Modelo de Ação Cominatória c/c Indenizatória por Perturbação do Sossego Decorrente de Animais em Propriedade Vizinha
Publicado em: 19/02/2025 CivelProcesso CivilEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
[Qualificação completa do autor]
PREÂMBULO
[Nome completo do autor], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado, com endereço profissional na [endereço do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO COMINATÓRIA C/C INDENIZATÓRIA em face de [Nome completo do réu], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
DOS FATOS
O autor é vizinho do réu, que possui dois cães da raça Pit Bull em sua residência. Desde que os animais foram introduzidos no imóvel, o autor tem enfrentado graves problemas de perturbação do sossego, especialmente no período noturno. Os cães latem e uivam incessantemente durante a noite, impedindo o autor e sua família de terem um descanso adequado.
O autor já tentou resolver a situação de forma amigável, dialogando com o réu e solicitando medidas para controlar os ruídos, mas não obteve sucesso. A situação persiste, causando prejuízos à saúde física e mental do autor, além de comprometer sua qualidade de vida.
Diante da inércia do réu em solucionar o problema, não restou alternativa ao autor senão buscar a tutela jurisdicional para cessar a perturbação e reparar os danos causados.
DO DIREITO
A presente demanda encontra fundamento no CCB/2002, art. 1.277, que dispõe sobre o direito de vizinhança, determinando que o proprietário ou possuidor de um imóvel deve abster-se de prejudicar o sossego, a saúde e a segurança dos vizinhos. A conduta do réu, ao permitir que seus cães causem ruídos excessivos no período noturno, caracteriza uso nocivo da propriedade.
Ademais, o CCB/2002, art. 186 estabelece que aquele que, por ação ou omissão, causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito e deve repará-lo. No caso em tela, o autor sofre danos morais em razão da privação de sono e da perturbação contínua de seu sossego.
O direito ao sossego é também protegido pela CF/88, art. 5º, X, que assegura a inviolabilidade da intimidade, da vida privada e da tranquilidade no lar. A conduta do réu viola esse direito fundamental, justificando a intervenção judicial para cessar a prática abusiva.
JURISPRUDÊNCIAS
A jurisprudência pátria é firme no sentido de proteger o direito de vizinhança e coibir práticas que p"'>...