Modelo de Ação de Cobrança de Seguro c/c Indenização por Danos Materiais e Morais com Pedido de Tutela de Urgência contra Itaú Seguros S/A
Publicado em: 02/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________
Distribuição com pedido de tutela de urgência
PREÂMBULO
A. F. de S., brasileira, solteira, engenheira civil, portadora do CPF nº _____________, RG nº _____________, residente e domiciliada na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, CEP _____________, endereço eletrônico _____________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, CEP _____________, endereço eletrônico _____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CCB/2002, art. 186, CCB/2002, art. 927 e CCB/2002, art. 932, CDC, art. 6º, III, CDC, art. 46 e CDC, art. 51, I e II, e demais dispositivos aplicáveis, propor a presente:
AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face de ITAÚ SEGUROS S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº _____________, com sede na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, CEP _____________, endereço eletrônico _____________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
Em 2022, a Autora adquiriu um imóvel financiado pelo Banco Itaú, no valor de R$ 800.000,00. Na ocasião, foi contratado um seguro habitacional com a Ré, Itaú Seguros S/A, que realizou vistoria e avaliou o terreno em R$ 170.000,00 e a construção em R$ 630.000,00.
No entanto, no primeiro ano após a aquisição, o imóvel começou a apresentar graves problemas estruturais, como afundamento do solo, trincas nas paredes, no piso, no quintal e ao redor da piscina. A Autora prontamente comunicou a seguradora, que realizou uma avaliação e ofereceu a quantia de R$ 50.000,00 como indenização, valor este que foi recusado pela Autora por ser manifestamente insuficiente.
Após novo pedido de reavaliação, a Ré realizou outro orçamento e, em abril de 2024, depositou na conta da Autora o valor de R$ 230.000,00. Contudo, a Autora não deu quitação, pois o valor não cobre os danos efetivamente constatados. A Autora contratou um engenheiro que realizou uma perícia, a qual concluiu que o problema decorre da má compactação do solo, sendo necessária a demolição total do imóvel, nova compactação e reconstrução.
Diante do iminente risco de desabamento, a Autora foi obrigada a desocupar o imóvel em março de 2024, passando a residir em imóvel alugado, com custo mensal de R$ 1.500,00 de aluguel e R$ 1.200,00 de condomínio, totalizando R$ 2.700,00 mensais.
Apesar das tentativas de solução amigável, a Ré permanece inerte em relação à cobertura integral dos danos, obrigando a Autora a buscar a tutela jurisdicional para a reparação de seus direitos.
DO DIREITO
A relação jurídica entre as partes é regida pelo CDC, art. 3º, § 2º, sendo a Ré fornecedora de serviços e a Autora consumidora final. Assim, aplicam-se os princípios da boa-fé objetiva, transparência e proteção ao consumidor.
A cláusula limitativa de responsabilidade inserida no contrato de seguro, que restringe a cobertura dos danos causados pela má compactação do solo, é abusiva, conforme preveem o "'>...