Modelo de Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem com Pedido de Tutela de Urgência em Face de Omissão de Bens e Direitos por Herdeiros
Publicado em: 15/07/2024 Familia Direito PrevidenciárioEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE MONTES CLAROS/MG
Distribuição com pedido de tutela de urgência
Autora: [Nome da Autora], brasileira, solteira, dona de casa, portadora do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada na Rua [endereço completo], Montes Claros/MG, CEP [CEP], e-mail [e-mail].
Réus: [Nome do Filho 1], brasileiro, maior, profissão desconhecida, portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado na Rua [endereço completo], Montes Claros/MG, CEP [CEP], e-mail [e-mail]; e [Nome da Filha 2], brasileira, maior, profissão desconhecida, portadora do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada na Rua [endereço completo], Montes Claros/MG, CEP [CEP], e-mail [e-mail].
PREÂMBULO
A autora, por intermédio de seu advogado, com fundamento no art. 226, § 3º, da CF/88, no CCB/2002, art. 1.723 e seguintes, e no CPC/2015, art. 300, vem à presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL POST MORTEM C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face dos réus acima qualificados, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
A autora conviveu em união estável com o falecido J. M. S. da S. desde meados de 2020 até o seu falecimento, ocorrido em 12 de junho de 2024, conforme Certidão de Óbito anexa. Durante esse período, o casal viveu em regime de convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família, residindo na casa financiada pelo programa "Minha Casa Minha Vida".
O falecido era divorciado e pai de dois filhos maiores, os réus desta ação. Estes, no entanto, não reconhecem a união estável havida entre a autora e o falecido, tendo inclusive omitido tal fato na Certidão de Óbito, onde consta apenas o estado civil de divorciado.
O falecido era mecânico, com vínculo empregatício registrado, e a autora era dependente econômica dele, dedicando-se exclusivamente ao lar. Após o falecimento, os réus passaram a reivindicar os bens deixados pelo falecido, incluindo a casa financiada, os bens móveis que guarnecem a residência, uma motocicleta e um carro, em prejuízo da autora.
DO DIREITO
A Constituição Federal, em seu art. 226, § 3º, reconhece a união estável como entidade familiar, conferindo-lhe proteção jurídica. O CCB/2002, art. 1.723, dispõe que a união estável é configurada pela convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família.
No caso em tela, a união estável entre a autora e o falecido é evidente, conforme será demonstrado por meio de provas docume"'>...