Modelo de Ação de Cobrança de Valores Retroativos de Pensão por Morte contra o INSS com Fundamentação Legal e Jurisprudencial

Publicado em: 04/03/2024 Direito Previdenciário
Petição inicial apresentada por viúva requerendo a condenação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao pagamento de valores retroativos referentes ao benefício de pensão por morte, devido desde o falecimento do instituidor em 2008. O documento expõe a omissão administrativa por parte do INSS, fundamenta o pedido com base na legislação previdenciária (Lei 8.213/91, art. 74) e na jurisprudência consolidada do STJ, e solicita a retroação do benefício à data do óbito, além de correção monetária, juros legais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ___

PREÂMBULO

Nome da Requerente: M. F. dos S.
Estado Civil: Viúva
Profissão: Do Lar
CPF: XXX.XXX.XXX-XX
Endereço Eletrônico: [email protected]
Domicílio e Residência: Rua X, Bairro Y, Cidade Z, Estado W, CEP 00000-000

Nome do Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
CNPJ: XX.XXX.XXX/XXXX-XX
Endereço Eletrônico: [email protected]
Sede: Rua A, Bairro B, Cidade C, Estado D, CEP 11111-111

QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A Requerente, conforme qualificação acima, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, propor a presente:

AÇÃO DE COBRANÇA DE VALORES RETROATIVOS DE PENSÃO POR MORTE

Em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Em 06 de abril de 2008, o companheiro da Requerente, Sr. J. A. dos S., veio a óbito, deixando a Requerente, que possuía apenas ensino fundamental incompleto, e três filhos menores. Naquela ocasião, a Requerente não tinha conhecimento pleno de seus direitos previdenciários.

Em 31 de maio de 2012, a Requerente protocolou requerimento administrativo junto ao INSS para a concessão do benefício de pensão por morte. Contudo, jamais obteve resposta da Autarquia Previdenciária. Paralelamente, a Requerente ajuizou ação contra a PETROS, mas não incluiu o INSS no processo judicial nº 0159451-68.2008.8.05.0001, por desconhecimento técnico e jurídico.

Posteriormente, em 16 de dezembro de 2019, a Requerente entregou um ofício da Vara de Família diretamente ao Gerente Executivo do INSS, que informou que, por se tratar de ordem judicial, o documento deveria ser enviado à Advocacia-Geral da União (AGU). A AGU, por sua vez, emitiu parecer indicando que seria imprescindível o requerimento administrativo perante a Autarquia Previdenciária.

Após anos de espera e sofrimento, o benefício de pensão por morte foi concedido apenas em dezembro de 2023, quase 16 anos após o falecimento do instituidor. O INSS informou que os pagamentos retroativos anteriores a 01/12/2023 deveriam ser solicitados judicialmente.

DO DIREITO

A pensão por morte é um benefício previdenciário garantido pela Lei 8.213/91, art. 74, que dispõe que o benefício será devido ao dependente do segurado falecido desde a data do �"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Cuida-se de ação de cobrança de valores retroativos de pensão por morte, ajuizada por M. F. dos S., em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A Requerente alega que, após o óbito de seu companheiro, Sr. J. A. dos S., em 06/04/2008, e após protocolar requerimento administrativo em 31/05/2012, jamais obteve resposta da Autarquia Previdenciária. Por fim, somente em dezembro de 2023 o benefício foi concedido, sem o pagamento dos valores retroativos.

O pedido da Requerente é para que seja reconhecido seu direito ao benefício desde a data do óbito de seu companheiro, com o pagamento dos valores retroativos devidamente corrigidos.

II. Fundamentação

2.1. Dos Fatos e da Omissão Administrativa

Conforme narrado, a Requerente protocolou requerimento administrativo em 31/05/2012, sendo ignorada pela Autarquia Previdenciária. Tal conduta viola o princípio da eficiência administrativa, previsto no art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), além de configurar omissão administrativa.

A jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabelece que, em casos de omissão administrativa, o benefício deve retroagir à data do óbito, conforme o REsp. Acórdão/STJ.

2.2. Do Direito ao Benefício Retroativo

A Requerente tem direito à pensão por morte desde a data do óbito de seu companheiro, conforme previsto na Lei 8.213/91, art. 74, que dispõe que o benefício será devido ao dependente do segurado falecido desde a data do óbito, quando requerido em até 90 dias, ou da data do requerimento, quando ultrapassado esse prazo.

No caso, embora o requerimento administrativo tenha sido protocolado em 2012, a omissão do INSS não pode prejudicar o direito da Requerente. Ademais, a dependência econômica é presumida, conforme o art. 16, I, da Lei 8.213/91.

2.3. Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência reforça o direito da Requerente, sendo relevante citar:

  • STJ, REsp. Acórdão/STJ: "Comprovada a absoluta incapacidade do requerente, o benefício de pensão por morte deve retroagir à data do óbito do instituidor."
  • TRF4, AC 5018777-54.2014.4.04.7001: "A ausência de resposta administrativa não pode prejudicar o direito do dependente ao benefício previdenciário."

III. Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, julgo procedente o pedido da Requerente para determinar:

  1. O pagamento do benefício de pensão por morte, com efeitos retroativos à data do óbito do instituidor (06/04/2008);
  2. A condenação do INSS ao pagamento dos valores devidos desde a data do óbito, corrigidos monetariamente e acrescidos de juros legais;
  3. A condenação do INSS ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Declaro que a presente decisão está em conformidade com os princípios constitucionais da eficiência administrativa e da dignidade da pessoa humana.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e Data: _____________

___________________________
Magistrado(a)


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