Modelo de Ação Declaratória Cumulada com Indenização por Danos Materiais e Morais contra Instituição Bancária por Falha na Prestação de Serviço e Fraude Eletrônica
Publicado em: 26/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Processo nº: ____________
PREÂMBULO
A. F. dos S., brasileira, casada, professora, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
Em face do Banco ___, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº ___, com sede na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
A autora é cliente do Banco réu há mais de 30 (trinta) anos, mantendo uma relação de confiança e fidelidade com a instituição financeira. Contudo, recentemente, sua conta bancária foi alvo de ataque cibernético, resultando na realização de 4 (quatro) compras não autorizadas.
Após a comunicação do ocorrido, o Banco estornou apenas 2 (duas) das compras realizadas pelos criminosos, enquanto as outras 2 (duas) transações permanecem lançadas na conta da autora. O Banco informou que poderia "solicitar documentos para provar o ocorrido" e que o estorno seria "provisório, dependendo do crédito de confiança depositado na cliente". No entanto, não houve qualquer estorno provisório, evidenciando a desconfiança do Banco em relação à autora.
Além disso, o Banco estipulou um prazo de 45 (quarenta e cinco) a 120 (cento e vinte) dias para análise dos fatos, período durante o qual a autora continua sendo cobrada pelas parcelas de uma compra que não realizou, o que lhe causa prejuízos financeiros e transtornos emocionais.
DO DIREITO
A relação entre a autora e o Banco réu é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), configurando-se uma relação de consumo (CDC, art. 2º e art. 3º). Nesse contexto, o Banco responde objetivamente pelos danos causados aos seus consumidores, conforme dispõe o CDC, art. 14, §3º, II, e a Súmula 479/STJ, que estabelece que "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias".
A falha na prestação do serviço bancário é evidente, uma vez que o Banco não adotou medidas eficazes para garantir a segurança das transações realizadas na conta da autora, permitindo a consumação de fraude eletrônica. Ademais, a ausência de estorno provisório e a desconfiança manifestada pelo Banco violam os princíp"'>...