Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais em Razão de Violação de Jazigo e Exumação Indevida

Publicado em: 28/12/2023 AdministrativoCivel
Propositura de ação judicial pleiteando indenização por danos morais decorrentes da violação de jazigo e exumação indevida dos restos mortais de ente querido, em descumprimento contratual e afronta aos direitos da personalidade do autor. A petição destaca a responsabilidade objetiva do réu com base no Código de Defesa do Consumidor e solicita reparação pelo sofrimento emocional causado.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº __________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil __________, profissão __________, portador(a) do CPF nº __________, residente e domiciliado(a) na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado(a) que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de Cemitério __________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS

O autor contratou os serviços do réu para a aquisição de um jazigo no cemitério administrado por este, com a finalidade de sepultar seu ente querido, falecido em __________. O contrato previa a manutenção do jazigo inviolado pelo prazo mínimo de __________ anos, conforme as normas regulamentares aplicáveis.

Contudo, para a surpresa e indignação do autor, foi constatado que o jazigo foi violado antes do término do prazo de exumação, sem qualquer comunicação ou autorização prévia. A violação consistiu na remoção dos restos mortais do ente querido do autor e na utilização do jazigo para o sepultamento de terceiros, o que causou profundo abalo emocional e sofrimento ao autor.

Tal conduta demonstra flagrante desrespeito às normas contratuais e aos direitos da personalidade do autor, configurando grave violação à dignidade humana e aos sentimentos de luto e respeito à memória do falecido.

DO DIREITO

A conduta do réu caracteriza violação aos direitos da personalidade do autor, especialmente no que tange à inviolabilidade da memória de seu ente querido, conforme disposto no CCB/2002, art. 11, §1º, III. O direito à dignidade e ao respeito à memória dos mortos é protegido pela legislação brasileira, sendo vedada qualquer forma de violação ou desrespeito.

Ademais, a atitude do réu configura falha na prestação de serviços, nos termos do CDC, art. 14, que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor em razão de defeitos relativos à prestação de serviços. No caso em tela, a violação do jazigo e a exumação indevida dos restos mortais do ente querido do autor configuram defeito grave na prestação do serviço contratado.

O dano moral, por sua vez, é evidente, uma vez que a situação ultrapassa o mero aborrecimento cotidiano, atingindo diretamente os sentimentos de dor, luto e respeito do autor. A jur"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de indenização por danos morais ajuizada por A. J. dos S., em face de Cemitério __________, sob alegação de que houve violação contratual decorrente da remoção indevida de restos mortais de seu ente querido, configurando danos morais e falha na prestação do serviço.

Fundamentação

Dos Fatos e do Direito

Inicialmente, verifica-se que a relação entre as partes é de consumo, sendo aplicável o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Nos termos do CDC, art. 14, o fornecedor de serviços responde objetivamente pelos danos causados ao consumidor decorrentes de defeitos na prestação do serviço, independentemente da existência de culpa.

O autor demonstrou que o contrato celebrado previa a manutenção do jazigo inviolado pelo prazo mínimo estipulado, o que foi descumprido pelo réu ao permitir a exumação e reutilização do espaço para sepultamento de terceiros sem a devida autorização. Tal conduta se mostra incompatível com os princípios da boa-fé objetiva e da dignidade da pessoa humana, protegidos constitucionalmente e previstos no art. 1º, III, da Constituição Federal de 1988.

Ademais, a inviolabilidade da memória do falecido é protegida pelos arts. 11 e 12 do Código Civil, que resguardam os direitos da personalidade, incluindo o respeito à memória dos mortos, sendo tal proteção extensiva aos familiares.

No caso em tela, a violação do jazigo e a remoção dos restos mortais do ente querido do autor geraram abalo emocional que ultrapassa o mero dissabor, configurando danos morais passíveis de reparação, conforme consolidado na jurisprudência pátria.

Do Dano Moral

O dano moral é evidente, considerando a gravidade da conduta do réu, que atingiu diretamente os sentimentos de luto e respeito à memória do falecido. A jurisprudência é pacífica no sentido de que a violação de sepulturas e a exumação indevida ensejam reparação por danos morais.

Nesse sentido, destaco o entendimento do TJSP no Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP, que reconheceu o direito à indenização por danos morais em casos de exumação indevida e violação de jazigo, enfatizando a necessidade de fixação de valores que reflitam a gravidade do dano sem ensejar enriquecimento indevido.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, bem como no art. 14 do CDC e nos arts. 11 e 12 do Código Civil, julgo procedente o pedido formulado por A. J. dos S. para:

  1. Condenar o réu, Cemitério __________, ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ __________, corrigidos monetariamente a partir da data desta decisão e acrescidos de juros legais a partir da citação;
  2. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em __% do valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015;
  3. Determinar que o réu adote as providências necessárias para regularização do jazigo, assegurando o pleno cumprimento do contrato firmado com o autor.

P. R. I.

__________, ___ de __________ de 20___.

___________________________________
Magistrado


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