Modelo de Ação de Concessão de Benefício Assistencial ao Portador de Deficiência (BPC/LOAS)

Publicado em: 22/11/2024 Direito Previdenciário
Este modelo de ação tem como objetivo requerer judicialmente a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) a uma pessoa portadora de deficiência, que não possui condições de prover seu próprio sustento ou de tê-lo provido por sua família. A peça processual aborda a negativa do INSS ao requerimento administrativo e fundamenta o direito do(a) autor(a) ao benefício, com base nos princípios constitucionais de dignidade da pessoa humana e proteção social. Inclui pedidos de tutela antecipada para concessão imediata do benefício, bem como a produção de provas documentais, periciais e testemunhais.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Federal da Seção Judiciária de [Cidade/UF]

Autor: A. J. da S., solteiro, portador de deficiência, profissão [se houver], inscrito no CPF nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], e-mail: [e-mail do autor].

Réu: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, autarquia federal, com sede na [endereço completo].

Valor da causa: R$ [valor do benefício pretendido, multiplicado pelos meses de atrasados, acrescido de juros e correção monetária].

I - DOS FATOS

O(a) autor(a), A. J. da S., é pessoa portadora de deficiência, conforme laudos médicos anexos, e não possui condições de prover o próprio sustento nem de tê-lo provido por sua família, encontrando-se em situação de vulnerabilidade social e econômica. Atualmente, o(a) autor(a) apresenta limitações físicas e/ou mentais que o(a) impedem de exercer qualquer atividade remunerada, necessitando do amparo do Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei 8.742/1993, art. 20.

O(a) autor(a) solicitou administrativamente a concessão do benefício assistencial ao INSS, conforme protocolo de requerimento administrativo nº [número], em [data], tendo seu pedido indeferido sob o argumento de [motivo do indeferimento, se houver]. Contudo, restam demonstrados nos autos os requisitos necessários para a concessão do benefício, quais sejam: a condição de pessoa com deficiência e a situação de hipossuficiência econômica.

A deficiência do(a) autor(a) afeta significativamente sua capacidade de realizar atividades básicas do dia a dia, como higiene pessoal, mobilidade e comunicação, o que o(a) torna totalmente dependente do apoio de terceiros. Essa dependência é agravada pela ausência de recursos financeiros suficientes para contratar um cuidador ou adquirir equipamentos que poderiam amenizar as limitações físicas e melhorar sua qualidade de vida.

Além disso, a família do(a) autor(a), composta por [descrição da composição familiar], também se encontra em situação de vulnerabilidade, sem condições financeiras para prover o sustento do(a) autor(a). Os laudos sociais e as declarações anexas demonstram que a renda familiar é insuficiente para atender às necessidades básicas do grupo, que vive em situação de extrema pobreza. A negativa do INSS em conceder o benefício assistencial agrava ainda mais essa situação, deixando o(a) autor(a) em risco de marginalização e desamparo.

II - DO DIREITO

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um direito garantido pela CF/88, art. 203, V, que prevê a proteção social às pessoas portadoras de deficiência e aos idosos que não possuam meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. A Lei 8.742/1993, art. 20, estabelece que o BPC é devido à pessoa com deficiência que comprove não possuir meios de subsistência próprios nem apoio da família, desde que a renda per capita do grupo familiar seja inferior a 1/4 do salário-mínimo vigente.

O(a) autor(a), conforme laudos médicos em anexo, apresenta deficiência que o(a) impede de exercer atividades laborativas, caracterizando-se como pessoa com deficiência nos termos da Lei 13.146/2015, art. 2º. Ademais, a situação econômica da família do(a) autor(a) demonstra a hipossuficiência, uma vez que a renda familiar per capita é inferior ao limite estabelecido pela lei, conforme comprovantes de renda e declaração socioeconômica anexados.

O indeferimento do pedido administrativo pelo INSS fere o princípio da dignidade da pessoa humana, garantido pelo CF/88, art. 1º, III, bem como o princípio da igualdade material, que visa proporcionar condições mínimas de existência para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social. O direito ao BPC está diretamente relacionado à garantia dos direitos fundamentais à vida, saúde e assistência social, conforme preceitua o <"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Fatos: O(a) autor(a), A. J. da S., é pessoa portadora de deficiência, conforme laudos médicos anexos, que comprovam limitações físicas e/ou mentais que o(a) impedem de exercer qualquer atividade remunerada. Em razão dessa situação, o(a) autor(a) solicitou administrativamente ao INSS a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), nos termos da Lei 8.742/1993, art. 20, tendo o pedido indeferido. O(a) autor(a) não possui condições de prover seu próprio sustento, e sua família, composta por [descrição da composição familiar], também se encontra em situação de vulnerabilidade financeira, sem condições de suprir suas necessidades básicas. A negativa do benefício por parte do INSS deixou o(a) autor(a) em situação de grave risco social e de marginalização.

Direito: O Benefício de Prestação Continuada é garantido pela CF/88, art. 203, V, que assegura a proteção social às pessoas portadoras de deficiência que não possuam meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. A Lei 8.742/1993, art. 20, prevê a concessão do BPC para pessoas com deficiência que estejam em situação de hipossuficiência, sendo a renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo vigente. No presente caso, o(a) autor(a) apresenta deficiência que o(a) impede de exercer qualquer atividade laboral, além de sua família estar em condições de vulnerabilidade econômica, o que atende aos requisitos legais para a concessão do benefício assistencial.

A negativa do INSS fere o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), pois impede o(a) autor(a) de ter acesso aos meios necessários para sua subsistência e tratamento de saúde. Ademais, o Decreto 6.214/2007, art. 16, regulamenta os critérios para avaliação da deficiência e da incapacidade, os quais foram cumpridos no presente caso, conforme laudos médicos anexos. O STF, no julgamento da ADI 1232, determinou que o critério de 1/4 do salário-mínimo deve ser interpretado com razoabilidade, considerando a real situação de miserabilidade do requerente. Assim, o(a) autor(a) possui direito ao BPC para garantir suas condições mínimas de existência.

Defesas que Podem ser Opostas pela Parte Contrária

O INSS pode argumentar que o(a) autor(a) não preenche o critério de renda per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo, alegando que a família possui rendimentos que superam esse limite. Também pode alegar que os laudos médicos não comprovam incapacidade total para o trabalho ou que não houve comprovação suficiente da dependência econômica. Outra defesa possível é a de que o pedido administrativo foi indeferido por falta de documentação adequada, imputando ao(à) autor(a) a responsabilidade pela não concessão do benefício.

Conceitos e Definições

Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS): Benefício assistencial previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), garantido a pessoas portadoras de deficiência e idosos que comprovem não possuir meios de prover sua subsistência ou de tê-la provida pela família.

Hipossuficiência: Condição de vulnerabilidade econômica em que a pessoa não possui recursos suficientes para suprir suas necessidades básicas, como alimentação, saúde e moradia.

Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: Princípio constitucional que assegura a proteção e o respeito à dignidade de todas as pessoas, garantindo condições adequadas para sua sobrevivência e bem-estar.

Considerações Finais

Este modelo de ação visa garantir o direito ao Benefício de Prestação Continuada para o(a) autor(a), que se encontra em situação de extrema vulnerabilidade social e incapacidade laboral. A negativa do INSS em conceder o benefício fere princípios constitucionais, como o da dignidade da pessoa humana, e impede o(a) autor(a) de ter acesso aos meios necessários para sua subsistência. A peça busca assegurar a proteção social e garantir as condições mínimas de existência para o(a) autor(a), promovendo a justiça social e a inclusão.

 


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