Modelo de Ação Declaratória Cumulada com Obrigação de Fazer para Regularização de Posse em Face do Município de Mangaratiba/RJ

Publicado em: 29/01/2025 AdministrativoCivel Direito Imobiliário
Petição inicial de Ação Declaratória C/C Obrigação de Fazer proposta por possuidor de imóvel em Mangaratiba/RJ, visando à regularização fundiária e à expedição de documentação oficial que legitime a posse. O requerente fundamenta o pedido em dispositivos do Código Civil, Constituição Federal, Estatuto da Cidade e jurisprudências pertinentes, alegando omissão administrativa do Município em atender solicitações prévias. Requer citação do réu, procedência do pedido, concessão de justiça gratuita e condenação em honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE MANGARATIBA/RJ

[Inserir local e data]

PREÂMBULO

[Nome completo do requerente], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, com endereço profissional na [endereço do advogado], com fundamento no CPC/2015, art. 319, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER em face do MUNICÍPIO DE MANGARATIBA/RJ, pessoa jurídica de direito público, com sede na [endereço completo], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O requerente é possuidor de um imóvel localizado na [endereço completo do imóvel], onde mantém posse mansa, pacífica e ininterrupta há mais de [tempo de posse], com construção consolidada e utilização efetiva para fins residenciais. A posse do imóvel se dá de forma pública e sem oposição, caracterizando-se como posse legítima, nos termos do CCB/2002, art. 1.196.

Contudo, para regularizar a situação perante o Município de Mangaratiba/RJ, é imprescindível a expedição de documentação oficial que legitime a posse, permitindo ao requerente exercer plenamente seus direitos sobre o imóvel, inclusive para fins de regularização fundiária e obtenção de serviços públicos essenciais.

Apesar de diversas tentativas administrativas junto ao Município, até o presente momento não houve resposta satisfatória, o que impede o requerente de regularizar sua situação jurídica e patrimonial.

DO DIREITO

A posse é protegida pelo ordenamento jurídico brasileiro, conforme disposto na CF/88, art. 5º, XXII e XXIII, que assegura o direito de propriedade e sua função social. O Código Civil também reconhece a posse como direito autônomo, nos termos do CCB/2002, art. 1.196, que define posse como o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

Além disso, o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) estabelece diretrizes para a regularização fundiária, visando garantir o direito à moradia e a função social da propriedade. Nesse contexto, é dever do Poder Público adotar medidas que possibilitem a regularização de situações como a do requerente, promovendo a inclusão social e a segurança jurídica.

A ausência de resposta por parte do Município configura omissão administrativa, violando os princípios da eficiência e da moralidade administrativa previstos na CF/88, art. 37, caput. Assim, é cabível a intervenção "'>...

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I. RELATÓRIO

Trata-se de Ação Declaratória c/c Obrigação de Fazer, proposta por [Nome do Requerente], em face do Município de Mangaratiba/RJ, com o objetivo de regularizar a posse de imóvel situado em [endereço completo do imóvel]. O requerente alega posse mansa, pacífica e ininterrupta, bem como a omissão administrativa do Município em expedir a documentação necessária para a regularização fundiária do imóvel.

O Município de Mangaratiba não apresentou resposta administrativa satisfatória, configurando omissão em suas atribuições de legalizar a situação patrimonial do requerente. Os pedidos formulados incluem a obrigatoriedade de expedição da documentação de posse, além de honorários advocatícios e custas processuais.

Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do pedido e passo à análise do mérito.

II. FUNDAMENTAÇÃO

1. Dos Fatos

Consta nos autos que o requerente exerce posse mansa, pacífica e ininterrupta do imóvel localizado em [endereço completo do imóvel], há mais de [tempo de posse], utilizando-o para fins residenciais. Conforme o disposto no Código Civil Brasileiro de 2002 (CCB/2002), art. 1.196, a posse é caracterizada pelo exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

Apesar de diversas tentativas administrativas realizadas pelo requerente junto ao Município de Mangaratiba/RJ, não houve resposta satisfatória. Tal omissão administrativa inviabiliza a regularização jurídica e patrimonial do imóvel, em aparente afronta aos princípios constitucionais da eficiência e moralidade administrativa (CF/88, art. 37, caput).

2. Do Direito

O direito à posse encontra amparo na Constituição Federal de 1988 (CF/88), art. 5º, incisos XXII e XXIII, que asseguram o direito de propriedade e sua função social. O Código Civil, em seu art. 1.196, também reconhece a posse como direito autônomo, protegendo-a contra turbações e esbulhos.

Ademais, o Estatuto da Cidade ( Lei 10.257/2001) estabelece que o Poder Público deve promover a regularização fundiária, garantindo o direito à moradia e a função social da propriedade. A omissão do Município de Mangaratiba em expedir a documentação de posse do imóvel configura violação ao dever de eficiência administrativa, sendo passível de correção judicial.

3. Doutrina e Jurisprudência

A doutrina de Maria Helena Diniz reforça que a posse é um direito autônomo, cuja proteção jurídica é essencial para assegurar a segurança patrimonial e a regularização fundiária. De igual modo, Hely Lopes Meirelles defende que a Administração Pública deve agir com eficiência e moralidade, sob pena de responsabilização por omissões que prejudiquem os cidadãos.

No âmbito jurisprudencial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e os Tribunais de Justiça estaduais têm reconhecido o dever do Poder Público de regularizar a posse legítima. Cito, como exemplo:

  • STJ - REsp 1.930.735 - TO: \"A ausência de resposta administrativa que inviabilize o direito do cidadão a regularizar sua posse caracteriza omissão passível de correção judicial.\"
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"A posse mansa e pacífica, devidamente comprovada, enseja a proteção jurídica, bem como a regularização fundiária.\"

III. DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento na Constituição Federal de 1988, art. 93, inciso IX, julgo procedente o pedido inicial, para determinar que o Município de Mangaratiba/RJ adote as medidas necessárias à expedição da documentação de posse do imóvel situado em [endereço completo do imóvel].

Condeno, ainda, o Município ao pagamento de honorários advocatícios, arbitrados em [porcentagem]% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, § 2º, do CPC/2015, bem como ao pagamento das custas processuais.

Concedo ao requerente o benefício da justiça gratuita, caso comprovada sua hipossuficiência, nos termos do CPC/2015, art. 98.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [data].

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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