOU PROVIMENTO para determinar a rejeição da denúncia, com fundamento no artigo 395, inciso III, do Código de Processo Penal, pela ausência de justa causa para o prosseguimento da ação penal.

É como voto.

[LOCAL], [DATA].

[NOME DO MAGISTRADO]

Juiz(a) de Direito


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