Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Pedido de Restituição em Dobro contra Banco por Cobrança Indevida em Contrato de Consórcio
Publicado em: 11/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidorAÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE BRASÍLIA – DF
1. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
R. G. N., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, portador do RG nº 0.000.000 SSP/DF, residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 123, Bairro Centro, Brasília/DF, CEP 70000-000, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado, com escritório profissional situado na Rua do Advogado, nº 456, Bairro Norte, Brasília/DF, CEP 70000-001, endereço eletrônico: [email protected], vem, com fulcro no CPC/2015, art. 319 e seguintes, bem como no CDC, art. 6º, III, IV, VI, e CDC, art. 42, parágrafo único, propor a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
em face de BANCO DO BRASIL S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 00.000.000/0001-91, com sede no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Bloco C, Edifício Sede III, Brasília/DF, CEP 70073-901, endereço eletrônico: [email protected], pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
2. DOS FATOS
O Autor aderiu, em novembro de 2023, a um grupo de consórcio administrado pelo Réu, Banco do Brasil S.A., assumindo o compromisso de pagar mensalmente o valor de aproximadamente R$ 1.500,00, conforme estipulado contratualmente.
Em setembro de 2024, o Autor realizou um lance no valor de R$ 92.500,00, sendo contemplado com a carta de crédito. A partir da contemplação, conforme previsto no contrato e no Anexo 1, o valor da parcela mensal foi reduzido para R$ 670,00, em conformidade com as regras contratuais aplicáveis aos consorciados contemplados.
Contudo, no mês de abril de 2025, o Autor foi surpreendido com uma cobrança indevida, na qual foi aplicada uma taxa extra não prevista contratualmente, elevando a parcela novamente para mais de R$ 1.500,00, valor semelhante ao anterior à contemplação.
Importante destacar que não houve qualquer comunicação prévia, justificativa ou detalhamento da referida cobrança por parte do Réu. Ademais, o contrato de adesão (Anexo 2) não prevê a possibilidade de cobrança de taxa extraordinária após a contemplação.
A conduta do Réu viola frontalmente os princípios da boa-fé objetiva, da transparência e da informação clara e adequada, previstos no CDC, configurando cobrança indevida e prática abusiva.
3. DO DIREITO
Nos termos do CDC, art. 6º, III e IV, são direitos básicos do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, bem como a proteção contra práticas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços.
O CDC, art. 42, parágrafo único, estabelece que o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
Além disso, o CPC/2015, art. 300, autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes os requisitos da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em tela, a cobrança indevida e a ausência de respaldo contratual evidenciam a plausibi"'>...