Modelo de Agravo de Instrumento com Pedido de Tutela de Urgência para Reconhecimento de Impenhorabilidade de Bem de Família

Publicado em: 12/02/2024 CivelProcesso Civil
Agravo de Instrumento interposto por A. J. dos S. contra decisão interlocutória de primeira instância que determinou a penhora de imóvel residencial, sob alegação de que não se trata de bem de família. O documento fundamenta-se na Lei 8.009/1990, no artigo 6º da Constituição Federal e no artigo 373, inciso I, do CPC/2015, buscando a suspensão imediata da penhora com base no direito à moradia e na dignidade da pessoa humana. Inclui pedidos de tutela de urgência, contrarrazões e reforma da decisão agravada, bem como jurisprudências pertinentes ao tema.

AGRAVO DE INSTRUMENTO COM TUTELA DE URGÊNCIA

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator da ___ Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de ___.

Processo de origem nº: ___________

Agravante: A. J. dos S.

Agravado: B. F. da S. L.

Com fundamento no artigo 1.015, inciso V, do CPC/2015, o agravante, devidamente qualificado nos autos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência interpor o presente Agravo de Instrumento com Pedido de Tutela de Urgência, em face da decisão interlocutória proferida pelo Juízo da ___ Vara Cível da Comarca de ___, que determinou a penhora do imóvel de matrícula nº ___, sob alegação de que não se trata de bem de família.

DOS FATOS

O agravante é proprietário do imóvel situado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, registrado sob a matrícula nº ___, no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de ___. Trata-se de imóvel destinado exclusivamente à moradia da entidade familiar do agravante, sendo, portanto, protegido pela impenhorabilidade prevista na Lei 8.009/1990.

Ocorre que, no curso da execução de título extrajudicial promovida pelo agravado, foi determinada a penhora do referido imóvel, sob o fundamento de que o agravante não teria comprovado a condição de bem de família. Tal decisão afronta a legislação vigente e os princípios constitucionais que tutelam a dignidade da pessoa humana e o direito à moradia.

DO DIREITO

A Lei 8.009/1990, em seu artigo 1º, dispõe que o imóvel residencial da entidade familiar é impenhorável, salvo nas hipóteses expressamente previstas no artigo 3º da mesma lei. Tal proteção visa garantir o direito fundamental à moradia, consagrado no artigo 6º da CF/88, e a dignidade da pessoa humana, prevista no artigo 1º, inciso III, da CF/88.

Ademais, o artigo 373, inciso I, do CPC/2015, estabelece que o ônus da prova cabe à parte que alega determinado fato. No caso em tela, o agravante apresentou documentos que comprovam a utilização do imóvel como residência permanente, tais como contas de consumo, fotografias do interior do imóvel e declaração de endereço constante no título exequendo.

Por outro lado, a ausência de comprovação de que o imóvel seja a"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Preâmbulo

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator da ___ Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de ___.

Processo de origem nº: ___________

Agravante: A. J. dos S.

Agravado: B. F. da S. L.

Relatório

O presente agravo de instrumento foi interposto por A. J. dos S., na qualidade de agravante, contra a decisão interlocutória proferida pelo Juízo da ___ Vara Cível da Comarca de ___, que determinou a penhora do imóvel de matrícula nº ___, sob a alegação de que não se trata de bem de família.

O agravante alega que o imóvel situado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, é utilizado exclusivamente como residência familiar, sendo, portanto, protegido pela impenhorabilidade prevista na Lei 8.009/1990. A decisão agravada, segundo o agravante, violaria os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e do direito à moradia.

Fundamentação

Dos Fatos e do Direito

Nos termos da Lei 8.009/1990, artigo 1º, o imóvel residencial da entidade familiar é impenhorável, salvo nas exceções previstas no artigo 3º da mesma lei. Tal norma visa assegurar a proteção do direito fundamental à moradia, consagrado no artigo 6º da Constituição Federal, e a dignidade da pessoa humana, prevista no artigo 1º, inciso III.

Ademais, o artigo 373, inciso I, do CPC/2015, estabelece que o ônus da prova cabe à parte que alega determinado fato. O agravante apresentou documentos comprobatórios de que o imóvel é utilizado exclusivamente como residência permanente da entidade familiar.

Além disso, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é pacífica no sentido de que a ausência de comprovação de que o imóvel é a única propriedade do agravante não impede o reconhecimento da impenhorabilidade, desde que reste demonstrado que o bem é utilizado como moradia da entidade familiar.

Jurisprudências Aplicáveis

Conforme precedentes do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:

  1. TJSP - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: "A impenhorabilidade prevista na Lei 8.009/1990 exige comprovação de que o imóvel é utilizado como moradia permanente da entidade familiar, ônus que incumbe à parte que alega tal benefício."
  2. TJSP - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: "O imóvel só pode ser considerado bem de família impenhorável quando comprovado que é utilizado como residência permanente da entidade familiar."
  3. TJSP - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: "A ausência de comprovação de única propriedade não impede a proteção legal do bem de família, desde que o imóvel objeto de penhora seja o único a que se atribui tal condição."

Conclusão

Diante do exposto, e considerando os argumentos apresentados, bem como a legislação aplicável e a jurisprudência consolidada, voto no sentido de dar provimento ao agravo de instrumento, reformando a decisão agravada para declarar a impenhorabilidade do imóvel de matrícula nº ___, nos termos da Lei 8.009/1990.

Determino, ainda, a suspensão dos efeitos da decisão agravada e o impedimento de qualquer ato de alienação ou execução contra o referido bem, até o trânsito em julgado desta decisão.

Por fim, condeno o agravado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 do CPC/2015.

Termos em que,

Pede deferimento.

Local e data.

Desembargador Relator


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Pedido de agravo de instrumento com tutela de urgência interposto contra decisão interlocutória que determinou a penhora de imóvel utilizado como residência permanente do agravante e de sua família. O documento fundamenta a impenhorabilidade do bem de família com base na Lei 8.009/1990 e na Constituição Federal, destacando a afronta à dignidade da pessoa humana e à proteção à moradia. Apresenta-se jurisprudência favorável ao reconhecimento da impenhorabilidade, mesmo na ausência de comprovação de que o imóvel seja a única propriedade, desde que seja demonstrado o uso como moradia. Requer-se a suspensão da penhora e a reforma da decisão agravada.

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