Modelo de Petição Inicial de Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem com Pedido de Tutela de Urgência de Posse

Publicado em: 06/04/2025 CivelProcesso Civil Familia
Petição inicial apresentada à Vara de Família visando o reconhecimento judicial de união estável post mortem entre a Autora e o falecido, com fundamento no CCB/2002, art. 1.723 e CPC/2015, art. 300. A ação também inclui pedido liminar de imissão na posse de imóvel comercial essencial para o custeio de tratamentos médicos das filhas menores, em razão de esbulho possessório praticado pelo Réu, herdeiro necessário do falecido. A peça aborda os direitos da Autora e das crianças, jurisprudências correlatas e a necessidade urgente de decisão para garantir a subsistência familiar.

PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE [INSERIR CIDADE/UF]

[NOME COMPLETO DA AUTORA], brasileira, [estado civil], [profissão], portadora do CPF nº [XXX.XXX.XXX-XX] e do RG nº [XX.XXX.XXX-X], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico: [[email protected]], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na [endereço do advogado], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CPC/2015, art. 300 e CPC/2015, art. 319, bem como no CCB/2002, art. 1.723 e seguintes, propor a presente:

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL POST MORTEM C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE POSSE

em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], brasileiro, [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [XXX.XXX.XXX-XX], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico: [[email protected]], pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.

DOS FATOS

A Autora manteve relacionamento amoroso com o falecido [NOME DO DE CUJUS], filho do Réu, por mais de 10 (dez) anos, convivendo de forma pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituir família, conforme preceitua o CCB/2002, art. 1.723.

Da união nasceram duas filhas menores, atualmente com 7 (sete) e 4 (quatro) anos de idade, ambas diagnosticadas com epilepsia, necessitando de tratamento médico contínuo e especializado, o que impõe à Autora elevados custos mensais.

Durante a convivência, o falecido exercia atividade comercial em imóvel de sua propriedade, situado na [endereço do imóvel comercial], o qual se encontra atualmente sob a posse injusta do Réu, que, após o falecimento do filho, passou a impedir a Autora de acessar o bem, mesmo ciente da situação de vulnerabilidade da companheira e das netas.

A Autora necessita urgentemente alugar o referido imóvel comercial para custear o tratamento das filhas menores, sendo este o único bem deixado pelo falecido que pode gerar renda imediata para a subsistência da família.

O Réu, no entanto, se recusa a permitir o uso do imóvel, mesmo não exercendo qualquer atividade no local, tampouco demonstrando interesse legítimo na posse, o que configura esbulho possessório e grave violação aos direitos da Autora e das crianças.

DO DIREITO

A união estável é reconhecida como entidade familiar pela Constituição Federal, nos termos da CF/88, art. 226, § 3º, e regulamentada pelo CCB/2002, art. 1.723, que dispõe:

“É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.”

No presente caso, a Autora comprova a existência da união estável com o falecido por meio de documentos, fotografias, testemunhos e, sobretudo, pelo nascimento das filhas em comum, o que demonstra a constituição de núcleo familiar.

O pedido de tutela de urgência encontra respaldo no CPC/2015, art. 300, que autoriza a concessão da medida quando presentes os requisitos da probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

Ambos os requisitos estão presentes. A probabilidade do direito se evidencia pela robusta prova documental da convivência e da existência de filhos em comum. O perigo de dano é evidente diante da necessidade urgente de prover o sustento e o tratamento médico da"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem c/c Pedido de Tutela de Urgência de Posse, proposta por [NOME COMPLETO DA AUTORA], em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], tendo como objeto o reconhecimento de união estável post mortem entre a Autora e o falecido [NOME DO DE CUJUS], bem como a concessão de tutela de urgência para garantir à Autora a posse de imóvel comercial necessário à subsistência de sua família.

Da Análise Hermenêutica dos Fatos e do Direito

Dos Fatos

Os autos demonstram que a Autora manteve relacionamento público, contínuo e duradouro com o falecido por mais de 10 (dez) anos, com o objetivo de constituir família. Da relação nasceram duas filhas menores, ambas diagnosticadas com epilepsia e necessitando de tratamento médico contínuo. Após o falecimento do companheiro, o Réu, pai do falecido, passou a impedir a Autora de acessar o imóvel comercial, único bem que poderia gerar renda para o sustento e tratamento das filhas.

Do Direito

A CF/88, art. 226, § 3º, reconhece a união estável como entidade familiar, regulamentada pelo CCB/2002, art. 1.723, que dispõe:

“É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.”

Diante das provas anexadas aos autos (documentos, testemunhos e nascimento de filhas em comum), resta configurada a união estável entre a Autora e o falecido. A proteção à entidade familiar, bem como o direito real de habitação e de posse do cônjuge sobrevivente, encontra respaldo na legislação e na jurisprudência pátria.

Quanto à tutela de urgência pleiteada, o CPC/2015, art. 300 estabelece que esta será concedida quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Os requisitos estão devidamente preenchidos, considerando a robustez das provas e a situação de vulnerabilidade da Autora e de suas filhas menores.

Do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e da Proteção Integral

A CF/88, art. 1º, III, consagra o princípio da dignidade da pessoa humana como fundamento da República Federativa do Brasil. Além disso, a CF/88, art. 227 assegura às crianças o direito à proteção integral, sendo dever do Estado, da família e da sociedade garantir-lhes dignidade e condições adequadas de desenvolvimento.

Nesse sentido, impedir a posse da Autora sobre o imóvel comercial configura grave violação aos direitos fundamentais envolvidos, especialmente em razão da necessidade de prover o sustento e o tratamento de saúde das filhas menores.

Da Jurisprudência

A jurisprudência nacional tem reconhecido o direito do companheiro sobrevivente à posse de bens comuns ou utilizados em benefício da família, especialmente em casos de união estável comprovada. Cito os seguintes precedentes:

  • TJRJ - Apelação Acórdão/TJRJ - Rel. Des. Cleber Ghelfenstein:
    “A instrução probatória revela consonância com a alegação autoral de existência de união estável. [...] Mostra-se escorreita a procedência dos pedidos autorais.”
  • TJRJ - Apelação Acórdão/TJRJ - Rel. Des. Teresa De Andrade Castro Neves:
    “A existência de união estável autoriza o reconhecimento do direito real de habitação do companheiro sobrevivente sobre imóvel habitado ao tempo do falecimento.”

Da Decisão

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX e no CCB/2002, art. 1.723 e CPC/2015, art. 300, voto no sentido de:

  1. Reconhecer a união estável post mortem entre a Autora e o falecido [NOME DO DE CUJUS].
  2. Conceder a tutela de urgência requerida, determinando a imediata imissão da Autora na posse do imóvel comercial situado na [endereço], com a expedição de mandado para a desocupação do Réu, caso esteja no local.
  3. Determinar o prosseguimento do feito para análise de eventual partilha de bens, com a inclusão do imóvel em questão.
  4. Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do CPC/2015, art. 85, § 2º.

É como voto.

[Cidade], [data]

[NOME DO MAGISTRADO]

Juiz de Direito


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