Modelo de Ação de Obrigação de Fazer c/c Inexigibilidade de Valores e Indenização por Danos Morais em Relação a Cobrança Indevida de Energia Elétrica

Publicado em: 08/08/2024 Consumidor
Petição inicial proposta por consumidor contra concessionária de energia elétrica, visando à declaração de inexigibilidade de valores cobrados indevidamente com base em faturas de consumo exorbitantes e desproporcionais à média de consumo habitual. A ação fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor, com pedido de tutela provisória para impedir a suspensão do fornecimento de energia, revisão das faturas, inversão do ônus da prova e indenização por danos morais decorrentes de prática abusiva por parte da ré. Inclui jurisprudências que reforçam a interpretação favorável ao consumidor e requer a aplicação de sanções legais cabíveis.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Localidade], [Data]

PREÂMBULO

[Nome completo do autor], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado, com endereço profissional em [endereço completo do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INEXIGIBILIDADE DE VALORES

em face de [Nome completo da ré], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O autor é consumidor dos serviços de fornecimento de energia elétrica prestados pela ré, conforme contrato firmado entre as partes. Contudo, nos últimos meses, o autor foi surpreendido com a emissão de faturas de consumo de energia elétrica com valores exorbitantes e muito superiores à média de consumo habitual de sua residência.

Apesar de ter buscado esclarecimentos junto à ré, esta não apresentou justificativa plausível para o aumento abrupto dos valores cobrados, limitando-se a afirmar que as medições estavam corretas. Tal situação gerou grande transtorno ao autor, que se viu impossibilitado de arcar com os valores indevidos e, consequentemente, corre o risco de ter o fornecimento de energia elétrica suspenso.

Diante da conduta abusiva da ré, o autor busca a tutela jurisdicional para que sejam declarados inexigíveis os valores cobrados indevidamente, bem como para que a ré seja compelida a emitir novas faturas com base na média de consumo anterior.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece a proteção ao consumidor como parte hipossuficiente na relação de consumo. Nos termos do CDC, art. 6º, III, é direito básico do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, bem como sobre seus preços.

Além disso, o CDC, art. 42, determina que o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

A ré, como concessionária de serviço público, possui o dever de prestar serviços adequados, eficientes e seguros, conforme previsto na CF/88, art. 175, e na Lei 8.987/1995, art. 6º, §1º. A cobrança de valores exorbitantes e não justificados configura violação a esses preceitos, além de prática abusiva vedada pelo CDC, art. 39, V.

Ademais, a inv"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação de um voto do magistrado, estruturado em formato HTML, com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

RELATÓRIO

Trata-se de ação judicial proposta por [Nome completo do autor] em face de [Nome completo da ré], sob os fundamentos de cobrança indevida de valores relativos ao consumo de energia elétrica, com pedido de tutela de urgência para que o fornecimento do serviço não seja interrompido, bem como a declaração de inexigibilidade dos valores cobrados, revisão das faturas e indenização por danos morais.

A parte autora alega que as faturas emitidas pela concessionária nos últimos meses apresentam valores exorbitantes e incompatíveis com o consumo médio anterior, caracterizando abusividade na relação de consumo. Além disso, afirma que não houve justificativa plausível para o aumento das cobranças.

A ré, por sua vez, sustenta a regularidade das medições realizadas, afirmando que não houve erro ou falha nos sistemas de aferição.

É o relatório. Passo a fundamentar e decidir.

FUNDAMENTAÇÃO

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 93, inciso IX, estabelece que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e do direito aplicável ao caso concreto.

Inicialmente, é necessário observar que a presente demanda encontra amparo no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que regula a relação entre as partes. O artigo 6º, inciso VIII, do CDC, prevê a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, desde que demonstrada sua hipossuficiência e a verossimilhança das alegações. No caso em análise, restou evidente a dificuldade técnica do autor em comprovar irregularidades nas medições realizadas, uma vez que os dados necessários encontram-se exclusivamente em posse da ré, justificando a aplicação da inversão do ônus probatório.

Ademais, o artigo 42 do CDC dispõe que o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, salvo engano justificável, o que não se verifica no caso em tela. A ausência de comprovação pela ré quanto à regularidade das medições configura prática abusiva, vedada pelo artigo 39, inciso V, do CDC.

O fornecimento de energia elétrica é serviço essencial, protegido pelo artigo 175 da Constituição Federal e regulamentado pela Lei nº 8.987/1995, que impõe à concessionária o dever de prestar serviços adequados, contínuos e eficientes. A conduta da ré, ao emitir cobranças indevidas e ameaçar a interrupção do serviço, afronta tais preceitos, causando prejuízo ao autor.

A jurisprudência pátria reforça esse entendimento. Cito como exemplo o julgamento do TJSP (14ª Câmara de Direito Privado, Apelação Cível Acórdão/TJSP), que reconheceu a abusividade em cobranças de valores superiores à média de consumo e determinou a revisão das faturas com base na média histórica.

Por fim, quanto ao pedido de indenização por danos morais, entendo que a conduta da ré, ao impor cobranças indevidas e colocar o autor em situação de vulnerabilidade, extrapola o mero dissabor, justificando a condenação em danos morais, conforme a jurisprudência consolidada.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, artigo 6º, inciso VIII, e artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor, e demais disposições legais aplicáveis, julgo procedentes os pedidos formulados na inicial para:

  1. Determinar que a ré se abstenha de suspender o fornecimento de energia elétrica ao autor, enquanto perdurar a lide, sob pena de multa diária de R$ 500,00;
  2. Declarar a inexigibilidade dos valores cobrados indevidamente e determinar a revisão das faturas emitidas, tomando-se como base a média de consumo anterior;
  3. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente a partir desta decisão e acrescidos de juros legais;
  4. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% do valor da causa, nos termos do artigo 85, §2º, do CPC/2015.

Por fim, determino a inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, inciso VIII, do CDC, e designo audiência de conciliação, conforme o artigo 319, inciso VII, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Localidade], [Data].

___________________________________________
[Nome completo do Magistrado]
Juiz de Direito

### Explicação do conteúdo: 1. Relatório: Resumo da demanda apresentada. 2. Fundamentação: Interpretação hermenêutica entre os fatos e os fundamentos legais e constitucionais. 3. Dispositivo: Decisão do magistrado, com a procedência dos pedidos do autor. 4. Estrutura HTML: Utilização de elementos `

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