Ação de Indenização por Danos Materiais Decorrentes de Enriquecimento Sem Causa

Publicado em: 09/04/2024 Civel
Modelo de petição inicial para ação de indenização por danos materiais, envolvendo a recusa de repasse de valores de seguradora após furto de veículo financiado, destacando fundamentos legais e a busca por justiça.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________

(Espaço de 10 linhas)

MARIA, (qualificação completa: nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço completo), por meio de seu advogado infra-assinado (conforme instrumento de mandato anexo – Doc. 01), com escritório profissional situado à (Endereço completo, com CEP), onde recebe notificações e intimações, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no CCB/2002, art. 186, CCB/2002, art. 927, propor

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS

em face de EVA, (qualificação completa: nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço completo), pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

DOS FATOS

A Autora, exercendo a profissão de motorista pelo aplicativo Uber, financiou um veículo em nome da Ré, sua amiga, tendo em vista impedimentos cadastrais próprios. Durante o período em que esteve em posse do veículo, a Autora efetuou o pagamento de 26 (vinte e seis) parcelas do financiamento, até que, lamentavelmente, o carro foi furtado.

Após o furto, a seguradora responsável quitou o financiamento restante do veículo e depositou a diferença referente ao valor segurado na conta da Ré, uma vez que o nome desta constava no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) como proprietária do bem. No entanto, apesar de múltiplas tentativas de diálogo para o justo ressarcimento dos valores, a Ré recusou-se a repassar à Autora o montante recebido da seguradora.

...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
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Narrativa de Fato e Direito

A petição inicial indenizatória discorre sobre o litígio entre Maria, motorista de aplicativo que financiou um veículo em nome de sua amiga Eva, e a própria Eva, que, após receber uma indenização da seguradora devido ao furto do veículo, recusou-se a repassar os valores devidos a Maria. A demanda baseia-se nos princípios do direito civil que proíbem o enriquecimento sem causa e estabelecem a obrigação de reparar danos causados por atos ilícitos, fundamentando-se nos artigos pertinentes do Código Civil.

Considerações Finais e Citações Doutrinárias

Este caso evidencia a necessidade de justa compensação para evitar o enriquecimento sem causa de uma parte em detrimento da outra. Conforme destacado por doutrinadores como Carlos Roberto Gonçalves e Pablo Stolze, a justiça busca equilibrar relações, assegurando que ninguém seja prejudicado por situações de desvantagem ou exploração indevida, reforçando a importância da integridade nas relações jurídicas e pessoais.

Como advogado, ao discorrer sobre o enriquecimento sem causa, é fundamental abordar sua natureza jurídica, finalidade jurídica, legitimidade ativa e passiva, fundamentando a exposição na legislação, na doutrina e na jurisprudência aplicáveis ao direito brasileiro.

Natureza Jurídica

O enriquecimento sem causa, também conhecido como enriquecimento ilícito ou enriquecimento injustificado, é um princípio jurídico segundo o qual ninguém pode enriquecer à custa de outrem de maneira indevida. A natureza jurídica desse instituto é de uma obrigação de restituir, configurada pela ausência de uma causa jurídica que justifique o acréscimo patrimonial do enriquecido em detrimento de outra pessoa. Trata-se de uma fonte de obrigações independente, cuja função é evitar que um desequilíbrio patrimonial injustificado permaneça sem a devida correção.

Finalidade Jurídica

A finalidade jurídica do enriquecimento sem causa é promover a justiça patrimonial, evitando que um indivíduo se beneficie às expensas de outro sem motivo legítimo. Esse princípio busca, portanto, a reparação de um desequilíbrio patrimonial que não encontra fundamento em uma causa legal, contratual ou qualquer outra fonte de obrigações reconhecida pelo direito. Sua aplicação visa a restituição do valor correspondente ao enriquecimento obtido, assegurando assim a equidade nas relações patrimoniais.

Legitimidade Ativa

A legitimidade ativa para a ação de repetição do indébito, visando à recuperação do valor correspondente ao enriquecimento sem causa, pertence à pessoa prejudicada, ou seja, àquela que sofreu a diminuição patrimonial em benefício de outra. É necessário que o demandante demonstre não apenas o enriquecimento do réu e o correspondente prejuízo próprio, mas também a ausência de causa jurídica que justifique tal situação.

Legitimidade Passiva

A legitimidade passiva, por outro lado, recai sobre a pessoa que se enriqueceu de forma indevida, isto é, sem uma causa que legitime o acréscimo patrimonial. O réu nesta ação é, portanto, o beneficiário do enriquecimento injustificado, cabendo a ele, em muitos casos, o ônus de provar a existência de uma justificativa legal para o enriquecimento, caso queira contestar a ação.

Fundamentação Legal

No ordenamento jurídico brasileiro, o enriquecimento sem causa está previsto no Código Civil, especificamente nos artigos 884 a 886, que dispõem sobre a obrigação de restituir o indevidamente recebido, independentemente da existência de culpa por parte de quem se enriqueceu.

  • CCB/2002, art. 884: "Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários."
  • CCB/2002, art. 885: "Sobrevindo a terceiro prejuízo pelo enriquecimento do obrigado, a ele poderá este demandar a restituição do que, por aquele, houver sido cobrado."
  • CCB/2002, art. 886: "Não caberá a ação pelo enriquecimento, se a lei conferir ao lesado outro meio para se ressarcir do prejuízo sofrido."

Estes artigos fundamentam a possibilidade de ação regressiva contra aquele que enriquece sem causa, proporcionando um meio de restabelecer o equilíbrio patrimonial violado.

O instituto do enriquecimento sem causa desempenha, portanto, um papel crucial na manutenção da justiça e equidade nas relações civis, assegurando que nenhuma pessoa se beneficie indevidamente à custa de outra, sem uma justificativa legal para tal ganho.


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