Modelo de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Partilha de Bens e Fixação de Alimentos

Publicado em: 08/10/2024 Civel Familia
Petição inicial de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável cumulada com Partilha de Bens e Fixação de Alimentos. O documento apresenta os fatos e fundamentos legais que embasam o pedido, incluindo o reconhecimento da união estável, a partilha de bem imóvel adquirido durante a convivência, a fixação de guarda e alimentos para a filha menor, além de pedido de justiça gratuita e produção de provas. Fundamenta-se no art. 226, §3º da Constituição Federal, artigos 1.723 e 1.725 do Código Civil, e art. 319 e seguintes do CPC/2015.

AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PARTILHA DE BENS

1. PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ____________ – UF

M. F. de S. L., brasileira, solteira, do lar, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PARTILHA DE BENS

com fundamento nos arts. 226, §3º da CF/88, 1.723 e seguintes do CCB/2002, e arts. 319 e seguintes do CPC/2015, em face de A. J. dos S., brasileiro, profissão desconhecida, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

2. DOS FATOS

A Autora e o Réu iniciaram relacionamento afetivo em 23 de maio de 2005, passando a conviver sob o mesmo teto, em regime de mútua assistência, fidelidade e colaboração, com o objetivo de constituir família, caracterizando, assim, uma união estável, nos termos do CCB/2002, art. 1.723.

Da união nasceram três filhas: duas atualmente com 19 (dezenove) anos de idade, sendo uma estudante universitária e outra cursando pré-vestibular, e uma filha menor, nascida em 08 de maio de 2017, atualmente com 07 (sete) anos de idade.

Durante a constância da união, o casal adquiriu um imóvel residencial, localizado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade/UF, bem como veículos automotores, sendo que cada parte permaneceu com um dos automóveis após a separação de fato.

A convivência foi pública, contínua e duradoura, com conhecimento de familiares, vizinhos e amigos, sendo que a separação de fato ocorreu recentemente, não havendo, contudo, reconhecimento formal da união estável nem partilha dos bens adquiridos na constância da vida em comum.

Diante disso, a Autora busca o reconhecimento e a dissolução da união estável, bem como a partilha do imóvel adquirido e a fixação de alimentos, guarda e regime de visitas em relação à filha menor.

3. DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988 reconhece expressamente a união estável como entidade familiar, conforme dispõe o art. 226, §3º da CF/88, ao estabelecer que “para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”.

O Código Civil de 2002, em seu art. 1.723, define a união estável como a convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, estabelecida com o objetivo de constituição de família. No presente caso, restam preenchidos todos os requisitos legais: convivência duradoura (desde 2005), pública (reconhecida por terceiros) e com intuito de constituir família (três filhas em comum).

Nos termos do art. 1.725 do CCB/2002, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se à união estável o regime da comunhão parcial de bens. Como não houve pacto antenupcial ou contrato de convivência, presume-se o esforço comum na aquisição do patrimônio, sendo devida a partilha igualitária do imóvel adquirido durante a união.

Quanto à filha menor, é dever de ambos os genitores prover o sustento, a educação e o bem-estar da criança, conforme dispõe o art. 1.566, IV do CCB/2002, além do art. 227 da CF/88, q"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Claro! Abaixo está a simulação de voto do magistrado, elaborada em formato HTML, com fundamentação jurídica baseada no art. 93, IX da Constituição Federal de 1988, e analisando os fatos e o direito conforme o documento fornecido:

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Partilha de Bens, cumulada com pedido de guarda, alimentos e regulamentação de visitas, proposta por M. F. de S. L. em face de A. J. dos S..

A controvérsia gira em torno da existência de união estável entre as partes, a partilha de bens adquiridos durante a convivência, e a regulamentação dos direitos e deveres em relação à filha menor.

1. Do Conhecimento da Ação

Recebo a inicial, por estarem presentes os pressupostos processuais e condições da ação. A petição atende aos requisitos do art. 319 do CPC/2015.

