Modelo de Ação Demolitória por Violação ao Direito de Vizinhança com Pedido de Tutela Provisória de Urgência

Publicado em: 15/04/2025 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário
Modelo de petição inicial de Ação Demolitória ajuizada por proprietário de imóvel que busca a remoção de janela construída pelo vizinho em desrespeito à norma do CCB/2002, art. 1.301, por estar localizada diretamente sobre a linha divisória entre os imóveis, violando o direito à privacidade. A ação fundamenta-se no Código Civil e no Código de Processo Civil, com pedido de tutela provisória de urgência para vedação imediata da abertura irregular. Inclui jurisprudência, provas requeridas (documental, testemunhal e pericial), e requer a condenação do réu à demolição da janela, além do pagamento de custas e honorários.

AÇÃO DEMOLITÓRIA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [inserir cidade e estado]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, casado, comerciante, portador do CPF nº 000.000.000-00 e do RG nº 0.000.000, residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 123, Bairro Jardim das Flores, CEP 00000-000, na cidade de [inserir cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua dos Advogados, nº 456, Bairro Centro, CEP 00000-000, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DEMOLITÓRIA

com fundamento no CCB/2002, art. 1.299 e seguintes e no CPC/2015, art. 319 e seguintes, em face de M. F. de S. L., brasileiro, solteiro, autônomo, portador do CPF nº 111.111.111-11 e do RG nº 1.111.111, residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 121, Bairro Jardim das Flores, CEP 00000-000, na cidade de [inserir cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor é proprietário do imóvel situado na Rua das Palmeiras, nº 123, onde reside com sua família há mais de 10 anos. O imóvel confronta-se lateralmente com o imóvel de propriedade do Réu, localizado no nº 121 da mesma rua.

Recentemente, o Réu realizou uma obra em seu imóvel, vindo a instalar uma janela na parede lateral que faz divisa direta com o imóvel do Autor. Tal janela foi construída em total desrespeito às normas legais de direito de vizinhança, pois está posicionada exatamente sobre a linha divisória entre os imóveis, permitindo visão direta e permanente para o interior da residência do Autor, comprometendo sua privacidade e segurança.

A construção foi feita sem qualquer autorização do Autor, tampouco houve consulta prévia ou comunicação. A janela foi instalada de forma unilateral e indevida, violando o direito de vizinhança previsto no ordenamento jurídico brasileiro.

O Autor tentou resolver a questão de forma amigável, solicitando ao Réu a remoção da janela, mas não obteve êxito, sendo ignorado em suas tentativas de diálogo. Diante da recusa do Réu em desfazer a obra irregular, não restou alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário para a tutela de seu direito.

4. DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no CCB/2002, art. 1.301, que dispõe:

"É defeso abrir janelas, ou fazer aberturas semelhantes, a menos de um metro e meio do terreno vizinho."

A norma visa proteger a privacidade e a segurança dos vizinhos, impedindo que construções permitam a visão direta sobre o imóvel contíguo. A abertura realizada pelo Réu viola frontalmente essa disposição, pois foi feita exatamente sobre a linha divisória entre os imóveis, sem observar a distância mínima legal de 1,5 metro.

O direito potestativo do proprietário prejudicado de exigir a demolição da obra irregular é reconhecido pela jurisprudência, desde que exercido dentro do prazo decadencial de um ano e um dia a contar da conclusão da obra, conforme interpretação doutrinária e jurisprudencial do dispositivo.

No caso em tela, a obra foi concluída há menos de um ano, conforme se demonstrará por meio de prova testemunhal e documental, estando, portanto, o Autor dentro do prazo legal para pleitear a demolição da janela.

Além disso, o CPC/2015, art. 300, autoriza a concessão de tutela provisória de urgência quando presentes os requisitos da probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. A permanência da janela indevida causa constrangimento, violação à intimidade e risco à segurança do Autor, justificand"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

VOTO DO MAGISTRADO

Trata-se de Ação Demolitória proposta por A. J. dos S. em face de M. F. de S. L., com fundamento no CCB/2002, art. 1.299 e seguintes e no CPC/2015, art. 319 e seguintes, visando à demolição de janela construída pelo Réu em desrespeito ao direito de vizinhança.

