Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito por Cobrança Indevida de Aparelho Celular

Publicado em: 27/11/2024 Consumidor
Modelo de peça processual para propor Ação Declaratória de Inexistência de Débito, no âmbito do Juizado Especial Cível, visando declarar a inexistência de um débito cobrado de forma indevida pela ré. O caso trata da cobrança de um aparelho celular que não foi adquirido pelo autor, que sofreu abalo emocional, restrição ao crédito e transtornos financeiros. A peça inclui os principais argumentos legais baseados no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor, e requer a exclusão do nome do autor dos cadastros de inadimplentes, além de indenização por danos materiais e morais.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

[NOME COMPLETO DO AUTOR], estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº [número], com endereço eletrônico [e-mail], residente e domiciliado na [endereço completo], vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado, com escritório profissional situado na [endereço completo], onde recebe intimações, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], inscrito no CNPJ sob o nº [número], com endereço eletrônico [e-mail], com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos que passa a expor:


I - DOS FATOS

O autor foi surpreendido ao receber notificações de cobrança referente à compra de um aparelho celular supostamente realizada em seu nome junto à ré. No entanto, o autor jamais efetuou tal compra ou autorizou terceiros a fazê-lo em seu nome. Fica evidente que a aquisição do aparelho foi efetivada por um terceiro, que utilizou indevidamente os documentos pessoais do autor.

A ré, por sua vez, não tomou as precauções necessárias para verificar a autenticidade dos documentos apresentados no momento da compra, permitindo que um terceiro se passasse pelo autor sem a devida conferência. Tal negligência ocasionou a imputação indevida de um débito ao autor, com o qual não mantém qualquer relação jurídica.

Mesmo após entrar em contato com a ré para esclarecer os fatos e demonstrar a inexistência de qualquer vínculo contratual, o autor não obteve sucesso em ver cancelada a cobrança indevida. A persistência da ré em manter a cobrança gerou considerável abalo emocional e transtornos ao autor, que se vê injustamente responsabilizado por uma dívida que não contraiu.


II - DO DIREITO

Conforme dispõe o Código Civil Brasileiro (CCB/2002), art. 186, todo aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, comete ato ilícito. A ré agiu com negligência ao não verificar adequadamente a identidade da pessoa que realizou a compra, permitindo que um terceiro utilizasse indevidamente os documentos do autor.

Além disso, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), art. 14 estabelece que o fornecedor de serviços responde, independentemente de culpa, pela reparação dos danos causados ao consumidor por defeitos relativos à prestação dos serviço"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

I - Dos Fatos

O autor adquiriu um aparelho celular da empresa ré no dia [data da compra], utilizando os canais de venda fornecidos pela empresa. Contudo, ao analisar a fatura do cartão de crédito, identificou uma cobrança indevida relacionada a uma transação que jamais realizou, vinculada a outro aparelho celular. A cobrança foi uma surpresa ao autor, que jamais efetuou tal compra ou autorizou terceiros a fazê-lo em seu nome, evidenciando o caráter abusivo e equivocado da cobrança feita pela ré.

O autor buscou solucionar a questão junto à ré por meio dos canais de atendimento da empresa, incluindo e-mail e telefone, mas não obteve sucesso em ter a cobrança indevida cancelada. A empresa foi negligente e recusou-se a reconhecer o erro, mantendo a cobrança e, posteriormente, incluindo o nome do autor nos cadastros de inadimplentes, o que gerou prejuízos emocionais e financeiros ao autor. O autor viu-se impedido de realizar transações financeiras importantes, o que afetou diretamente sua dignidade e credibilidade, causando transtornos diários e estresse.

II - Do Direito

O Código Civil Brasileiro (CCB/2002) em seu art. 186 estabelece que todo aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, causar dano a outrem, tem o dever de indenizar. No presente caso, a ré incorreu em ato ilícito ao atribuir ao autor um débito inexistente, violando o direito deste de não ser cobrado por uma obrigação que não contraiu. Além disso, configurou abuso de direito, conforme o art. 187 do CCB/2002, uma vez que agiu de forma contrária à boa-fé e aos bons costumes.

No âmbito das relações de consumo, o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor por danos decorrentes de defeitos relativos à prestação de serviços. A ré, como fornecedora de produtos e serviços, deve arcar com as consequências dos danos causados ao autor, que é parte hipossuficiente na relação de consumo. Ademais, conforme o art. 42 do CDC, o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, pelo valor igual ao dobro do que pagou em excesso, salvo engano justificável.

A negativação indevida do nome do autor em cadastros como SPC e SERASA fere direitos da personalidade, conforme o art. 12 do CCB/2002, justificando a ação declaratória ora proposta, para que seja reconhecida a inexistência do débito e determinado o imediato cancelamento dos registros restritivos.

Defesas Oponíveis pela Parte Contrária

A parte contrária poderá alegar que não houve erro na cobrança, sustentando que o autor consentiu ou deu causa à transação em questão. Outra possível defesa é a argumentação de que a cobrança ocorreu devido a falha de terceiros, não sendo responsabilidade direta da empresa, baseando-se no conceito de culpa exclusiva de terceiro para tentar afastar sua responsabilidade objetiva prevista no CDC. Também poderá argumentar a ausência de danos efetivos ao autor, buscando reduzir ou excluir eventuais pedidos de indenização.

III - Conceitos e Definições

Cobrança Indevida: Cobrança de valor que não é devido pelo consumidor, seja por erro administrativo ou por qualquer outra falha atribuível ao fornecedor de produtos ou serviços.

Repetição do Indébito: Devolução em dobro do valor cobrado indevidamente ao consumidor, conforme prevê o CDC, salvo engano justificável por parte do fornecedor.

Responsabilidade Objetiva: Forma de responsabilização em que não se discute a culpa do fornecedor, bastando a existência do dano e do nexo causal entre o ato do fornecedor e o prejuízo experimentado pelo consumidor.

Considerações Finais

O modelo de peça processual apresentado busca garantir o direito do consumidor de não ser cobrado por uma dívida inexistente e obter a devida reparação pelos danos causados. A fundamentação legal está embasada no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor, destacando a responsabilidade objetiva do fornecedor e o direito à repetição do indébito em caso de cobrança indevida. Além disso, a solicitação de exclusão do nome dos cadastros de inadimplentes visa restabelecer a credibilidade do autor, que foi injustamente prejudicado.

 


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Petição inicial que objetiva a condenação de empresa fornecedora ao pagamento de indenização por danos materiais e morais, devido à aquisição de aparelho celular com vício oculto. Fundamenta-se nos artigos 186 e 927 do Código Civil Brasileiro e nos artigos 2º, 6º, 12, 18 e 26 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). A autora, após tentativa frustrada de reparação junto à ré e extinção de processo no Juizado Especial Cível por necessidade de perícia técnica, busca a tutela jurisdicional para a realização de perícia, reparação dos prejuízos e aplicação das garantias legais consumeristas.

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