Modelo de Ação de Nunciação de Obra Nova com Pedido de Tutela de Urgência e Indenização por Danos em Condomínio Residencial no Rio de Janeiro
Publicado em: 12/04/2025 CivelProcesso Civil Direito ImobiliárioEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO – RJ
1. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., M. F. de S. L., C. E. da S., J. R. e N. da S. R., todos brasileiros, casados, residentes e domiciliados no Condomínio Edifício Ganzone Del Mare, situado na Rua [endereço completo], na cidade do Rio de Janeiro/RJ, CEP [xxxxx-xxx], portadores dos documentos de identidade e CPF/MF indicados nos documentos anexos, com endereço eletrônico [email dos autores], por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato anexo (CPC/2015, art. 319, II), com escritório profissional situado na [endereço do escritório], onde recebem intimações e notificações, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
com fulcro nos arts. 934 a 940 do CPC/2015, arts. 186, 927, 1.336, II e IV, e 1.344 do CCB/2002, em face de R. A. de A. e L. M. de A., brasileiros, casados, residentes e domiciliados na unidade 301 (cobertura) do mesmo edifício, com endereço eletrônico [email dos réus], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:3. DOS FATOS
Os Autores são condôminos do Edifício Ganzone Del Mare, composto por apenas cinco unidades residenciais. Os Réus são proprietários da unidade 301, correspondente à cobertura do edifício.
Desde a construção irregular de uma piscina na cobertura, sem projeto aprovado pela Prefeitura do Município do Rio de Janeiro e sem autorização dos demais condôminos, os Réus vêm causando danos estruturais ao prédio e às unidades 202 e 102, localizadas imediatamente abaixo da cobertura.
Os danos incluem infiltrações, vazamentos, danos em granitos da fachada, tetos de madeira, lambris e estruturas internas das unidades inferiores. Laudos técnicos elaborados por engenheiros especializados, como o Laudo Técnico de Vistoria Predial (LTVP) de 23/03/2024 e o Parecer Estrutural de 12/2024, confirmaram o risco estrutural do prédio.
Em razão da gravidade, o condomínio foi compelido a contratar empresas especializadas para execução de obras de reforço estrutural, como a GHAIMENIS ENGENHARIA LTDA e a LC SOLUÇÕES, sendo que os Autores arcaram com 4/5 das despesas, enquanto os Réus contribuíram com apenas 1/5, quando, na verdade, deveriam arcar com 100% dos custos, por serem os únicos responsáveis pelos danos.
Mesmo diante de tais circunstâncias, os Réus decidiram, em março de 2025, demolir a antiga piscina e iniciar a construção de uma nova, novamente sem autorização dos demais condôminos e sem aprovação da Prefeitura, agravando ainda mais os riscos à estrutura do prédio e à segurança dos moradores.
Além dos danos materiais, os Autores vêm sofrendo abalos emocionais, angústia, medo e estresse, agravados por problemas de saúde de alguns condôminos, como o falecimento do Sr. Pedro e o estado de home care de sua esposa Ariceia, além das cirurgias de J. R. e N. da S. R.
4. DO DIREITO
O direito dos Autores encontra amparo no CCB/2002, art. 1.336, II e IV, que impõe aos condôminos o dever de não realizar obras que comprometam a segurança do edifício, bem como de não utilizar sua unidade de forma prejudicial à segurança e salubridade dos demais.
O CCB/2002, art. 1.344 estabelece que ao proprietário da cobertura incumbe a conservação do terraço, de modo que não haja danos às unidades inferiores. No presente caso, os Réus descumpriram tal obrigação, causando prejuízos materiais e morais aos demais condôminos.
Nos termos do CCB/2002, art. 186, aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, comete ato ilícito. E, conforme o CCB/2002, art. 927, aquele que causar dano a outrem deve repará-lo.
Além disso, a presente ação encontra respaldo no CPC/2015, arts. 934 a 940, que regul"'>...