Conforme consta dos autos, o Réu realizou obra em seu imóvel, introduzindo uma janela na parede lateral que confronta diretamente com o imóvel do Autor, permitindo visão direta e permanente ao interior da residência deste, o que compromete sua privacidade e segurança. A obra foi feita sem autorização ou ciência do Autor e sem o respeito à distância mínima legal prevista no CCB/2002, art. 1.301.

ANÁLISE DOS FATOS E DO DIREITO

A controvérsia posta nos autos refere-se à legalidade da abertura de janela na parede limítrofe entre dois imóveis vizinhos. O CCB/2002, art. 1.301 dispõe que:

\"É defeso abrir janelas, ou fazer aberturas semelhantes, a menos de um metro e meio do terreno vizinho.\"

A norma visa proteger o direito à intimidade, à segurança e à inviolabilidade do lar, valores constitucionalmente protegidos, especialmente na CF/88, art. 5º, incisos X e XI. A construção da referida janela, sem observância da distância mínima legal, configura violação ao direito de vizinhança, sendo passível de demolição a pedido da parte prejudicada.

A jurisprudência pátria tem se posicionado de forma uniforme no sentido de que tal violação autoriza o ajuizamento de ação demolitória, desde que respeitado o prazo decadencial de um ano e um dia contado da conclusão da obra. No caso em tela, a parte autora comprovou que a obra foi concluída há menos de um ano, estando, portanto, dentro do prazo legal.

Ademais, a prova documental e fotográfica trazida aos autos, aliada à possível prova pericial a ser produzida, é suficiente para demonstrar a probabilidade do direito invocado e o perigo de dano à intimidade do Autor, justificando, inclusive, a concessão da tutela de urgência nos termos do CPC/2015, art. 300.

FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL

O presente voto observa o disposto na CF/88, art. 93, inciso IX, que exige que todas as decisões do Poder Judiciário sejam fundamentadas sob pena de nulidade. Assim, a presente decisão encontra-se devidamente motivada, com base nos fatos trazidos aos autos, na legislação infraconstitucional e nos princípios constitucionais aplicáveis.

DISPOSITIVO

Diante do exposto, com fulcro no CCB/2002, art. 1.301, CPC/2015, art. 300 e CF/88, art. 93, IX, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para:

  1. Confirmar a tutela provisória de urgência, determinando que o Réu vede imediatamente a janela construída na parede divisória, sob pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais), até o limite de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
  2. Condenar o Réu à demolição definitiva da janela construída em desacordo com o CCB/2002, art. 1.301, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de multa e eventual execução forçada;
  3. Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa;
  4. Deixo de designar audiência de conciliação, tendo em vista a natureza do pedido e a resistência expressa do Réu à pretensão deduzida.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [Data].

______________________________________
Juiz(a) de Direito


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Trata-se de petição inicial de Ação Demolitória cumulada com Obrigação de Fazer, na qual o Autor pleiteia a demolição de janelas instaladas pela Ré em desacordo com o art. 1.301 do Código Civil, por estarem a menos de 1,5 metros da linha divisória entre os imóveis, configurando violação ao direito de vizinhança e à privacidade. A ação busca, ainda, a concessão de tutela de urgência para cessar imediatamente o uso das janelas, bem como condenação da Ré ao pagamento de indenização por danos morais, custas processuais e honorários advocatícios. O pedido tem fundamentação jurídica no Código Civil e na Constituição Federal, além de precedentes jurisprudenciais sobre o tema.

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Elaboração de petição inicial para propositura de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Indenização por Danos Morais, fundamentada no Código Civil Brasileiro (artigos 1.277, 187 e 186), em razão de violações ao direito de vizinhança. A ação é movida por morador de condomínio vertical, que sofreu transtornos causados por vizinho no andar superior, como o despejo de água de ar-condicionado e água suja, além de realização de churrascos que inviabilizaram o pleno uso de sua propriedade. A peça inclui fundamentação jurídica, precedentes jurisprudenciais e pedidos como condenação do réu à abstenção de práticas lesivas e ao pagamento de indenização por danos morais.

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