Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Contrato Particular com Ressarcimento de Valores e Indenização por Danos Morais

Publicado em: 27/02/2025 CivelConsumidor
Ação judicial proposta por M. de O. C. contra FMS Veículos Eireli e L. F., com o objetivo de anular contrato de compra e venda de veículo firmado sob vício de consentimento, fundamentada no Código Civil Brasileiro e no Código de Defesa do Consumidor. A autora busca, além da nulidade do contrato, o ressarcimento do valor do veículo entregue como parte do pagamento, a indenização por danos morais devido aos transtornos causados e a responsabilização pelos prejuízos financeiros e emocionais. O documento inclui os pedidos de citação das partes, produção de provas, audiência de conciliação e condenação dos réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CONTRATO PARTICULAR

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Araçatuba/SP,

M. de O. C., brasileira, solteira, portadora do RG nº ______ e inscrita no CPF sob o nº ______, residente e domiciliada na Rua ______, nº ___, Bairro ______, Araçatuba/SP, CEP ______, endereço eletrônico ______, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua ______, nº ___, Bairro ______, Araçatuba/SP, CEP ______, endereço eletrônico ______, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CONTRATO PARTICULAR C/C RESSARCIMENTO DE VALORES E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de FMS Veículos Eireli, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ______, com sede na Rua ______, nº ___, Bairro ______, Araçatuba/SP, CEP ______, e de L. F., brasileiro, solteiro, portador do RG nº ______ e inscrito no CPF sob o nº ______, residente e domiciliado na Rua ______, nº ___, Bairro ______, Araçatuba/SP, CEP ______, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora, atraída por uma propaganda veiculada nas redes sociais, dirigiu-se até a empresa FMS Veículos Eireli, com o objetivo de adquirir um veículo. A negociação foi intermediada pelo vendedor L. F., e consistiu na entrega de seu automóvel (I/Renault Clio Aut 1.0 – 16VH, ano modelo 2007/2008, placa DXY-8334, Renavam 00950132349, flex, na cor preta) como parte do pagamento, além da celebração de um contrato de financiamento junto ao Banco Pan, no valor de 48 parcelas de R$ 957,75.

O veículo adquirido pela autora foi um VW/Fox GII 1.6, cor cinza, combustível flex, ano Fab/Mod 2011/2012, placa EUV-7832, Renavam 003727116-34 e chassi 9BWAB05Z5C4049221. No ato da transação, a autora assinou o recibo de transferência de seu veículo, recebendo a promessa de que o recibo do veículo adquirido seria entregue posteriormente.

Após o pagamento da primeira parcela do financiamento, o vendedor L. F. compareceu à residência da autora, alegando que a proprietária anterior do veículo havia falecido e que seria necessário aguardar o término do inventário para a regularização do recibo de transferência. A autora, confiando na boa-fé do vendedor, entregou o veículo e deixou de pagar as parcelas do financiamento.

Desde então, a autora tem enfrentado prejuízos financeiros e transtornos emocionais, sendo necessário buscar a tutela jurisdicional para a anulação do contrato, ressarcimento dos valores e indenização pelos danos morais sofridos.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no Código Civil Brasileiro (CCB/2002), que prevê a nulidade de negócios jurídicos celebrados com vício de consentimento, conforme disposto no art. 171, II. No caso em tela, o contrato foi firmado com base em informações falsas e promessas não cumpridas, configurando vício de consentimento.

Ademais, a relação entre as partes caracteriza-se como de consumo, sendo aplicável o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Nos termos do CDC, art. 6º, VIII, é direito do consumidor a invers"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Vistos, etc.

Dos Fatos

A presente ação declaratória de nulidade de contrato particular c/c ressarcimento de valores e indenização por danos morais foi proposta pela autora, Sra. M. de O. C., em face de FMS Veículos Eireli e L. F., sob a alegação de que houve vício de consentimento na celebração do contrato de compra e venda de um veículo, bem como falha na prestação de serviços, gerando prejuízos financeiros e danos morais à parte autora.

Os elementos constantes dos autos demonstram que a autora, atraída por propaganda, celebrou contrato de financiamento e entregou seu veículo como parte do pagamento, mas não recebeu o recibo do veículo adquirido, sob justificativa de pendências relacionadas a inventário do antigo proprietário. Tal situação gerou prejuízo financeiro e transtornos à autora, que buscou o Judiciário para resolução do caso.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988, no art. 93, IX, exige que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas, de forma a garantir o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa. Assim, passo à devida análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados nos autos.

O Código Civil Brasileiro (CCB/2002), em seu art. 171, II, prevê que o vício de consentimento é uma causa de nulidade do negócio jurídico, o que se aplica ao caso concreto, em que a celebração do contrato foi induzida por informações falsas e promessas não cumpridas.

Além disso, a relação entre as partes caracteriza-se como de consumo, sendo aplicável o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Conforme o art. 6º, VIII, do CDC, é direito do consumidor a inversão do ônus da prova em casos de verossimilhança ou hipossuficiência, como ocorre no presente caso. Ademais, a falha na prestação de serviços é evidente, conforme disposto no art. 14 do referido diploma legal.

O princípio da boa-fé objetiva, previsto no art. 422 do CCB/2002, também foi violado, considerando que a ré agiu de forma desleal ao induzir a autora a celebrar o contrato sob falsas premissas. A ausência de entrega do recibo de transferência do veículo configura descumprimento contratual e reforça o pleito da parte autora.

Quanto ao pedido de indenização por danos morais, entendo que os transtornos e abalos emocionais sofridos pela autora são evidentes, considerando a quebra de confiança e os prejuízos financeiros experimentados. A jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo reitera a aplicação do CDC e a responsabilidade das rés em casos análogos, como se verifica na Apelação Cível Acórdão/TJSP.

Da Decisão

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, no Código Civil Brasileiro e no Código de Defesa do Consumidor, voto pela PROCEDÊNCIA dos pedidos formulados pela autora, nos seguintes termos:

  1. Declaração de nulidade do contrato de compra e venda celebrado entre as partes;
  2. Condenação dos réus ao ressarcimento do valor correspondente ao veículo entregue pela autora, devidamente atualizado;
  3. Condenação dos réus ao pagamento de indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado por este Juízo, considerando os prejuízos financeiros e emocionais experimentados;
  4. Condenação dos réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados conforme o art. 85 do CPC/2015.

Por fim, determino a produção de provas documentais e testemunhais, se necessárias, e a designação de audiência de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015, para tentativa de composição entre as partes.

É como voto.

Conclusão

Termos em que, pede deferimento.

Araçatuba/SP, ___ de ______ de 202__.

Magistrado


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