2. Da União Estável

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar. O Código Civil, em seu art. 1.723, define-a como a convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com o objetivo de constituir família.

No presente caso, restou devidamente comprovado nos autos que as partes viveram em união estável desde maio de 2005, com convivência sob o mesmo teto, inclusive com o nascimento de três filhas. A relação foi pública, contínua e duradoura, com conhecimento de terceiros, o que satisfaz os requisitos legais.

Diante disso, reconheço a existência de união estável entre a autora e o réu, com início em 23 de maio de 2005 e término com a separação de fato demonstrada nos autos.

3. Da Dissolução da União Estável

Reconhecida a união estável, é de se acolher o pedido de sua dissolução, em face do término da convivência comum. A separação de fato é suficiente para caracterizar a dissolução da relação.

4. Da Partilha de Bens

Conforme o art. 1.725 do Código Civil, na ausência de contrato escrito entre os companheiros, aplica-se à união estável o regime da comunhão parcial de bens. Assim, presume-se o esforço comum na aquisição dos bens onerosos adquiridos na constância da união.

Consta nos autos que o casal adquiriu um imóvel residencial e veículos automotores durante a convivência. Diante da ausência de prova de aquisição com patrimônio exclusivo de uma das partes, presume-se que o imóvel integra o patrimônio comum do casal.

Dessa forma, determino a partilha do imóvel na proporção de 50% para cada parte.

5. Da Guarda, Alimentos e Regime de Visitas

Nos termos do art. 227 da Constituição Federal e do art. 1.566, IV do Código Civil, é dever de ambos os pais assegurar à criança o direito à vida, saúde, educação e convivência familiar.

A autora pleiteia a guarda unilateral da filha menor, atualmente com 07 (sete) anos de idade. Considerando os elementos constantes dos autos, em especial o histórico de convivência e os interesses da menor, defiro a guarda unilateral em favor da genitora.

Fixo regime de visitas em favor do pai, a ser exercido preferencialmente de forma consensual, devendo, na ausência de acordo, observar-se os dias alternados de finais de semana e metade das férias escolares.

Quanto aos alimentos, devem ser fixados em valor compatível com as necessidades da menor e a capacidade contributiva do genitor. Não havendo prova da renda do réu, fixo os alimentos provisórios em 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente, a serem pagos até o dia 10 de cada mês, mediante depósito em conta bancária indicada pela genitora.

6. Da Justiça Gratuita

Considerando a declaração de hipossuficiência firmada pela autora e os documentos que a instruem, defiro os benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 do CPC/2015.

7. Da Conclusão

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX da Constituição Federal, que exige decisões judiciais fundamentadas, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados por M. F. de S. L. para:

  • Reconhecer a existência de união estável entre as partes no período de 23 de maio de 2005 até a data da separação de fato;
  • Declarar a dissolução da referida união estável;
  • Determinar a partilha do imóvel adquirido na constância da união, na proporção de 50% para cada parte;
  • Conceder à autora a guarda unilateral da filha menor;
  • Estabelecer o direito de visitas ao pai, conforme fundamentação;
  • Fixar alimentos provisórios no valor de 30% do salário mínimo em favor da filha menor.

Condeno o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Cidade/UF, ___ de ____________ de 2024.

_______________________________________
Juiz de Direito

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Petição inicial de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável cumulada com pedido de alimentos, guarda, visita e partilha de bens, fundamentada no reconhecimento da união estável como entidade familiar pela Constituição Federal de 1988 (art. 226, §3º) e no Código Civil de 2002 (arts. 1.723, 1.725 e 1.694). A demanda aborda a regulamentação de direitos e deveres decorrentes da dissolução da união, incluindo alimentos para a parte vulnerável e o(s) filho(s), partilha de bens adquiridos durante a convivência e a definição da guarda e visitas dos filhos menores, com fundamentação no Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 19). Inclui jurisprudência recente sobre dissolução de união estável.

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