Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico com Pedido de Indenização por Danos Morais em Face de Banco devido à Celebração de Contratos por Pessoa Interditada

Publicado em: 14/02/2024 Civel
A presente ação tem como objetivo declarar a nulidade de contratos de empréstimos bancários celebrados entre o Autor, portador de esquizofrenia e judicialmente interditado, e o Banco Réu, por meio de correspondente bancário que agiu de forma negligente ao não observar a incapacidade civil do Autor. Requer-se, além da nulidade dos contratos, a reparação pelos danos morais causados, a concessão de justiça gratuita, a inversão do ônus da prova e a responsabilidade do Réu pelos custos processuais e honorários advocatícios, com base nos artigos 166 e 198 do Código Civil, no Código de Defesa do Consumidor e em precedentes jurisprudenciais.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO

COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Autor: M. F. de S.
Réu: Banco [Nome do Banco]
Processo nº: [Número do Processo]

PREÂMBULO

M. F. de S., brasileiro(a), estado civil [especificar], portador(a) do RG nº [número] e CPF nº [número], residente e domiciliado(a) na Rua [endereço completo], por meio de seu advogado, com endereço eletrônico [email do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO, com pedido de indenização por danos morais, em face de Banco [Nome do Banco], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na Rua [endereço completo], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor, portador de esquizofrenia, conforme laudos médicos anexados, foi induzido a contratar empréstimos bancários por meio de um correspondente bancário, sem a devida representação legal de seu curador. Tais contratos foram realizados em total desrespeito às condições de saúde mental do Autor, que, à época, já era interditado judicialmente, conforme decisão proferida nos autos do processo nº [número do processo de interdição].

O correspondente bancário, agindo de forma negligente e sem observar os requisitos legais para a contratação, celebrou os contratos com o Autor, mesmo ciente de sua incapacidade civil. Os valores supostamente contratados foram creditados em conta bancária do Autor, mas não há comprovação de que ele tenha efetivamente se beneficiado dos recursos.

Diante disso, busca-se a declaração de nulidade dos contratos firmados, bem como a reparação pelos danos morais sofridos, considerando o abalo psicológico e os transtornos causados ao Autor.

DO DIREITO

A presente demanda encontra respaldo nos seguintes dispositivos legais:

  • CCB/2002, art. 166, I: Determina a nulidade do negócio jurídico quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz.
  • CCB/2002, art. 198, I: Estabelece que não corre prescrição contra os incapazes.
  • CF/88, art. 5º, XXXII: Garante a proteção do consumidor, especialmente em situações de vulnerabilidade.
  • CPC/2015, art. 373, II: Impõe ao réu o ônus de comprovar a legitimidade do contrato celebrado.
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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
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Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico, com pedido de indenização por danos morais, ajuizada por M. F. de S. em face do Banco [Nome do Banco]. O Autor alega que, sendo portador de esquizofrenia e interditado judicialmente, foi induzido à celebração de contratos bancários sem a devida representação legal de seu curador, configurando, assim, a nulidade dos contratos nos termos da legislação vigente.

O Réu apresentou contestação, sustentando a validade dos contratos celebrados e argumentando a inexistência de responsabilidade pela situação descrita nos autos.

Voto

Dos Fatos e Fundamentos Jurídicos

Após análise detida dos autos, verifico que o Autor, à época da celebração dos contratos, já era interditado judicialmente, conforme comprovado por decisão nos autos do processo nº [número do processo de interdição]. A contratação ocorreu sem a devida representação legal de seu curador, o que caracteriza a nulidade dos contratos nos termos do art. 166, I, do Código Civil de 2002.

O Código Civil de 2002, em seu art. 198, I, também estabelece que não corre prescrição contra os incapazes, reforçando a proteção jurídica ao Autor. Além disso, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, XXXII, garante a proteção do consumidor, especialmente em situações de vulnerabilidade, como no presente caso.

A relação jurídica entre o Autor e o Réu configura-se como relação de consumo, nos termos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo aplicável a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC. Dessa forma, caberia ao Réu comprovar a legitimidade dos contratos celebrados, o que não foi feito de maneira satisfatória nos autos.

Das Jurisprudências

A jurisprudência é pacífica no sentido de reconhecer a nulidade de contratos celebrados por pessoas incapazes sem a devida representação legal. Destaco os seguintes precedentes:

  • TJSP (18ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Alegação de nulidade dos contratos de empréstimos firmados por pessoa portadora de esquizofrenia hebefrênica [...]".
  • TJSP (Núcleo de Justiça 4.0 em Segundo Grau – Turma I (Direito Privado 2)) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Contrato celebrado por incapaz não representado pelo curador. Nulidade do negócio jurídico [...]".
  • TJSP (19ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Hipótese em que a prova da legitimidade da contratação incumbirá à instituição financeira, por força da aplicação do instituto da inversão do ônus probatório."

Da Conclusão

Diante do exposto, entendo que restou amplamente demonstrada a nulidade dos contratos celebrados entre o Autor e o Banco Réu, uma vez que foram firmados em desrespeito à condição de absoluta incapacidade do Autor, conforme disposto no art. 166, I, do Código Civil. Ademais, configurada a falha na prestação do serviço pelo Réu, resta evidente o dever de reparar os danos morais sofridos pelo Autor, considerando o abalo psicológico e os transtornos causados.

Dispositivo

Pelo exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto:

  1. Pelo conhecimento do recurso interposto, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade.
  2. Pela procedência do pedido autoral, para declarar a nulidade dos contratos celebrados entre o Autor e o Banco Réu.
  3. Pela condenação do Banco Réu ao pagamento de indenização pelos danos morais sofridos, em valor a ser arbitrado por este Juízo.
  4. Pela inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC, e condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

É como voto.


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