?>

Obrigatoriedade de Cobertura de Cirurgias Plásticas Reparadoras

Publicado em: 27/11/2024 Consumidor
Aborda a obrigatoriedade das operadoras de planos de saúde de custear cirurgias reparadoras indicadas por médicos assistentes em pacientes pós-cirurgia bariátrica, enfatizando a natureza funcional e não estética dessas intervenções.

"É de cobertura obrigatória pelos planos de saúde a cirurgia plástica de caráter reparador ou funcional indicada pelo médico assistente, em paciente pós-cirurgia bariátrica, visto ser parte decorrente do tratamento da obesidade mórbida."

Súmulas:

Súmula 7/STJ: Veda reexame de provas para modificar entendimento das instâncias ordinárias.

Súmula 258/TJRJ: Reconhece que a cirurgia plástica para retirada de excesso de pele pós-bariátrica constitui etapa do tratamento da obesidade mórbida e tem caráter reparador.

Legislação:



Informações complementares





TÍTULO:
OBRIGATORIEDADE DA COBERTURA DE CIRURGIAS REPARADORAS PÓS-BARIÁTRICA POR PLANOS DE SAÚDE



1. INTRODUÇÃO

O direito à saúde é um dos pilares dos direitos fundamentais assegurados pela CF/88, art. 6º. Nesse contexto, destaca-se a importância das operadoras de planos de saúde em garantir a cobertura de procedimentos necessários para a plena recuperação de pacientes, incluindo cirurgias reparadoras pós-cirurgia bariátrica. Essas intervenções possuem natureza funcional e terapêutica, sendo essenciais para assegurar a dignidade e qualidade de vida do paciente, conforme orientação médica.


2. PLANOS DE SAÚDE, CIRURGIA REPARADORA, CIRURGIA BARIÁTRICA, DIREITO À SAÚDE, COBERTURA OBRIGATÓRIA

As operadoras de planos de saúde possuem a obrigação de custear tratamentos e procedimentos médicos prescritos por profissionais habilitados, especialmente quando diretamente relacionados à saúde e funcionalidade do paciente. No caso das cirurgias reparadoras pós-bariátrica, o objetivo principal é corrigir complicações físicas decorrentes do excesso de pele, como infecções, dores e dificuldades de mobilidade, indo além de qualquer finalidade estética.

A negativa de cobertura por parte das operadoras constitui prática abusiva, vedada pelo CDC, art. 51. Além disso, a Lei 9.656/1998 estabelece que os planos de saúde devem garantir acesso integral aos procedimentos necessários ao restabelecimento da saúde do paciente. Nesse contexto, as cirurgias reparadoras pós-bariátrica configuram extensão do tratamento iniciado com a cirurgia bariátrica, sendo imprescindíveis para completar o ciclo terapêutico.

Legislação:

  - CF/88, art. 6º: Direito à saúde como garantia fundamental.
  - CDC, art. 51: Proibição de cláusulas abusivas.
  - Lei 9.656/1998: Regulamentação de planos e seguros privados de assistência à saúde.

Jurisprudência:

  Cirurgia reparadora  

  Cirurgia bariátrica  

  Direito à saúde  


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O custeio de cirurgias reparadoras pós-bariátrica por operadoras de planos de saúde é medida indispensável para a efetivação do direito à saúde e da dignidade humana. Tais procedimentos devem ser reconhecidos como parte integrante do tratamento, sendo vedadas cláusulas ou práticas que excluam essa cobertura obrigatória.



Outras doutrinas semelhantes


A Cobertura de Cirurgias Plásticas Pós-Bariátrica no Âmbito dos Planos de Saúde

A Cobertura de Cirurgias Plásticas Pós-Bariátrica no Âmbito dos Planos de Saúde

Publicado em: 27/11/2024 Consumidor

Análise sobre a obrigatoriedade de custeio por planos de saúde de cirurgias plásticas reparadoras ou funcionais em pacientes pós-cirurgia bariátrica, com enfoque nas implicações jurídicas e nos limites de exclusão contratual.

Acessar

Rol da ANS e sua Interpretação na Saúde Suplementar

Rol da ANS e sua Interpretação na Saúde Suplementar

Publicado em: 27/11/2024 Consumidor

Explora o impacto do caráter taxativo mitigado do Rol da ANS e os critérios para ampliação da cobertura de procedimentos médicos, incluindo cirurgias plásticas pós-bariátricas.

Acessar

Abusividade na Limitação de Sessões de Terapia Multidisciplinar para Autistas

Abusividade na Limitação de Sessões de Terapia Multidisciplinar para Autistas

Publicado em: 17/07/2024 Consumidor

Esta doutrina aborda a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que considera abusiva a limitação do número de sessões de terapia multidisciplinar para pacientes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A decisão reflete o entendimento do caráter exemplificativo do rol da ANS e a obrigatoriedade de cobertura ilimitada pelas operadoras de planos de saúde.

Acessar